Quarta-feira, 20 de janeiro de 2021 - 09h21
A
polarização transforma qualquer diálogo em bate-boca cheio de insultos e incita
à violência, como se verificou no criminoso assalto ao Congresso dos EUA. É
preciso evitar que ela continue causando prejuízos à Amazônia e ao agronegócio
nacional.
O
presidente francês, Emmanuel Macron, ao propor que os franceses aumentem a própria
produção nacional de soja para o país evitar consumir produtos provenientes da devastação
da Amazônia, está reagindo como qualquer animal político.
Ele
perdeu para os Verdes as eleições municipais do ano passado e foi aconselhado
pelos seus argutos assessores a reforçar o discurso ambiental e ao mesmo tempo
assegurar o apoio do agronegócio de seu país, propondo-lhes incentivos.
Bater
boca com ele, fica bem claro quando se pensa nisso, só vai lhe dar o palanque
que deseja, até porque os marqueteiros não dão ponto sem nó: cada provocação é
criada para produzir uma reação já prevista. Aceitá-la é engolir a isca.
O
interesse do agronegócio brasileiro é evitar confronto com o presidente
francês, que só está focado nas eleições de 2022. Nelas, ou conseguirá reconquistar
os votos verdes ou perderá a eleição para eles ou para os conservadores, que
também foram derrotados nas eleições do ano passado. Como qualquer simplório
dono de botequim nas quebradas amazônicas bem sabe, quem bate boca com cliente
sempre perde dinheiro.
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A estratégia
Nos
bastidores políticos por Rondônia afora, o eventual lançamento da candidatura
de Lucio Mosquini (MDB-Ouro Preto do Oeste) ao governo do estado é considerada
uma ardilosa estratégia do senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), que seria o
verdadeiro e poderoso candidato do partido ao CPA, sonho de consumo das bases
emedebistas. Mosquini seria o postulante faz de contas, para no final de tudo,
El Carecon emergir no cenário belo e formoso para mais uma peleja. Ele já anda
incansável no trecho, onipresente pelo interior do estado.
As costuras
Confúcio
não perde eleição desde a década de 90 – depois de uma década apanhando do
adversário Amorim - e mesmo com o MDB rachado em 2018 ele conquistou a cadeira
ao senado superando desde ciladas nas convenções estaduais que visavam impedir
a sua candidatura até o desgaste terrível da legenda com suas lideranças
nacionais manchadas pela Operação Lava Jato. Portanto, Confúcio é o cara, páreo
duro sim e as primeiras costuras para a unificação do MDB rachado pelos Raups já
estão em andamento.
Pensar melhor
Até
acredito que o prefeito reeleito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) tenha
melhorado muito seu cacife para disputar o Palácio Rio Madeira em 2022. Ele não
para e em pleno inverno se espicha para todo lado. Mas uma coisa foi ele
enfrentar um bando de cabaços e pangarés cansados, como ocorreu na corrida pelo
Prédio do Relógio. Outra coisa é enfrentar políticos da estatura de Confúcio
Moura (é outro patamar!), o senador Marcos Rogério (é outro patamar!) e a
própria máquina bolsonarista do governador Marcos Rocha.
Punhal da traição
Nos
bastidores políticos de Rondônia já existe uma bolsa de apostas sobre o punhal
da traição a ser desferido na peleja ao governo do estado. O grupo político formado
pelo PSDB/DEM/PSD tem dois candidatos ao governo do estado: o senador Marcos
Rogério (DEM) que pediu votos para Expedito Junior ao governo no pleito passado
e o prefeito Hildon Chaves (PSDB) reeleito recentemente e que deixa o cargo em
meados do ano que vem para disputar o CPA. Um deles, com certeza, será
apunhalado.
Jogo de cena
Expedito
Junior diz que vai apoiar Marcos Rogério, mas é parceiro de Hildon Chaves. O
jogo de cena segue até as convenções estaduais tucanas que prometem ser quentes
como na época de Cassol, quando metade dos tucanos queriam trair Ivo Cassol
para apoiar Natanael Silva. Mas na época Ivo, que já tinha renunciado ao cargo de
prefeito em Rolim, reagiu e falou em alto e bom som que se fosse traído iria
quebrar os dentes dos traidores. Garantiu a candidatura na convenção e foi eleito
e reeleito governador.
Via Direta
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