Terça-feira, 3 de setembro de 2013 - 14h01
A Voz do Brasil anunciava a assinatura do Decreto lei 5812, pelo então presidente da República Dr. Getúlio Dorneles Vargas, criando os Territórios Federais de Iguassu, Ponta Porã, Amapá, Rio Branco e Guaporé. Em Porto Velho chovia torrencialmente, mas não arrefeseu o ânimo e a demonstração de satisfação de seus habitantes os quais saíram ás ruas, se congratulavam abraçando-se, sob o intenso foguetório e o aguaceiro da chuva encharcando suas veste. O fornecimento de energia elétrica não foi interrompido á zero hora, como de rotina, permitindo as manifestações de alegria se estenderem até o alvorecer da aurora.
Transformara-se em realidade a proposta de Roquete Pinto de que o espaço compreendido entre o Rio Juruena e Rio Madeira percorrido, explorado e estuda pela Comissão Rondon Construtora da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas fosse denominado Rondônia e se constituísse em ente federativo, assim, como a reivindicação da população de Guajará Mirim, liderada pelo Coronel Paulo Cordeiro Saldanha, manifestada em baixo assinado encaminhado em 1937, ao presidente da República pedindo a criação de um Território Federal na região do Alto Madeira, Baixo Mamoré e Guaporé. Coroava-se de êxito o pertinaz empenho de Aluízio Pinheiro Ferreira junto ao Poder Público central advertindo-o quanto o comprometimento da segurança nacional, em decorrência da vulnerabilidade das áreas fronteiriças despovoadas, relegadas ao abandono, conclamando-o a promover uma imediata e perene solução, a qual seria transformá-la em Território Federal sob a administração direta da União. Também concretizava-se essa possibilidade aventada em 1940 por Getúlio Vargas, sensibilizado pelas homenagens, demonstrações de apreço e hospitalidade dos portovelhenses. Sendo saudado em discurso de boas vindas ressaltando a significativa importância de sua visida, proferido por uma menina aluna do Grupo Escolar Barão do Solimões, filha da professora Estela Compasso, e ante o desfile de operários da ferrovia Madeira-Mamoré, tropas militares e estudantes, não conteve a sua admiração e entusiasmo, proferindo: “Isto aqui já é um território federal”. Ao proceder as inaugurações do conjunto residencial Caiari, dos prédios da usina de energia elétrica (Av. 7 de Setembro esquina com av. Farquhar ) e dos Correios e Telégrafos (av. Presidente Dutra esquina com av. 7 de Setembro), todos construídos com recursos próprios da Madeira-Mamoré, em seu pronunciamento saudando á população proferiu a frase que a tornou jubilosa, pelos seguintes temos: “Em Porto Velho, cada soldado é um operário e cada operário é um soldado com o objetivo comum de trabalhar pelo engrandecimento da pátria”.
Sua visita programada apenas por três horas de permanência em Porto Velho, prolongou-se por três dias, despedindo-se convencia da necessidade de transformar a região do Alto Madeira, em território federal, o que ocorreria após transcorridos três anos (13 de Setembro de 1943), mediante parecer favorável do capitão Augusto Magessi, secretário do Conselho de Segurança Nacional.
Hoje a cidade de Porto velho, com quase quinhentos mil habitantes é o terceiro núcleo urbano em população na região Norte, capital de um estado em permanente desenvolvimento, décima quinta economia do país, é um atestado da correta visão empreendedora dos homens que lançaram os sólidos alicerces de sua construção, destacando-se Paulo Cordeiro da Cruz Saldanha, Aluizio Pinheiro Ferreira e Getúlio Dorneles Vargas, os quais devem merecidamente serem reverenciados, assim como lembrado o dia 13 de setembro de 1943, a data histórica da criação do Território Federal do Guaporé, originando o sui-generis estado de Rondônia, constituído por uma sociedade amalgamada, por brasileiros e estrangeiros oriundos respectivamente, de todos quadrantes do país e do mundo, atualmente atingindo 1.728.241 habitantes,* a qual no censo demográfico de 1950 era constituído por 36.935 habitantes.
*Fonte IBGE, publicado no D.O da União no dia 29/08/2013.
Abnael Machado de Lima
Membro da Academia de Letras de Rondônia
e do Instituto Histórico e Geográfico/RO
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