Quinta-feira, 10 de dezembro de 2020 - 15h50
Trombar não dá certo
O governo brasileiro se deixou levar pelos rompantes do presidente Donald Trump, gestor personalista que com a mão esquerda afagava o Brasil e com a direita o desconsiderava. A julgar pela tradição do Partido Democrata no poder, o presidente eleito Joe Biden, logo que assumir, usará as duas mãos para obrigar nosso governo a aceitar suas imposições.
Isso não quer dizer que o Brasil deva romper com os EUA na base da pólvora rara no paiol ou das ofensas do tipo “iankee, go home”, como nos tempos em que Biden, então vice-presidente de Obama, espionava o Brasil. Com a revelação da espionagem nos documentos de Edward Snowden, o governo brasileiro pediu que os EUA parassem a espionagem, mas Biden não aceitou.
Não é diplomaticamente aceitável exigir algo de uma nação sem antes uma adequada deliberação baseada na discreta negociação e preservação de interesses comuns. Só uma atitude de mútuo respeito, amizade e acordos vantajosos para cada nação e o mundo poderão melhorar as relações entre os países.
O Brasil teria muito a ganhar com a volta do pragmatismo responsável do general Ernesto Geisel. Ele foi derrotado pelo desastre da economia na época, mas hoje o desastre econômico é mundial. Quem está no fundo do poço tem dois caminhos: cavar mais fundo ou achar um jeito de subir. Entre nações, a negociação e o entendimento são as escadas mais aconselháveis.
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Pires na mão
Os prefeitos recém-eleitos, que assumem em janeiro já se preocupam em conquistar recursos para suas administrações. Por isto muitos deles nesta semana viajaram à Brasília mantendo contatos com senadores e deputados federais para assegurar verbas das emendas impositivas, muito importantes para reforçar o caixa e atender as necessidades de saúde, transporte escolar e até pequenas obras de infraestrutura, como pontes e estradas.
Os melhores
Da atual safra de prefeitos eleita em 2018, alguns alcaides se destacaram na busca de verbas em Brasília. O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, foi um deles, através de uma atuação pragmática e com sua gestão suprapartidária, atendendo bem a bancada federal. Ele lembra antigos prefeitos como Bianco (Ji-Paraná), Chiquilito (Porto Velho), Divino Cardoso (Cacoal), Confúcio (Ariquemes), Textoni (Ouro Preto), que mantinham boas relações com adversários e tiveram gestões exitosas.
Compra de votos
Se todos os candidatos a vereança que compraram votos forem realmente punidos pela justiça eleitoral, que investiga pelo menos seis casos denunciados, teremos grande alteração na composição da próxima legislatura da Câmara de Vereadores de Porto Velho. O hábito de compra de votos vem de longe, mas esta condenável prática raramente causou cassações de mandatos em Rondônia, seja de vereadores ou de deputados estaduais e federais.
Uma ofensiva
Constato uma ofensiva da deputada federal Mariana Carvalho (PSDB) em reconquistar o prestígio em Porto Velho depois da perda da sua densidade eleitoral na eleição de 2018, precisando recorrer aos votos de outras bases, como Jaru e Vilhena para se reeleger. Com movimentação intensa, já se desconfia sobre voos mais altos da tucaninha que começou a carreira ainda adolescente e que nunca mudou de partido. Sua mídia foi reforçada.
Os estoques
Seguem os absurdos do governo Jair Bolsonaro, cada vez mais perdido com o coronavirus ou na importação de armas da indústria americana e por falta de estoques estratégicos – uma medida elementar praticada em gestões anteriores – o Brasil está sendo obrigado a importar soja dos Estados Unidos, nosso grande rival no mercado internacional do agronegócio, inclusive na disputa pelo mercado chinês. Trump, como se vê, além dos maus exemplos mundo afora, faz Bolsonaro de gato e sapato.
Via Direta
*** O suplicio provocado pelos call centers das telefônicas e lojas de departamentos é coisa de louco. Ninguém mais suporta tanta chateação ***Mesmo com o comércio do pescado em baixa, com muitas desistências, a produção de tilapias tem aumentado e conseguido a preferência de muitos produtores na região *** Uma inspiração dos produtores paranaenses que exportam toneladas do peixe para os consumidores americanos *** Em Rondônia, desde o governador, o secretário da saúde, deputados estaduais e federais e um senador já contraíram o coronavirus *** Só o prefeito Hildon Chaves escapou do covid. *** A estrela do tucano é tão grande que até a sua adversária Cristiane Lopes foi prejudica com a doença na reta final de sua campanha para conquistar vaga no segundo turno.
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