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Carlos Sperança

Segurando a toalha + Cartas na manga + Corrida de recuperação


Segurando a toalha + Cartas na manga + Corrida de recuperação - Gente de Opinião

Segurando a toalha

No boxe, jogar a toalha é o gesto desesperado de reconhecimento da derrota do lutador que arrisca a vida em um combate impossível. Será que os ecologistas já devem jogar a toalha, reconhecendo a derrota na luta para manter a temperatura do globo terrestre em níveis aceitáveis para a preservação da vida? Há cientistas, loucos ou não, que pensam em jogá-la, supondo que o mundo já passou do ponto sem retorno.

Com a toalha entre os dedos, o climatologista Guy Brasseur, do Instituto Max Planck (Hamburgo, Alemanha) acha que o aquecimento vai aumentar mesmo se as nações cumprirem os compromissos de reduzir as emissões de CO². Aconselha que os sobreviventes ao já árduo calor nosso de cada dia se preparem para mais 3 a 5 graus até 2100. Sem exercer o papel omisso e indecente dos negacionistas, que falam muito e não fazem nada, cabem algumas objeções à sentença de derrota de Brasseur.

Uma é que os compromissos dos líderes mundiais de reduzir o peso do CO² na atmosfera têm o objetivo de melhorar o clima e não só evitar o calor mais forte. Sonhar com avanços da ciência capazes de se unir à redução do CO² para um mundo melhor não é fantasia religiosa ou utópica, mas uma perspectiva factível. Jogar a toalha desde já é não confiar em gol no último segundo da prorrogação. Há muitos exemplos de que isso acontece, mas depende, sempre, de trabalho e ação, sem desistir antes do fim.

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Cartas na manga

Com um crescimento positivo do PIB e uma das mais baixas taxas de desemprego no País, o governador Marcos Rocha (União Brasil) entra na peleja da reeleição com boas cartas na manga. O pagamento rigorosamente em dia do funcionalismo público e dos fornecedores conta muito em Rondônia e foram de vital importância na reeleição de Ivo Cassol e de Confucio Moura. Tem forte ligação com o presidente Bolsonaro, no estado neste momento mais bolsonarista do País. E cuida com todo zelo da saúde animal – até mais do que a dos humanos – e com isto o rebanho bovino dá uma grande resposta a nossa economia.

O trunfo de Rogério

Já se sabendo que se trata de uma eleição em dois turnos em Rondônia, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) tem como grande triunfo a identidade com o presidente Jair Messias. Ele conquistou esta ligação graças a uma fidelidade canina ao Planalto e por isto a maior fatia do eleitorado bolsonarista se volta a sua candidatura. É osso duro porque se articula bem e ao contrário do governador Marcos Rocha que montou uma chapa exclusivamente portovelhense mesmos sabendo que no interior existe quase um milhão de eleitores, montou uma chapa bem equilibrada. Ele de Jipa, Bagatolli (Senado) Vilhena, vice Flavia Lenzi de Porto Velho.

O efeito Cassol

Ainda sobre as eleições 2022, o que me impressiona nesta largada ao CPA Rio Madeira é o favoritismo do ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) e isto ocorre até na capital, mesmo com sua candidatura sangrando. O eleitorado rondoniense tem boas lembranças quanto o estado crescia a patamares dos tigres asiáticos. Também é bolsonarista, mas não depende das bênçãos do mandatário para se eleger. Entra forte na seara de votos de Leo Moraes (Podemos) na capital e de Marcos Rogério (PL) no interior. Montou uma chapa rolimorense, ele o vice e candidato ao Senado tudo de Rolim. É muita confiança no taco.

Frente Democrática

Para alcançar um previsível segundo turno o candidato da Frente Democrática Daniel Pereira montou uma chapa super reforçada em Ji-Paraná, onde terá como seu vice, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus (PT) e seu candidato ao Senado Acir Gurgacz (PDT) e aposta no divisionismo do bolsonarismo com três candidatos rachando o segmento. Conta muito no interior de Rondônia o bairrismo e neste sentido Pereira tem um passado na roça, emergindo de Pimenteiras, se elegendo deputado estadual por Cerejeiras no Cone Sul rondoniense. Tem força perante o funcionalismo público e boa aceitação dos profissionais de educação.

Corrida de recuperação

O último candidato do primeiro pelotão na disputa ao governo de Rondônia é o combativo deputado federal Leo Moraes (Podemos). Desde que foi abandonado por Ivo Cassol, inicia uma corrida de recuperação. Se aliou ao ex-senador Expedito Junior, que é o maior pé de coelho da sorte de todos os tempos em Rondônia já que foi ele que lançou com sucesso Cassol, Hildon Chaves e outros, mas se trata do pior estrategista para ele mesmo, já que levou um pé de todos eles. Sempre larga bem e no decorrer das campanhas acaba caindo de produção. A ideia da chapa é Leo melhorando a situação de Expedito na capital e Expedito retribuindo o apoio no interior.

Via Direta

*** Em Porto Velho a rede FTP criou uma megafarmacia atendimento 24 horas, na avenida Jorge Teixeira com Carlos Gomes, antigo Banco Bradesco *** Para vitaminar aquela unidade uma cracolandia foi exterminada nas proximidades da rodoviária, no entanto muitos viciados ainda perambulam na região *** O tradicional Supermercado Tuitt cerrou as portas depois de décadas de existência no bairro Liberdade na capital rondoniense. A Ideal Eletromóveis também fechou na A. Sete de Setembro no centro antigo depois e 42 anos de atividades *** A boa notícia do centro antigo de PVH é a recuperação do comercio da Av. Carlos Gomes com várias lojas novas reabrindo as portas depois de dois anos mingua. A Câmara dos Diretores Lojistas comemora a consequente geração de empregos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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