Sexta-feira, 5 de agosto de 2022 - 10h18
Al
Gore, ex-vice-presidente dos EUA, levou um susto quando o presidente Jair
Bolsonaro lhe disse, no Fórum Econômico Mundial de 2019, na Suíça: “Quero
explorar os recursos da Amazônia com os EUA”. A oferta significava o contrário
da afirmação de soberania brasileira sobre a Amazônia. Afinal, compartilhar as
riquezas da região com estrangeiros colide com o nacionalismo do tipo “yankees
go home”.
Gore
não ficaria tão perplexo se soubesse o que disse Getúlio Vargas no famoso
Discurso do Rio Amazonas, em 1940: “E não somente os brasileiros; também
estrangeiros, técnicos e homens de negócio, virão colaborar nessa obra,
aplicando-lhe a sua experiência e os seus capitais, com o objetivo de aumentar
o comércio e as indústrias”. Como o nacionalismo se radicalizou, a ideia de
abrir o Brasil aos estrangeiros refluiu.
Há
pouco, o mesmo Al Gore considerou absurda a tese da internacionalização da
Amazônia. De fato, o que o Brasil e as demais oito nações amazônicas precisam é
atrair os capitais necessários para que a riqueza da floresta sirva aos seus
povos. Essa internacionalização negociada não seria absurda, ao contrário da nacionalização
dos crimes ambientais, que na avaliação do Instituto Igarapé já envolvem 24
estados. Esse nacionalismo é desastroso. Internacionalizar de imediato o
combate ao crime seria o melhor jeito de evitar mais sustos.
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Grande virada
A disputa
ao Senado virou de cabeça para baixo neste final de semana. Primeiro teve a desistência
de Expedito Junior (PSD), logo em seguida a liberação da candidatura à
reeleição do senador Acir Gurgaz (PDT-RO) através de revisão. O cenário agora muda
de figura, com as bases pedetistas festejando e Acir quente e fervendo para o
confronto com Jaime Bagatoli (PL-Vilhena), Mariana Carvalho (PSDB-Porto Velho),
Jaqueline Cassol (PP) e Leo Fachin (Avante) que já estavam em campanha. O
pedetista é o candidato da Frente Democrática, que une o PT, PSB, PDT, Solidariedade
e outras legendas alinhadas ao projeto de reeleição do presidente Lula.
Para valer
Acir
abre a jornada a reeleição confiante no seu trabalho no Congresso Nacional e
convicto que fará o dever de casa, ou seja, obtendo grande resultado na região central,
polarizada por Ji-Paraná, seu grande reduto, para fazer a diferença neste
pleito, como ocorreu na eleição em que foi consagrado nas urnas. Entrando na
campanha para valer, o parlamentar vai correr trecho prestando contas dos
benefícios obtidos as municipalidades rondonienses, das parcerias celebradas
com os municípios e a defesa das causas de Rondônia. É realmente uma baita
reviravolta na peleja ao Senado 2022.
Nas paradas
Garantindo
o registro da sua candidatura ao CPA Rio Madeira, através de recurso o ex-governador
Ivo Cassol (PP) se habilita para a disputa e larga como um dos favoritos na
corrida sucessória em Rondônia. Está num patamar muito acima dos demais
concorrentes e vai tentar se eleger em primeiro turno primeiro turno, proeza
que ele já comemorou há duas décadas. No entanto o cenário de hoje é diferente
e os adversários acreditam que o registro da sua candidatura é precário e seu
próprio aliado Leo Moraes por enquanto mantém sua postulação.
Muitos bolsonaristas
Com
Ivo Cassol nas paradas, teremos três candidaturas bolsonaristas ao CPA Rio Madeira,
convenhamos um exagero. Não existe capão para tantos tigres se enfrentando e
rachando o eleitorado deste mesmo segmento. A briga vai ser feia entre os
bolsonaristas e Marcos Rogério que reinava sozinho no interior será o
postulante mais prejudicado nesta peleja, já que no interior ele estava
liderando com folga a corrida sucessória. Cassol, com sua língua solta já vem
atropelando todo mundo, como um enorme búfalo em disparada no Vale do Guaporé!
De camarote
A disputa
canibalesca dos postulantes bolsonaristas, fragmentando o eleitorado do
segmento, beneficia diretamente o postulante da Federação Frente Democrática,
pilotada pelo ex-governador Daniel Pereira, candidato de Lula em Rondônia, liderando
uma coalizão de seis partidos, entre eles, o PSB de Mauro Nazif e o PDT de Acir
Gurgacz. Neste cenário também poderá atrair os dissidentes do MDB que não
fecharam com Marcos Rocha, inclusive a presença do senador Confúcio Moura neste
palanque de oposição aos governos da esfera estadual e federal.
Via Direta
*** A desistência da ex-prefeita de Vilhena
Rosani Donadon em disputar cadeira Câmara dos Deputados amplia as chances de
Evandro Padovani naquela região. Ela vai concorrer a eleição suplementar em
Vilhena *** O final de semana foi
repleto de surpresas no campo político e no segmento empresarial *** O
fechamento da Faculdade Faro, fundada pelo falecido senador Odacir Soares,
deixou na mão grande número de acadêmicos que segundo sua direção serão
remanejados para outras instituições ***O
Festival de Praia do Fortaleza do Abunã, banhado pelo Rio Madeira, está de
volta e será realizado no final deste mês de agosto *** O evento é um
terror para as esposas dos políticos. Muitos, arrumam desculpas de viagens
partidárias para acampar com gatinhas nas areias daquele balneário *** Lembrando que lá é o local preferido
dos acreanos para se “lagartear”.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
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