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Pronunciamento do acadêmico Abnael Machado de Lima


ACADEMIA DE LETRAS DE RONDÔNIA

Non vi, sed virtute

 

 

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Pronunciamento do acadêmico Abnael Machado de Lima

Dia 6 de junho de 2011 – Sessão Solene Comemorativa dos 25 anos

Senhor presidente, autoridades, acadêmicos e convidados,

Nesta sessão solene na qual a Academia de Letras de Rondônia comemora seu Jubileu de Prata, rememoramos que há exatos 25 anos, no auditório da biblioteca “José Pontes Pinto” éramos 16 e estávamos reunidos para transformar um sonho em realidade, a criação da academia de Letras de Rondônia, tendo como precípua finalidade congregar intelectuais locais para produzir e difundir a cultura em todos os seus níveis, tendo como objetivo maior o aprimoramento sócio cultural da comunidade rondoniense, preenchendo, de tal forma, uma lacuna que todos nós sentíamos existir na estrutura social do Estado.

E foi um professor, o então governador Ângelo Angelin que, reconhecendo a importância da concretização dos objetivos do silogeu pretendida a ser constituído, determinou, através do decreto número 2.881, de sete de março de 1986, a criação de um grupo de trabalho, constituído pelos cidadãos Raymundo Nonnato Castro, Hélio Fonseca, Paulo Nunes Leal e Esron Penha de Menezes, incumbido de realizar os estudos e tomar providências para a criação da Academia de Letras de Rondônia.

Presidido pelo então Secretário Estadual de Cultura Raymundo Nonnato Castro, o grupo empenhou-se para o cumprimento de sua missão, e, convidando a participar mais 12 outros cidadãos, fundaram, no dia 10 de junho de 1986 a academia de Letras de Rondônia, elegendo sua primeira diretoria presidida pelo Acadêmico fundador José Calixto de Medeiros.

Começava ali essa caminhada, sempre comprometida com o alcance de suas metas em prol do desenvolvimento literário, artístico e científico, metas que vêm sendo gradativamente atingidas, por intermédio de realizações de eventos sócio culturais, e destes participando se promovidos por entidades afins.

Além de ações locais interagindo com a sociedade, a Academia se expandiu apoiando o surgimento e o funcionamento de Academias de Letras nos municípios de Vilhena, Cacoal, Ji-Paraná, Ariquemes e Guajará-Mirim, promovendo nesses e em Porto Velho Encontros de Escritores, como uma forma de troca de experiências e difusão de conhecimentos, constituindo-se em fundamental cabedal para o entendimento das peculiaridades e nuanças do Estado de Rondônia, decorrentes das várias raízes atávicas e das diversidades culturais dos formadores de sua sociedade, a partir da segunda metade do Século XVII.

A academia também tem se dedicado a promover estudos e discussões sobre os protagonistas de maiores destaques da nossa história, uma relevante contribuição para resgate e a preservação da memória dos episódios históricos e de seus atores.

Objetivando a sua integração com a sociedade, realiza saraus oportunizando, aos talentos emergentes, demonstrarem suas aptidões artísticas e literárias, tanto eruditas como populares.

No mês de abril passado, em parceira com a Academia Guajaramirense de Letras realizou, na cidade de Guajará-Mirim, o I Encontro Cultural da Fronteira Brasil Bolívia, com participação de 220 encontristas de Rondônia, do Acre, e das cidades bolivianas de Cobija, Riberalta e Guayaramerin, dos departamentos de Pando e do Beni, fortalecendo os nossos laços de amizade e os culturais das mesmas raízes latino-americanas.

Este ano instituiu a Ordem do Mérito Acadêmico, comenda com a qual reconhecerá, a cada no, três personalidades que tenham contribuído para o desenvolvimento da Educação e da Cultura rondoniense, tendo outorgado a honraria à Professora Úrsula Maloney, educadora desde a mais tenra idade, de crianças e jovens; à artista plástica Rita
Queiroz, que tem levado nossa cultura amazônica para o outro lado do oceano atlântico, e se empenha a transmitir sua arte aos jovens aspirantes que pretendam seguir sua caminhada; e ao reverendíssimo bispo prelado de Guajará-Mirim, Dom Geraldo Verdier, cuja benemérita ação religiosa e social no Vale do Mamoré/Guaporé, na fronteira com a Bolívia, o enaltece como dedicado missionário.

