Sexta-feira, 13 de novembro de 2020 - 10h13
Por
não se darem ao respeito nem requerer militância qualificada na defesa de
princípios, os partidos políticos brasileiros em geral são usados para a
conquista de poder por representantes de interesses que desprezam o significado
das siglas e as determinações estatutárias: além dos representantes de si
próprios, há testas de ferro de empresas, os corporativistas, os laranjas de
interesses estrangeiros e o crime organizado.
Com
a permissão para escolher o nome que bem desejarem para a propaganda eleitoral,
sobram os candidatos de si mesmos e do que fazem, como a Val do Açaí, o Tião da
Mecânica, o Zé do Banco, o Mané da Saúde. Em geral, omitem os nomes dos
partidos, escondidos ao máximo na arte dos “santinhos”. No horário gratuito
falam só de si mesmos ou fazem promessas sem relação com o ideário dos partidos
pelos quais concorrem.
Os
piores seriam descartados nas urnas se houvesse condições de igualdade na
campanha com os melhores. Boas biografias só garantem vitória eleitoral se
estiverem ancoradas na simpatia do cacique partidário, que lhes dará fatias
mais generosas do Fundão. A chance dos melhores, entretanto, está nas mãos dos eleitores
que despertam da letargia e refletem que apesar de tudo nenhuma comunidade
progride sem política. Se ela não for feita pelos melhores, já está bem claro por
fartos e diários exemplos de corrupção e maluquice, será exercida pelos piores.
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Eleição 2020
Com
a perspectiva de elevada abstenção e ainda com uma multidão de indecisos, os
333.000 eleitores de Porto Velho vão neste domingo as urnas para eleger seu
prefeito. Sobraram 14 candidatos dos 16 iniciais, mas apenas quatro em
condições de disputar um previsível segundo turno, devido a fragmentação do
eleitorado com tantas postulações avulsas. Sendo um único candidato
situacionista, Hildon Chaves (PSDB) ele leva vantagem para chegar na ponteira a
próxima etapa. Vinicius Miguel (Cidadania) e Cristiane Lopes (PP) disputam a
segunda vaga numa peleja onde um deles será devorado pelo voto útil e o efeito
manada, seguindo em frente.
Os prefeitos
Desde
que foi confirmada como capital rondoniense pela Constituição estadual em
meados da década de 80, Porto Velho já elegeu pelo voto direto: 1- Jerônimo
Santana (MDB) 2-Chiquilito Erse (PFL) 3- José Guedes (PSDB) 4-Chiquilito Erse
(PDT) 5- Carlinhos Camurça (PTB) 6-Roberto Sobrinho (PT, o único reeleito) 7-
Mauro Nazif (PSB) 8 –Hildon Chaves (PSDB). Também assumiram como prefeitos os vices Tomás Correia, vice de Jerônimo
Santana e Camurça, vice de Chiquilito. Tivemos também prefeitos nomeados antes
da eleição 85: Sebastião Valadares (PDS) e José Guedes (MDB).
Vices assumem
Na
trajetória de Porto Velho, dois vices completaram os mandatos dos titulares.
Tomás Correia, substituiu Jerônimo Santana que saiu da prefeitura para disputar o governo do
estado em 1986 e Carlinhos Camurça que substituiu Chiquilito Erse, completou o
mandato e depois se reelegeu. No mais, o histórico de muitos vices eleitos é de
conflitos com os titulares, o que vem até os dias de hoje com Edgar do Boi em pé
de guerra com o titular tucano e com seu gabinete tratado a pão de água.
Tucanos na frente
Os tucanos
elegeram dois prefeitos na capital desde 1985 quando voltaram as eleições
diretas nas capitais, pois até então os alcaides eram prefeitos nomeados: o
PSDB pode chegar a terceira vez ao poder, agora no prédio do relógio. O PT
também teve duas administrações com Roberto Sobrinho mas decaiu bastante desde
que o prefeito petista foi afastado. Chiquilito Erse foi eleito duas vezes, mas
por partidos diferentes, uma vez pelo PFL, outra pelo PDT.
Curiosidade
Uma
das maiores curiosidades sobre as eleições em Porto Velho são as surpresas de última
hora provocadas por efeito manada e voto
útil. Assim tombou Mauro Nazif, franco favorito contra Roberto Sobrinho, assim
Lindomar Garçon sucumbiu perante Mauro Nazif (2012), assim Leo Moraes foi derrotado pelo
atual prefeito Hildon Chaves em 2016, que quase nem acreditou no resultado,
numa mudança repentina de última hora. E, neste domingo, o que o futuro nos
reserva? Teremos surpresas? È Cristiane? Vinicius conseguiu superar tantos
ataques? Teremos o efeito manada, e como vai se comportar o voto útil?
Via Direta
***Assisti o debate do Rondônia ao Vivo
e Rema TV na quinta-feira a noite entre os candidatos de Porto Velho ***Lamentei a ausência justificada de Williams Pimentel (MDB) que tinha
boas propostas no horário gratuito e Cristiane Lopes (PP) acamada por covid,
mas poderosa nesta reta final *** Constatei
Vinicius Miguel recuperando terreno perdido depois de tantos ataques e um
desempenho seguro do prefeito Hildon Chaves *** No interior a coisa pegou
fogo e temos grandes clássicos polarizados, mas sem descartar surpresas também *** O caso mais interessante é a peleja
envolvendo em Vilhena o atual prefeito Eduardo Japonês x ex-prefeita
Rosane Donadon, numa sensacional revanche no cone sul do estado *** Outra
disputa empolgante será travada em Ariquemes
com três nomes polarizados na reta final.
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