Terça-feira, 5 de janeiro de 2021 - 09h42
É
certo que a Amazônia e o Brasil em geral tiveram um ano repleto de más notícias.
Para quem sofreu décadas perdidas em sequência, lamentar um ano de más notícias
é chover no molhado. Mas, a rigor, são raras as nações que podem se orgulhar de
não ter sido um poço de más notícias em 2020.
A
pandemia e a crise econômica produziram o grosso das notícias mais deprimentes.
Na área da saúde, as carências ficaram ainda mais visíveis, e não só por causa
da expulsão dos médicos cubanos. Antes deles, o caos nem precisava de uma
epidemia para se revelar: já estava à vista de todos.
As muitas
más notícias de 2020 encobriram, turvaram ou esconderam notícias ótimas, como o
recente embarque do satélite Amazonia 1 para a Índia, no Aeroporto de São José
dos Campos (SP). Para os nacionalistas, soterrados por produtos e novidades
chinesas, europeias ou estadunidenses, foi de lavar a alma acompanhar o sucesso
da fabricação do satélite, totalmente desenvolvido e testado no Brasil e por
brasileiros.
Foram
centenas de pessoas trabalhando por vários anos em toda a cadeia que chegará ao
ponto culminante em fevereiro próximo, quando será lançado. Claro que nem só
feitos nacionalistas merecem menção. Há muitos brasileiros espalhados pelo
mundo pesquisando, produzindo e testando fármacos para enfrentar a pandemia e
outras doenças globais.
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Boa notícia
O
ano começa com o governador Marcos Rocha tranquilizando o funcionalismo
estadual quanto a regularidade do pagamento dos servidores algo colocado em
dúvida pelo recuo econômico gerado pela pandemia. O mandatário divulgou um
calendário de pagamentos para o ano todo evidenciando que o erário terá
condições de absorver as quedas na arrecadação de impostos e de repasses da
União. A explicação é que o estado segue crescendo alavancando seu PIB com o
agronegócio pujante.
A manutenção
No
corpo do novo secretariado do prefeito Hildon Chaves (PSDB) gostei especialmente
da manutenção do secretário da Agricultura Luiz Claudio e da titularidade de Luís
Guilherme Erse no Planejamento. Luís Claudio por se tratar do melhor secretário
da Agricultura que Porto Velho já teve, Luiz Guilherme porque foi expoente no
planejamento do saudoso prefeito Chiquito e um dos autores de um baita Plano
Diretor na década de 90 com técnicos da USP. Ao mesmo tempo lamento a ausência
de Ocampo na Funcultural. Cara bom de serviço.
Atenções voltadas
No
âmbito político as atenções ficam voltadas agora a Brasília com o confronto entre
os deputados Arthur Lira (Progressistas) e Baleia Rossi (MDB) para o comando da
mesa diretora da Câmara dos Deputados. O presidente Bolsonaro externando sua preferência
por Arthur Lira, o que significa maus presságios para o candidato. Do outro
lado, Baleia Rossi, pau mandado do ex-presidente Michel Temer que é aliado de
Bolsonaro e posa de “oposição” e tem apoio até de patos petistas agora já não tão
furiosos com a cassação de Dilma capitaneada por Temer.
Mesmo saco
A
grande verdade é que Lira e Baleia Rossi são farinha do mesmo saco. Qual seja
que fature a presidência da Câmara dos Deputados será aliado do presidente
Bolsonaro no Palácio do Planalto. A não ser que a popularidade do presidente
desabe como ocorreu com Dilma. Neste caso o MDB de Baleia e Temer será o primeiro
a apunhalar o presidente Bolsonaro, berrando em voz alta o voto num eventual
pedido de impeachment. Rossi encascado com a justiça, Baleia um aliado
inconfiável. Que cenário!
Chuva de candidatos
Com
a nova composição do secretariado do prefeito Hildon Chaves (PSDB) tendo uma
chuva de possíveis candidatos a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados
no ano que vem, seus concorrentes, os vereadores eleitos e empossados na
capital poderão causar embaraços a administração Hildon Chaves/Mauricio Carvalho.
Já tem grupo de vereadores se articulando preocupados com a concorrência de
alguns secretários se armando para a peleja 2022.
Via Direta
*** Ainda se restabelecendo da covid que
infectou sua família, o governador Marcos Rocha (Avante) vem com tudo para a reeleição
***
Chama atenção seu programa de regularização fundiária, alicerçando sua
caminhada para novo mandato no CPA ***É
o “Gov” reforçando a paliçadas ante as presas afiadas de Marcos Rogério (DEM),
Hildon Chaves(PSDB) e Lucio Mosquini (MDB), possíveis concorrentes em 2022 ***
Vão fazendo as contas aí: Na disputa da cadeira ao Senado já tem nas paradas
Jaqueline Cassol Zona da Mata), Leo Moraes (Porto Velho), Bagatoli (Cone Sul),
Expedito Junior (Zona da Mata), Thiago Flores (Vale do Jamari) *** Uma verdadeira regionalização das candidaturas.
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