Sexta-feira, 23 de julho de 2010 - 12h41
O DIA DO ESCRITOR (*)
Costumo repetir, principalmente no dia do escritor, a resposta que um grande romancista polonês deu a um jornalista, durante uma entrevista feita em Londres. O jornalista perguntou ao escritor Joseph Conrad: Qual a tarefa do escritor na sociedade? E ele respondeu: minha tarefa é fazer você ouvir; minha tarefa é você sentir e, acima de tudo, minha tarefa é fazer você ver. Isso é tudo. E é muito.
Alguns anos depois, o escritor português José Saramago dizia, no Ensaio sobre a Cegueira, nos lembrando a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam: “Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, Cegos que, vendo, não vêem”. Em outra passagem o mesmo Saramago diz: “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara”.
No próximo dia 25 de julho, domingo, comemora-se no Brasil o Dia Nacional do Escritor, em meu nome, em nome da Academia de Letras de Rondônia e de todas as academias dos municípios felicitamos a todos os que trabalham com a palavra, ao tempo em que solicitamos aos seguimentos governamentais voltados à cultura, incentivos para que os escritores da terra possam publicar suas obras, pois em assim procedendo estarão ajudando no aprofundamento da verdadeira discussão sobre quem somos, o que representamos na sociedade e o que produzimos na história literária do Estado de Rondônia, com reflexos para o país como um todo.
Nada substitui o carinho de segurar um livro, o sabor de suas páginas, a antropofagia da idéia alheia, o ir e vir ao bel prazer da vontade, nada substitui a magia de se deixar envolver num romance, numa comédia, numa poesia, enfim nada substitui o se sentir catapultado a um outro mundo, como se estivéssemos viajando pelo interior da imaginação universal.
O que posso pedir neste momento, em que nos imaginamos comemorando o Dia Nacional do Escritor? O que posso implorar, em nome da classe? Um simples presente! Um presente de significado profundo, comum a todas as épocas, comum a todas as imaginações, comum a todos que se permitem universalizar e intemporalizar as experiências humanas, históricas e particulares, um presente comum aos que não medem esforços para arrancar a palavra à anquilose do hábito e do lugar-comum, um presente para os que dedicam suas vidas a escrever livros nos seus mais variados naipes, matizes e quilates: Leitores! Este foi é e será sempre nosso mais almejado presente: – Leitores! Muito obrigado!
(*) William Haverly Martins/Acler/2010
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