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Carlos Sperança

Rendimento, a chave + Punição nas urnas + Dente de coelho + Estado do Guaporé


Rendimento, a chave + Punição nas urnas + Dente de coelho + Estado do Guaporé - Gente de Opinião

Rendimento, a chave

Acompanhando a pandemia no topo dos temores mundiais, a Amazônia e o clima motivaram uma enxurrada de livros e publicações de pesquisas à disposição dos interessados em todo o mundo. Obras como “A Ideia de Civilização nas Imagens da Amazônia 1865-1908”, de Maurício Zouein, como já foi aprendido com Sebastião Salgado, apanham pelo olhar. Não são discursos impressos, mas imagens, sobre as quais a sabedoria antiga já determinou que valem cada uma por mil palavras.

Discursos, aliás, importam menos que resultados. Pode-se começar pelo discurso mais famoso sobre a floresta, pronunciado em outubro de 1940 pelo então ditador Getúlio Vargas. Disse ele, em banquete no Ideal Club, em Manaus: “Do mesmo modo que a imagem do rio-mar é para os brasileiros a medida da grandeza do Brasil, os vossos problemas são, em síntese, os de todo o país. Necessitais adensar o povoamento, acrescer o rendimento das culturas, aparelhar os transportes”.

Tirando a linguagem da época, isso pode ser dito hoje com plena atualidade. Acima dos discursos, há um livro que todos precisam escrever a milhões de mãos, chamando o mundo a proteger a Amazônia com investimentos em serviços ambientais e projetos de promoção social para os povos da região. Diminuir a pobreza e ajudar o mundo a ter um clima ameno seria o melhor jeito de “acrescer o rendimento das culturas”.

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A fiscalização

Pela falta de fiscalização de obras públicas, Porto Velho e Rondônia tem sofrido graves prejuízos. Se deputados e vereadores se dedicassem em fiscalizar melhor a construção de conjuntos de casas e apartamentos populares e contratos com recursos liberados antecipadamente para empreiteiras que abandonam creches e escolas pela metade, haveria uma grande economia no erário público. Também existe o problema da espessura do asfalto contratado que geralmente não é cumprido pelas empresas e assim sendo todo o ano Rondônia é obrigada a gastar fortunas com a recuperação das rodovias. Dinheiro do seu bolso, cara pálida contribuinte!

Punição nas urnas

A população precisa punir nas urnas os políticos que recebem mensalinhos para se calar, que fazem rachadinhas para encher os bolsos, que se comportam como avestruzes na fiscalização das municipalidades e do governo estadual. O eleitorado necessita estar atento também para os candidatos do narcotráfico. Ano a ano os barões do pó estão se infiltrando nos meios políticos e com recursos ilícitos elegendo representantes. A coisa já vem de longe, quem não lembra da chamada “bancada do pó” que tanto desmoralizou Rondônia ainda na década de 90?

Estado do Guaporé

A imagem de Rondônia ficou tão arranhada na década de 90, por causa da chamada bancada do pó de Rondônia e depois com as operações policiais envolvendo propinas, que se chegou até se cogitar a mudança do nome de Rondônia para Estado do Guaporé, numa inciativa do então deputado federal Miguel de Souza (PFL-Porto Velho). A proposta não seguiu adiante pois concluiu-se que se o comportamento dos políticos não mudasse teria de ficar trocando o nome do estado todo ano. Enfim, a necessidade de renovar os quadros políticos rondonienses é uma necessidade. É precisa dar um basta a esta situação.

Eleições 2022

Já na contagem regressiva para as convenções finais que vão apontar os candidatos aos cargos eletivos em disputa na eleição de outubro –presidente, governador, senador, deputados estaduais e federais – e os partidos seguem enrolando as chapas majoritárias. Neste momento a grande indefinição para a peleja ao governo estadual se relaciona a decisão do Senador Confúcio Moura (MDB) cuja candidatura poderia virar de cabeça para baixo a corrida ao Palácio Rio Madeira. Ao Senado as definições dos ex-senadores Expedito Junior (PSD) e Valdir Raupp de Matos (MDB) são urgentes para avaliar melhor o cenário das postulações.

Dente de coelho

O PSDB lançou um candidato ao governo de Rondônia, que é o ex-prefeito de Porto Velho José Guedes e a cúpula do partido sequer se posicionou, a favor ou contra. Quando os dirigentes se comportam desta forma, se fazendo de mortos, tem treta a caminho. Hildon Chaves e apadrinhados dos irmãos Carvalho que tem o comando do PSDB rondoniense fazem de conta que o partido não tem candidato e seguem atrelados a candidatura do governador Marcos Rocha (União Brasil). Então escolham a alternativa: 1- José Guedes poderá ser vítima de rasteira na convenção estadual do PSDB 2- Guedes, com apoio de Hildon, pode ser uma candidatura de escuderia do governador Marcos Rocha (União Brasil).

Via Direta

*** Pela imobilidade está dando a impressão que o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) não será candidato a nada no pleito 2022 *** Talvez esteja esperando uma definição do deputado federal Mauro Nazif (PSB) que acena com a possibilidade de disputar uma cadeira ao Senado, alterando o cenário da atual campanha *** O roubo de fiação elétrica é tão grande que está despertando fúria dos moradores dos bairros mais atingidos. Agora, os ladrões flagrados estão levando uma baita surra antes de serem entregues a Polícia *** Com os arrombamentos constantes, os larápios estão levando de tudo: desde os padrões de energia e de água até lixeiras das residências *** Seja nas ruas, praças, escolas e outros logradouros públicos, a fiação elétrica tem a preferência dos meliantes. É coisa de louco!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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