Sexta-feira, 29 de julho de 2022 - 07h59
Ao
longo do desenvolvimento da civilização, as qualidades que a fizeram sobreviver
aos desafios de um meio ambiente nem sempre favorável foram a linguagem
complexa para se entender, a sociabilidade (“o homem é um animal social”,
segundo Aristóteles) e a capacidade de cooperação. Diante de dramas terríveis
que mais uma vez ameaçam a sobrevivência da espécie – pandemias, descontrole
climático e governança ineficaz – é natural supor que essas qualidades também
sejam os recursos necessários para mais uma vez escapar à aniquilação.
Pelo
exercício da conversa será possível o consenso de que a bioeconomia é o salto
necessário para a Amazônia sair do estágio quase pré-histórico em que ainda se
encontra em vários domínios para uma era de pleno desenvolvimento. Conversando
bem e dialogando com a nação será possível identificar na bioeconomia o caminho
brasileiro para o desenvolvimento, já que ela reúne no mesmo corpo ciência,
pesquisa, tecnologia, extrativismo, indústria, comércio e serviços.
No
entanto, o Brasil não pode arruinar as comemorações do Bicentenário da
Independência com a desastrosa polarização que desune e impede o país de
canalizar suas energias produtivamente. Exercendo as qualidades salvadoras será
também possível purificar a bioeconomia, extraindo dela eventuais desvios
criminosos, ilegalidades e prevaricações.
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Erro estratégico
O
governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) cometeu um erro estratégico
na formação da sua chapa majoritária. Tanto o candidato a vice, Sérgio
Gonçalves como sua candidata ao Senado Mariana Carvalho são de Porto Velho.
Nesta composição não tem ninguém do interior.
Não precisava puxar a brasa da sardinha tanto para a capital onde já tem
em seu palanque o prefeito Hildon Chaves e Cristiane Lopes. Se de um lado
reforça as paliçadas para enfrentar Leo Moraes (Podemos), favorito na capital,
de outro fica desguarnecido no interior, onde estão cerca de dois terços do
eleitorado rondoniense onde viceja o bairrismo.
As paliçadas
Na constituição
da chapa, o ideal para Marcos Rocha era contar com um vice de Ji-Paraná que é o
segundo colégio eleitoral do estado e um candidato ao Senado de Ariquemes, no
Vale do Jamari, a segunda região mais populosa de Rondônia. Nem Mariana,
tampouco Sérgio Gonçalves acrescentam ou ajudam Marcos Rocha eleitoralmente no
interior do estado. Estamos diante de
uma nova aliança Rondônia com Fé se formando, repleta de equívocos e se
fartando de traíras na sua composição com a chegada do MDB. Rocha vê seu
reduto, a capital, rachado com Leo Moraes e com o desafio de melhorar o
desempenho no interior.
Chapa de Leo
A
candidatura do deputado federal Leo Moraes (Podemos) ao Palácio Rio Madeira não
sai do lugar enquanto não houver uma decisão da justiça sobre a candidatura do
ex-governador Ivo Cassol (PP). Ela está estagnada e esta situação vai se
prolongar até o ultimo dia das convenções, 5 de agosto. Cassol é o grande apoiador
de Leo, mas ele esquivou-se de participar do último encontro estadual do aliado,
optando por se bronzear no Nordeste ou pescar no Rio Guaporé, já indicando que
está à espera da decisão final no Supremo. Leo poderia montar uma chapa mais
competitiva também com candidato a vice de Ji-Paraná e do Senado de Ariquemes.
O dever de casa
Sem
considerar a situação ainda indefinida da candidatura do ex-governador Ivo Cassol
(PP), o bolsonarismo vai se dividindo em Rondônia nestas eleições ao Palácio
Rio Madeira, sede do governo estadual, entre a postulações do atual governador Marcos
Rocha (União Brasil-Porto Velho) e o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná).
Neste momento Marcos Rogério vai fazendo o dever de casa, predominando na região
central e no Cone Sul rondoniense com a aliança com Jayme Bagatolli (Vilhena).
São representantes do bolsonarismo raiz. Os devotos de Bolsonaro estão se inclinando
para Marcos Rogério no interior do estado.
Vem reforçada
A
Frente Democrática, que tem como candidato ao governo o professor Daniel Pereira
(Solidariedade) vem reforçada para o pleito de outubro e deverá contar com o
apoio de importantes lideranças políticas do estado, entre elas do ex-governador
Confúcio Moura (MDB) que ficará fora da aliança do partido apoiando o atual governador
Marcos Rocha. A convenção da aliança, que além do Solidariedade, PT, PSB também
contará com PDT, será realizada hoje em Porto Velho. Daniel Pereira será o
candidato de Lula em Rondônia tendo o ex-deputado federal Anselmo de Jesus
(Vice) como vice. A chapa é competitiva e vai fazer estragos imediatamente na
candidatura de Leo Moraes na capital.
Via Direta
*** Vai começar agosto, já na contagem
regressiva do pleito e outubro e não se vê as influências das ondas Lula e Bolsonaro
na corrida sucessória em Rondônia *** É melhor os fanáticos cuidarem de suas
candidaturas a deputados estaduais e federais sem contar com tanta influência
dos caciques nacionais que na verdade só pensam nos seus próprios umbigos ***Nas ondas do rádio, o jornalista Arimar
Sá, da Rádio Caiari mantém a pole position no tradicional horário do meio dia
em Porto Velho ***A contratação do rei da latinha também é cogitada por emissoras
de televisão para o horário devido a sua grande audiência e prestigiamento dos
bons anunciantes *** Trocando de saco
para mala: um dos apoios mais requisitados do interior é do ex-prefeito
Jesualdo Pires. Ele angariou 40 por cento de votos ao Senado em Jipa em 2018.
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