Segunda-feira, 12 de setembro de 2022 - 10h40
A
rigor, não existe no Brasil uma polarização ideológica, a exemplo da Índia,
onde o primeiro-ministro Narendra Modi se equilibra em um partido de direita
enquanto aplica um programa de esquerda, como em outras partes do mundo há
líderes eleitos por partidos de esquerda que aplicam programas neoliberais.
Nas
eleições presidenciais brasileiras deste ano, os candidatos mais lembrados nas
intenções de voto pertencem ao grande universo liberal: a aliança Lula-Alckmin,
que nada tem de “socialista”; explicitamente, o Partido Liberal do presidente
Jair Bolsonaro; Ciro Gomes empoderado por PMDB e PSDB; Simone Tebet (MDB); e Felipe
D’Avila do Novo só no nome, pois é também liberal. No mais, qualquer um no governo
terá que rezar pela cartilha do Centrão, sobre o qual é difícil saber se é mais
liberal ou mais oportunista.
Nenhuma
chance de uma corrente de esquerda (ou seja, marxista) chegar ao governo, pelo
menos nestas eleições. O que existe no Brasil, assim, não é polarização ideológica,
mas eleitoral: a disputa entre diferentes projetos liberais, do ultraliberalismo
do PL ao flexível do Novo. O que mais prevalece nessa disputa entre correntes mais
ou menos liberais é a desunião nacional, que por falta de um projeto de nação e
de uma pauta mínima de recuperação do país é alimentada pela polarização
eleitoral com muita propaganda, rancor e ameaças.
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Três décadas
O
Diário da Amazonia, juntamente com o
antigo território federal e da TV Rondônia completam aniversários neste 13 de
setembro. O Diário com 29 anos de circulação, quase três décadas no estado
refletindo as grandes bandeiras rondonienses, acompanhando grandes eventos e
suas transformações. Projetado através de uma parceria com o jornalista Emir
Sfair –já falecido - então proprietário do jornal o Paraná e com seu Assis,
patricarca da família Gurgacz, grande empreendedor e pioneiro, o rotativo
ganhou corpo ainda em meados da década de 90. O governador na época era Oswaldo
Piana, o prefeito da capital José Guedes, ambos presentes ao evento.
A inauguração
Ainda
lembro daquele dia de inauguração, um 13 de setembro de 1993. Seu Assis
entusiasmado com o projeto, o atual senador Acir ainda novo, quase um piá –
agora chegando aos 60 anos de idade – o seu Emir (diretor) e seu Valdir Costa
(primeiro editor) preocupados com o pleno funcionamento dos computadores, uma
inovação na época, como primeiro diário informatizado da terrinha. Bedin e o Celso foram nossos pontos de apoio na construção
do prédio, numa grande transformação de um enorme galpão que abrigava uma
Cooperativa, na rua Joaquim Nabuco, tendo o Mauro Sfair (hoje morando em
Curitiba) como nosso primeiro diretor comercial.
A mídia impressa
Nos
anos 90, no auge da mídia impressa em Rondônia, o Diário chegou a contar com
sucursais e correspondentes nas capitais da Amazônia e em Brasília. Lembro que
tinha uma banca recordista de vendas de exemplares do Diário na Praça Marechal
Rondon em Porto Velho: cravava a venda de quase 100 exemples diariamente, só
ela. Os jornaleiros se esmeravam nas esquinas acenando com exemplares. Bons
tempos. Hoje reinam os jornais eletrônicos, entre eles o próprio Diário na sua
versão online e as redes sociais. O encantamento com os jornais impressos se vai
acabando.
Minha revolta!
Lembro
que algum tempo atrás fiquei escandalizado quando amigos de Maringá (PR)
relatavam que a era impressa – no caso do Diário do Norte do Paraná - estava
acabando e que antigos assinantes compravam exemplares era para cobrir
plantações de café nas geadas. Garanti que aqui em Rondônia era diferente que
todo mundo consumia e lia jornal impresso mesmo. Fiz pesquisa nas bancas e quase cai de susto: já existiam clientes
que compravam exemplares dos jornais locais com a finalidade tão somente da
limpeza das porcarias dos pets! As lojas, açougueiros e casas de embalagem já
sabia a tempo, que compravam para embalagem.
Força da tradição
Constato
que apenas os jornais com grande tradição, alguns com mais de 100 anos de vida
tem conseguido sobreviver ainda na versão impressa. Lembrando que em Rondônia
nem o centenário Alto Madeira conseguiu se manter. Zero Hora e Correio do Povo,
no RS, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, o Globo e alguns outros de grande
tradição no Nordeste ainda se mantém vivos. Em Rondônia, dos grandes diários da
capital, apenas o Diário da Amazônia se mantém nas bancas num grande esforço. Por
isto meus parabéns ao corpo de funcionários e a atual direção, aos nossos
assinantes e fornecedores. Todos juntos com o Diário nesta jornada.
Via Direta
*** A Rede TV reviveu seus grandes
momentos de décadas passadas quando liderava a audiência, com a realização do
debate entre os candidatos a governadores na última sexta-feira com expressiva
repercussão no horário num evento conjunto com o Diário da Amazônia, Rádio
Alvorada e Portal Diário *** Com a mediação do jornalista Domingues Junior o
confronto entre os candidatos foi levado a bom termo *** E parabéns pela coragem do governador Marcos Rocha em não fugir da
raia. Já se sabia que levaria muitas bordoadas. O debate virou uma verdadeira
tocaia contra o mandatário rondoniense *** Se Marcos Rocha foi quem mais
perdeu no debate, quem mais ganhou seguramente foi o senador Marcos Rogério. Um
estrategista, grande orador, nocauteou o governador nos melhores momentos do
confronto.
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