Segunda-feira, 12 de abril de 2021 - 08h47
Desde
os primeiros sinais de como será o governo Joe Biden cresceu o temor de que seu
neonacionalismo cause problemas ao agronegócio brasileiro. Biden priorizou a
segurança alimentar estadunidense e determinou volumosos investimentos em infraestrutura,
favorecendo ferrovias, rodovias e outras condições para reduzir os custos logísticos.
Como
os EUA são fortes concorrentes do Brasil no comércio de produtos agrícolas, nossa
política externa precisa rapidamente tapar os buracos deixados pelo ex-ministro
das Relações Exteriores. É preciso zerar a perda de clientes com políticas
“ideológicas” infantis. Perder clientes em um mercado altamente competitivo é
fácil. Reconquistá-los é um décimo-terneiro trabalho de Hércules, impossível
sem reduzir custos via infraestrutura, solucionando os gargalos logísticos.
Já
está claro que Biden decidiu aplicar os recursos que dispõe para favorecer seu
agronegócio e não fará como Donald Trump, que fez os EUA perder clientes,
abrindo assim espaço aos produtores brasileiros. Com Biden ávido para recuperar
nichos perdidos aumentando a competitividade de seu agro e pondo sua pesada
diplomacia a funcionar no caso do desmatamento na Amazônia, é preciso acabar
com as inúteis briguinhas internas e ver que lá fora os concorrentes não dormem.
Usam todas as armas que podem e só o clima já lhes garante arsenal ilimitado.
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CPI da Covid
O
Congresso Nacional, em plena pandemia, vai instalar CPI para investigar os
responsáveis pelo fracasso do governo Jair Bolsonaro no combate ao covid. Todo
mundo está careca de saber que o atual presidente sabotou o plano nacional de
imunização, que retardou práticas recomendadas pela OMS, que o atual governo
levou o País a breca na área da saúde colocando os militares a frente desta
importante pasta. No entanto, se questiona se a medida é oportuna, tendo em
vista o agravamento da peste no País com estratégias que não tem dado
resultados até agora e no momento que o presidente Bolsonaro já sinaliza uma
correção de rumos.
Opções tucanas
O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB), já não esconde que suas opções
para 2022: 1-Disputar o governo do estado 2-Concorrer uma Cadeira ao Senado 3 –
Permanecer no cargo de prefeito da capital até o final do mandato. Se optar
pela disputa ao CPA vai se confrontar com um aliado, o senador Marcos Rogério
(DEM). Se disputar ao Senado, a briga será com amigo de jornadas anteriores, o
ex-senador Expedito Junior, que já está a caminho do PSD, visando contar com
legenda segura para disputar a eleição.
Reforço na roça
Inegavelmente
Hildon Chaves tem ampliado sua popularidade na capital e se a eleição a
prefeito fosse hoje teria uma diferença muito maior sobre os seus oponentes. Com
baixa rejeição, hoje é o grande nome político da capital, engoliu até Leo
Moraes a dentadas e caminha para uma nova vitória em 2022 numa cidade que ele
está transformando. O seu entrave maior, por outro lado, é que ele não tem
bases no interior do estado, onde estão concentrados dois terços do eleitorado
rondoniense e aonde os candidatos da capital sempre padecem. Se quiser chegar
lá (no CPA) vai ter que se reforçar na roça.
Bases evangélicas
Os
políticos com bases evangélicas – que diga-se de passagem são muito fortes e
influentes nos estados do RJ, ES e Rondônia onde contam com o apoio de grande
parte da população – defendem com unhas e dentes a reabertura dos templos para
cultos em plena pandemia. Infelizmente a covid se espalha para todo lado, mas
ao meu ver se multiplica muito mais nos ônibus e trens coletivos das regiões
metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e outras importantes capitais
brasileiras. É neste segmento que o governo brasileiro –e os governadores – não
estão agindo e perdendo a guerra para o covid.
Caciques fora
Sem
dúvidas todos os concorrentes respiraram aliviados ao tomar conhecimento de que
os ex-governadores Confúcio Moura (MDB) e Ivo Cassol (PP) estarão fora da
disputa ao governo do estado no ano que vem. Tanto um como outro já confirmaram
esta informação para as suas bases. Confúcio pode apoiar Lucio Mosquini ao
governo, Cassol, já sem esperanças de reverter entrave na justiça, vai se dedicar
a eleição da mana Jaqueline ao Senado, atualmente ocupando a presidência
estadual do PP.
Via Direta
*** As doideiras do deputado Geraldo
estão causando seguidos desgastes para o Legislativo estadual. Os casos estão
ocorrendo em série, de assédio sexual a pancadaria *** A situação da BR-319,
no trecho asfaltado entre Porto Velho a Humaitá está lamentável. Imaginem no
chamado “meião” da estrada, repleta de lamaçais, onde não passa nem tatu com
chuteira. É coisa de louco *** Já são
mais de doze meses de lockdows meia boca em Rondônia e a estratégia de
paralisações fracionadas não tem funcionado para conter a pandemia do
coronavirus. As coisas só têm piorado *** O Grupo Pensar Rondônia, que
orienta o governador Marcos Rocha contra o covid, precisa se reciclar *** Com o desemprego em alta em Porto Velho,
aumenta a migração para os estados do sul do país e aos Estados Unidos.
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