Segunda-feira, 19 de abril de 2021 - 08h39
O
estudo “Oportunidades para Exportação de Produtos Compatíveis com a Floresta
Amazônica Brasileira”, elaborado por Salo Colovsky, professor de Economia da
Universidade de Nova York, é um raro exemplo de produção científica que traz ao
mesmo tempo orgulho, ânimo e vergonha para os brasileiros.
O
orgulho se justifica pela invejável perspectiva de desenvolvimento pela bioeconomia.
Há muito mais riqueza potencial ainda não explorada ou apenas tangenciada que a
extração predatória insustentável. Ao mesmo tempo, é justamente a incapacidade
de lucrar mais com menos destruição que causa vergonha aos brasileiros. pois será
melhor para o país e o mundo ganhar com a sustentabilidade e proteger a
floresta.
Entre
o orgulho e a vergonha, felizmente, há o ânimo que o estudo traz e deve ser o
foco a partir de agora, para também ao mesmo tempo aumentar o ufanismo e zerar o
vexame: mergulhar a fundo nas perspectivas do projeto “Amazônia 2030”, do
Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon) e do Centro de Empreendedorismo
da Amazônia, de Belém, uma ótima parceria celebrada com a Climate Policy
Initiative e a PUC-Rio.
Mais
orgulhosos estão os vietnamitas. A única nação a humilhar os EUA em guerra
vende mais pimenta-do-reino àquele país que o Brasil vende para o mundo. Pimenta
vendida por outros não traz refresco. O potencial amazônico é imenso.
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Apostas de Rocha
Se
a oposição acreditava que seria moleza desalojar o governador Marcos Rocha do
poleiro do CPA na eleição do ano que vem está redondamente enganada. Rocha não
está dando mole para o azar. Além de medidas adotadas pelos governadores
anteriores que resultaram na reeleição – pagamento em dia dos servidores e fornecedores
– programas como o da regularização fundiária e o Tchau Poeira devem vitaminar
seu projeto de mais quatro anos no governo estadual.
Campo político
No
campo político, também o atual govenador colocou as manguinhas de fora. Tem conquistado
importantes adesões de prefeitos populares, como Joãozinho Gonçalves, de Jaru,
fortalecendo suas paliçadas na Bacia Leiteira. Está se reconciliando com o PSL
e o divisionismo político dos caciques na capital, entre o prefeito Hildon Chaves
e o deputado federal Leo Moraes concorrentes da oposição, também o beneficia na
busca de uma vaga num previsível segundo turno,
Centrão no controle
A
cada dia os partidos que formam o chamado “Centrão” vai tomando conta do
governo Bolsonaro e com a experiência dos seus caciques corrigindo alguns equívocos
elementares do Palácio do Planalto. O ministro da Saúde que assumiu já fala
coisa com coisa, outros setores já não derrapam tanto e os filhos do presidente
na medida do possível deixaram de fomentar asneiras desgastantes para o seu
pai. Mas totalmente dependente da sua base aliada para escapar de um
impeachment, Bolsonaro vai se entregando aqueles que ele tanto condenava na sua
campanha de 2018.
Dois garantidos!
Já antevejo
dois futuros deputados estaduais eleitos no pleito do ano que vem: o
ex-presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho (MDB) que já está
correndo trecho, com no seu reduto da região do café e com
bases fincadas em Porto Velho e o atual presidente da Câmara de Vereadores da capital
Edwilson Negreiros (PSB), que depois que unificou o clã familiar, deu uma baita
fortalecida. Além disto, ele tem a boa articulação do seu pai e uma poderosa
estrutura para levá-lo ao Poder Legislativo estadual no ano que vem.Confiram!
São ameaças
Além
do mais, tanto Maurão como Edwilson são ameaças a reeleição de deputados
estaduais com redutos evangélicos na capital, como Marcelo Cruz que se não ampliar
seus redutos para o interior do estado pode ser considerado desde já carta fora
do baralho para 2022. Não querendo voduzar ninguém, mas já voduzando, a bancada
estadual da capital, exceto raras exceções, é fraca e deve bailar muito para
conseguir se manter no poleiro. Temos muitos predadores a espreita e alguns com
as garras muito afiadas.
Via Direta
*** Verdadeiras nuvens de carapanãs (na minha
Curitiba são denominados pernilongos) infestam algumas regiões de Porto Velho
ao entardecer ***
Vai ser um ano complicado, pois a dengue ameaça crescer na temporada e
complicar ainda mais os diagnósticos do coronavirus *** O ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires (PSB) ainda não decidiu
seu projeto político para 2022. Acredita-se que entre na peleja para uma cadeira
a Câmara dos Deputados *** Por falar em deputado federal, o parlamentar
Lucio Mosquini (MDB), coordenador da bancada federal está espichando suas bases
em Porto Velho *** Na capital tem espaço
para todo mundo crescer, já que o eleitorado se aproxima dos 360 mil eleitores
e ele tem toda a estrutura do MDB seu favor *** O punhal da traição já está
afiado na temporada. Vem aí um baita troca-troca
partidário...
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