Sexta-feira, 22 de julho de 2022 - 08h29
Os
ministérios mais fustigados na Amazônia são, por força das circunstâncias, os
da Economia e do Meio Ambiente. Com o primeiro sob o ministro Paulo Guedes
foram arranca-rabos em série. Cada declaração de Guedes sobre a região levantou
ondas de protesto, começando pela tentativa de zerar a Zona Franca de Manaus. Já
o primeiro titular do Meio Ambiente no governo Bolsonaro, Ricardo Salles, saiu
sob intenso tiroteio e seu sucessor, Joaquim Leite, não chegou a ter um mês de
trégua antes que o tiroteio recomeçasse.
Havia
a presunção de que ele iria reduzir já o desmatamento. Só que não foi o
ex-ministro a começar a derrubada. Ela se intensificou com a cínica ideologia
nacional-desenvolvimentista segundo a qual o Brasil tem direito a destruir sua
natureza porque o hemisfério Norte destruiu a sua. Foi nesse vácuo de cinismo e
prevaricação que se introduziu o crime 2.0, interesses que se aproveitam das
novas tecnologias, melhores meios de transporte e comunicação para alavancar
seus delitos, aproveitando-se do desmonte das políticas públicas e do Estado.
Embora
essa óbvia constatação não absolva Salles pelas boiadas passadas em
contravenção às leis ambientais ela também não basta para absolver o novo
ministro. Para todos os efeitos, culpar o passado já é insuficiente, ao cabo de
quatro anos de governo. O Brasil quer soluções, de preferência para já.
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Decisão final
Caberá
ao comando nacional da Federação Partidária formada pelos dirigentes do PSDB e
Cidadania uma decisão final sobre o caso de candidatura própria ao governo de
Rondônia. Como as convenções partidárias já começaram, seguindo o calendário
eleitoral vigente o governadoravel José
Guedes cobrou dos dirigentes uma resposta
em regime de urgência, mas até esta sexta-feira nadica. Como a peleja
envolve o prefeito Hildon Chaves que é rico e poderoso e já negociou o PSDB com
o governador Marcos Rocha e o candidato tucano é pobre, temos uma luta do Davi
contra o Golias. Em política não existe este negócio da bíblia onde o pobre
David vence o Golias. Hildon Golias pode fazer farofa de José ‘David’ Guedes
nesta peleja.
As mudanças
O
quadro sucessório rondoniense ainda está longe das definições. É fato que a Frente
Popular, alinhando partidos de esquerda, decidiu trocar seu candidato ao
governo de Rondônia Vinicius Miguel (PSB) por Daniel Pereira (Solidariedade).
No entanto ainda fica em compasso de espera as definições das candidaturas ao
CPA dos ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB). As alterações
também, provocam mudanças nas chapas ao Senado e em nomes de vices. Cassol
sendo liberado pela justiça teria Leo Mores (Podemos) de Vice, por exemplo.
Seria uma chapa favorita para o pleito.
Colégios eleitorais
Como
ficou constatado no recente levantamento do TSE, Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes,
Cacoal e Vilhena, são os maiores colégios eleitorais do estado. A capital segue
mantendo quase um terço do eleitorado rondoniense, com 350 mil eleitores. Isto
é o equivalente aos números dos cinco principais colégios eleitorais do
interior do estado. Portanto, a capital é realmente um front estratégico para
os postulantes ao governo do estado e ao Senado da República na eleição 2022. E
largar bem na capital é imprescindível.
Garimpo e grilagem
Impressiona
o número de políticos envolvidos na grilagem de terra e no garimpo ilegal em
Rondônia. E a maioria deles, como se sabe, usa a política também como forma de
enriquecimento, lucrando com invasões nas reservas indígenas e nos parques
nacionais, já infestados de invasores. Os estados da região Norte tem sido
constantemente vítimas dos políticos saqueadores. Não bastasse os efeitos
danosos da grilagem e do garimpo, acumula-se a desgraceira toda com o
narcotráfico tomando conta do estado e fomentando uma verdadeira escalada da
violência.
O bicho vai pegar!
Os
candidatos envolvidos na disputa do Palácio Rio Madeira, sede do governo
estadual estão vendo com preocupação a possibilidade do ex-governador Ivo Cassol
(PP) reabilitar sua elegibilidade e entrar na peleja 2022. A situação mudaria o
quadro sucessório de cabeça para baixo e os atuais postulantes já correndo o
trecho se veriam obrigados a refazer as estratégias. Voduzando Ivo, os adversários
argumentam que grandes favoritos já tombaram na disputa ao governo estadual.
Consideram também que podem carimbar sua testa como um candidato sangrando, que
saiu de última hora. Os cassolistas já rebatem: “eles devem acreditar também em
lobisomem, saci Pererê e boi tatá”. O bicho vai pegar.
Via Direta
*** A crise econômica e o desemprego estão
fazendo com que dezenas de portovelhenses busquem a mistura do dia a dia com a
pesca nas contaminadas águas do Rio Madeira *** Seria interessante a saúde pública
sinalizar os riscos da contaminação pelo metal nas proximidades da ponte, pois
diariamente muitas pessoas se aglomeram no local *** Além da sinalização é relevante desenvolver campanhas de
esclarecimentos já que o índice de câncer disparou na capital rondoniense nos
últimos anos e o mercúrio é um dos principais vetores pela escalada da doença***
Trocando de saco para mala: Sem
investigar e punir os receptadores a Policia rondoniense está enxugando gelo no
combate a fiação elétrica nas residências, ruas, avenidas e parques públicos *** Neste quesito reina mesmo é a incompetência na segurança pública.
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