Quinta-feira, 18 de agosto de 2022 - 08h05
No
boxe, jogar a toalha é o gesto desesperado de reconhecimento da derrota do lutador
que arrisca a vida em um combate impossível. Será que os ecologistas já devem
jogar a toalha, reconhecendo a derrota na luta para manter a temperatura do
globo terrestre em níveis aceitáveis para a preservação da vida? Há cientistas,
loucos ou não, que pensam em jogá-la, supondo que o mundo já passou do ponto sem
retorno.
Com
a toalha entre os dedos, o climatologista Guy Brasseur, do
Instituto Max Planck (Hamburgo, Alemanha) acha que o aquecimento vai aumentar mesmo
se as nações cumprirem os compromissos de reduzir as emissões de CO². Aconselha
que os sobreviventes ao já árduo calor nosso de cada dia se preparem para mais 3
a 5 graus até 2100. Sem exercer o papel omisso e indecente dos negacionistas,
que falam muito e não fazem nada, cabem algumas objeções à sentença de derrota
de Brasseur.
Uma
é que os compromissos dos líderes mundiais de reduzir o peso do CO² na
atmosfera têm o objetivo de melhorar o clima e não só evitar o calor mais forte.
Sonhar com avanços da ciência capazes de se unir à redução do CO² para um mundo
melhor não é fantasia religiosa ou utópica, mas uma perspectiva factível. Jogar
a toalha desde já é não confiar em gol no último segundo da prorrogação. Há
muitos exemplos de que isso acontece, mas depende, sempre, de trabalho e ação,
sem desistir antes do fim.
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Cartas na manga
Com
um crescimento positivo do PIB e uma das mais baixas taxas de desemprego no
País, o governador Marcos Rocha (União Brasil) entra na peleja da reeleição com
boas cartas na manga. O pagamento rigorosamente em dia do funcionalismo público
e dos fornecedores conta muito em Rondônia e foram de vital importância na
reeleição de Ivo Cassol e de Confucio Moura. Tem forte ligação com o presidente
Bolsonaro, no estado neste momento mais bolsonarista do País. E cuida com todo
zelo da saúde animal – até mais do que a dos humanos – e com isto o rebanho
bovino dá uma grande resposta a nossa economia.
O trunfo de Rogério
Já
se sabendo que se trata de uma eleição em dois turnos em Rondônia, o senador
Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) tem como grande triunfo a identidade com o
presidente Jair Messias. Ele conquistou esta ligação graças a uma fidelidade
canina ao Planalto e por isto a maior fatia do eleitorado bolsonarista se volta
a sua candidatura. É osso duro porque se articula bem e ao contrário do governador
Marcos Rocha que montou uma chapa exclusivamente portovelhense mesmos sabendo
que no interior existe quase um milhão de eleitores, montou uma chapa bem
equilibrada. Ele de Jipa, Bagatolli (Senado) Vilhena, vice Flavia Lenzi de Porto
Velho.
O efeito Cassol
Ainda
sobre as eleições 2022, o que me impressiona nesta largada ao CPA Rio Madeira é
o favoritismo do ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) e isto ocorre até
na capital, mesmo com sua candidatura sangrando. O eleitorado rondoniense tem
boas lembranças quanto o estado crescia a patamares dos tigres asiáticos.
Também é bolsonarista, mas não depende das bênçãos do mandatário para se eleger.
Entra forte na seara de votos de Leo Moraes (Podemos) na capital e de Marcos
Rogério (PL) no interior. Montou uma chapa rolimorense, ele o vice e candidato
ao Senado tudo de Rolim. É muita confiança no taco.
Frente Democrática
Para
alcançar um previsível segundo turno o candidato da Frente Democrática Daniel Pereira
montou uma chapa super reforçada em Ji-Paraná, onde terá como seu vice, o
ex-deputado federal Anselmo de Jesus (PT) e seu candidato ao Senado Acir
Gurgacz (PDT) e aposta no divisionismo do bolsonarismo com três candidatos rachando
o segmento. Conta muito no interior de Rondônia o bairrismo e neste sentido
Pereira tem um passado na roça, emergindo de Pimenteiras, se elegendo deputado
estadual por Cerejeiras no Cone Sul rondoniense. Tem força perante o
funcionalismo público e boa aceitação dos profissionais de educação.
Corrida de recuperação
O
último candidato do primeiro pelotão na disputa ao governo de Rondônia é o
combativo deputado federal Leo Moraes (Podemos). Desde que foi abandonado por
Ivo Cassol, inicia uma corrida de recuperação. Se aliou ao ex-senador Expedito
Junior, que é o maior pé de coelho da sorte de todos os tempos em Rondônia já
que foi ele que lançou com sucesso Cassol, Hildon Chaves e outros, mas se trata
do pior estrategista para ele mesmo, já que levou um pé de todos eles. Sempre
larga bem e no decorrer das campanhas acaba caindo de produção. A ideia da
chapa é Leo melhorando a situação de Expedito na capital e Expedito retribuindo
o apoio no interior.
Via Direta
*** Em Porto Velho a rede FTP criou uma
megafarmacia atendimento 24 horas, na avenida Jorge Teixeira com Carlos Gomes,
antigo Banco Bradesco *** Para vitaminar aquela unidade uma cracolandia foi
exterminada nas proximidades da rodoviária, no entanto muitos viciados ainda
perambulam na região *** O tradicional Supermercado
Tuitt cerrou as portas depois de décadas de existência no bairro Liberdade na
capital rondoniense. A Ideal Eletromóveis também fechou na A. Sete de Setembro
no centro antigo depois e 42 anos de atividades *** A boa notícia do centro
antigo de PVH é a recuperação do comercio da Av. Carlos Gomes com várias lojas
novas reabrindo as portas depois de dois anos mingua. A Câmara dos Diretores
Lojistas comemora a consequente geração de empregos.
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