Não posso deixar de citar aqui os confrades companheiros com os quais, há um quarto de século, criamos o que agora se comemora: o médico Ary Tupinambá Pena Pinheiro, o professor José Valdir Pereira, o professor Amizael Gomes da Silva, o professor Bolívar Marcelino, o procurador de Justiça Edson Jorge Badra, o jornalista Emanuel Pontes Pinto, o funcionário público Esron Penha de Menezes, a professora Eunice Bueno da Silva e Souza, o professor Gesson Álvares de Magalhães, o desembargador Hélio Fonseca, o funcionário público Matias Alves Mendes, o ex-governador Paulo Nunes Leal, o professor Raymundo Nonnato Castro, o jornalista Vitor Hugo, o bancário José Calixto de Medeiros e eu próprio, professor Abnael Machado de Lima.

Destes citados alguns já se passaram para outra dimensão, os acadêmicos Ary Tupinambá Pena Pinheiro, Amizael Gomes da Silva, Bolívar Marcelino, Esron Penha de Menezes, Vitor Hugo, Paulo Nunes Leal e José Calixto de Medeiros.

Nesses 25 anos outros nomes de importância social e cultural vieram se somar à formação inicial: o desembargador Dimas Ribeiro da Fonseca, o funcionário público George Gonsalves Braga, o jornalista José Monteiro Silva de Souza, o médico Heinz Roland Jakobi, o professor Antonio Candido da Silva, a professora Yêeda Maria Pinheiro Borzacov, o professor Pedro Albino Aguiar, o médico Viriato José de Moura, o jornalista João Teixeira de Souza, o professor Joaquim Cercino da Silva, o jornalista Átila Ybañez França, o professor Dante ribeiro da Fonseca, o professor Marco Antonio Domingues Teixeira, o empresário Cláudio Batista Feitosa, a desembargadora Zelite Andrade Carneiro, o funcionário público Antonio Serafim da Silva, o analista João Gomes Moreira, o professor William Haverly Martins, o funcionário público Raimundo Neves de Almeida, a defensora pública Arlene Pinheiro Gorayeb, o empresário Paulo Cordeiro Saldanha, o médico Samuel Castiel Júnior, a professora Sandra Castiel Fernandes, o pesquisador Gerino Alves da silva Filho e o jornalista José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque.

Nesse quadro inscrevem-se, ainda, os membros correspondentes, o advogado Cesar Romero Cavalcanti de Albuquerque, no Rio de Janeiro; a professora Iris Célia Cabanela Zanini, no Acre e a professora Elcy Alpire Vaca em Cobija, Bolívia, além dos membros honorários jornalistas João Ciro Pinheiro de Andrade e Euro Tourinho.

Destaco o trabalho realizado por todos, especialmente aqueles que assumiram a responsabilidade maior de presidir nossa ACLER, os acadêmicos Hélio Fonseca, José Calixto de Medeiros, Eunice Bueno da Silva e Souza, Viriato José de Moura, Aparício carvalho de Moraes, José Valdir Pereira e José Lúcio Cavalcanti de Albuquerque.

A academia pode se ufanar. Em seus 25 anos a avaliação de seu desempenho é positiva, ainda que alguns projetos não se tenham realizado por motivos que vão além dos meios que dispomos.

Nessa trajetória, algumas vezes temos de superar divergências e medíocres intolerâncias, suplantando-as na busca constante de realizarmos o melhor.

Temos a consciência do papel social relevante que a Academia de Letras de Rondônia tem perante a sociedade, e queremos com esta estar cada vez mais integrados, porque é nosso entendimento que somos parte da comunidade e não um gueto distante do que acontece em nosso entorno.

Ao completar 25 anos de atividades, a Academia reafirma, perante esta seleta platéia e toda a sociedade rondoniense o seu compromisso de servi-la, empenhando-se em participar na construção de uma comunidade culta, cultivadora do saber, das ciências e das artes.

Muito obrigado!
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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