Terça-feira, 30 de março de 2021 - 09h56
O
tripé sobre o qual precisa se assentar a Amazônia do Século XXI passa por
superar as deficiências e crenças limitantes dos séculos anteriores. Seus três
eixos são proteger a floresta sem destruição nem prevaricação, investimentos
sem amarras ideológicas medievais e a bioeconomia com o melhor que o
empreendedorismo e a ciência possam proporcionar à Amazônia não mais temida,
mas amada pelo mundo.
Enquanto
o mundo não se convencer de que o Brasil protege a floresta, combatendo com
sucesso a destruição criminosa e a prevaricação – o corpo mole de agentes do
Estado que descumprem a lei e favorecer os predadores – a construção da
bioeconomia continuará com o freio de mão puxado pela desconfiança dos
investidores. Mas a região e o país têm pressa.
Os
grandes fundos de investimentos, porteira de entrada dos recursos necessários,
desconfiam da seriedade da pauta ambiental do governo, não vendo progressos
sensíveis na preservação da região amazônica.
Ingenuidade
achar que os grandes capitalistas do planeta não estudem em detalhe as
condições em que seus investimentos são feitos, sem se convencer por fake news
ou propagandas oficiais. São “os caras mais espertos da sala”, como escreveram Bethany
McLean e Peter Elkind sobre a Enron. Não investem sem conhecer bem o terreno em
que plantam suas ricas sementes.
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As estratégias
Três
possíveis candidatos ao governo de Rondônia usam diferentes estratégias para buscar
polarização com o governador que aí está, o mandatário Marcos Rocha que busca a
reeleição. O deputado federal Leo Moraes (Podemos), com a velha política de
taca-lhe o pau, insultos, etc. É um predador forte. Já o prefeito de Porto Velho,
Hildon Chaves (PSDB) acelera as obras na capital para mostrar a diferença entre
as duas administrações. Considero o segundo caso uma situação propositiva.
O comportamento
Por
seu turno, o governador Marcos Rocha não tem interesse nenhum em antecipar o
processo sucessório. Já basta o enfrentamento do coronavirus, que lhe causa
literalmente dores de cabeça já que ele e sua esposa Luana também contraíram a
infecção, mas já estão recuperados. Constata-se também no governador um
comportamento equilibrado com as críticas. Aposta obter um segundo mandato com
o pagamento em dia do funcionalismo, dos fornecedores e um programa de
regularização fundiária já em andamento, além do apoio do presidente Bolsonaro.
Pé na estrada
Também
forte candidato e com as paliçadas reforçadas no eleitorado evangélico e no interior
do estado onde estão dois terços do eleitorado rondoniense, o senador Marcos
Rogério (DEM) que também já está com o pé na estrada, vai procurando o momento certo
para se lançar, mas já trata de largar o porrete na atual administração para
marcar território como uma onça. Ao mesmo tempo tem consciência, como os candidatos
mais experientes, que um lançamento precipitado pode lhe custar caro. É o predador
da BR, mas também um político prudente e cuidadoso.
Reflexos em 2022
Se
for levado em conta os resultados pífios dos candidatos a prefeitos com apoio do
presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Lula em Rondônia, que polarizam a
disputa presidencial para 2022, os dois postulantes bolsonaristas, o governador
Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério (DEM) estão fritos. Na capital, onde está
um terço do eleitorado rondoniense, por exemplo, o candidato a prefeito de
Bolsonaro Eyder Brasil foi quase o lanterninha. Do outro lado, o candidato Lula-petista, Ramon
Cujui, teve uma votação vexaminosa. Por conseguinte, barbas de molho com o
entusiasmo do apoio de Bolsonaro e Lula.
Paralisações
A
pandemia, o contingenciamento de recursos da União e as exigências em torno de
licenças ambientais tem sustado obras importantes na região Norte. Com isto
foram prejudicadas obras como a paralisação da BR-319, que liga Porto Velho a
Manaus, a construção da usina hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste,
o retardamento da conclusão da dragagem do Rio Madeira, que é o grande corredor fluvial para o escoamento
de grãos da região e a implantação da Ferrogrão, importante ferrovia que conecta
as regiões produtoras do vizinho Mato Grosso com o porto de Mandirituba, no
Pará.
Via Direta
*** Porto Velho se transformou mesmo no epicentro
da pandemia do coronavius na região amazônica. Resultado da desobediência ao
uso da máscara, falta do isolamento social e da incompetência das autoridades
em tratar da peste ***
A capital virou ainda a maior exportadora de pacientes para outros estados e o Amazonas
é que está recebendo a sobrecarga rondoniense depois de melhorar seu desempenho
no combate a infecção *** Ex-deputados
estaduais estudam candidaturas as prefeituras de seus respectivos municípios e
já começam os contatos. Se não der certo já estarão com a campanha pronta para
2022 a Assembleia Legislativa ***Depois de uma varredura de militares no
Ministério da Saúde (incompetentes e despreparados), agora a coisa anda e com
duas vacinas brasileiras.
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