Segunda-feira, 4 de janeiro de 2010 - 14h54
Cem Anos da Comissão Rondon no Espaço Geográfico Atualmente Limitado pelo Estado de Rondônia 1909/2009
No último dia 31 de Dezembro de 2009, fez cem anos que o tenente coronel Candido Mariano da Silva Rondon, Via fluvial, descendo o rio Jamarí e subindo o rio Madeira chegou ao povoado de Santo Antonio, dando por concluídos os trabalho da 3ª expedição da Comissão Rondon construtora da Linha Telegráfica Estratégica de Mato Grosso/Amazonas, iniciados em 2 de Junho de 1909 no Porto Telegráfico do rio Juruena.
O projeto de execução dos trabalhos elaborados com base nas cartas geográficas existentes nas quais as cabeceiras do rio Jamarí localizavam-se nos Campos Gerais dos Parecis (atual Vilhena), estabeleceu o trajeto a ser percorrido até alcançar o rio Madeira, a seguinte rota; partindo do Posto do rio Juruena na direção do Norte, rumo a serra do Norte, desta prosseguindo até o curso médio do rio Jamari, do qual seguindo o rumo do Oeste até alcançar as cabeceiras do rio Jaci-Paraná, por este descendo até sua foz na margem direita do rio Madeira, de onde partiram ramais para o Santo Antonio do Alto Madeira, para o porto de Experidião Marques (Guajará Mirim), Abunã e Rio Branco/AC. (mapa 1)
A construção da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas sob o comando do militar, Candido Mariano da Silva Rondon revestiu-se da maior relevância para o país, em termo de enriquecimento de patrimônio como também em relação às ciências enriquecendo-as com o acervo das descobertas e informações geográficas, botânicas, zoológicas, mineralógicas, pedagógicas e etnográficas levantadas e catalogadas por pesquisadores e cientistas integrados à Comissão Rondon. Esta não se restringia apenas a construção da linha telegráfica, incumbiu-se da realização de estudos dos aspectos fisiográficos, da fauna, da flora e antropológicos do espaço percorrido, tornando-se uma missão científica cujos relatórios, matérias coletados e catalogação da biota resultaram na publicação de obras cientificas versando sobre: botânica, treze; hidrologia/águas termas, duas; zoologia, doze; mineralogia e geologia, cinco; e etnografia, uma. Bem como contribuindo para o aumento dos acervos dos museus especializados, repassando-lhes amostras coletadas: 8,770 na área de botânica; 41 na de mineralogia; 7.502, na de zoologia; 712, na de entomologia; e 6.082 no de etnografia. A linha telegráfica tinha por objetivo ser um instrumento de modernidade, capaz de promover o progresso e estabelecer a civilização nos mais longícuos e isolados locais do país, possibilitar o estabelecimento de núcleos de povoamento, garantir a segurança das fronteiras internacionais e a adoção de uma política que possibilitasse a gradativa integração dos indígenas à sociedade brasileira em igualdade, direito e cidadania. Desta forma os trabalho da Comissão Rondon, além de se constituírem em uma obra de grandes proporções materiais e cientificas, influenciou de forma decisiva na postura e decisões adotadas pelo governo federal em relação a questão indígena.
Rondon tendo aceito a missão pessoalmente lhe confiada pelo presidente Afonso Pena, a qual se constituía em ligar pelo fio telegráfico o estado do Amazonas, os territórios do Acre, alto Purus, e alto Juruá consolidando a incorporação desses últimos ao Brasil, tinha por objetivo realizar a exploração cientifica deste espaço e a sua incorporação ao mundo civilizado, assim, aos trabalhos da construção da linha telegráfica, traçando estradas de penetração, às instalações dos futuros núcleos de povoamento, de agricultura e de pecuária, competia promover a integração espontânea e pacifica dos povos indígenas à sociedade brasileira. Os pontos extremos da linha telegráfica seriam ao leste Cuiabá já ligada ao Rio de Janeiro e ao Oeste Santo Antonio do Alto Madeira.
Rondon foi nomeado chefe da Comissão Construtora das Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas e engenheiro-chefe do Distrito Telegráfico, respectivamente nos dias 23 de fevereiro e 4 de março de 1907. A comissão foi constituída por engenheiros militares, oficiais especializados, funcionários civis dos telégrafos, trabalhadores civis e do 5º batalhão de engenharia constituíndo este o núcleo da tropa de serviços de construção, transporte e vigilância.
O projeto da construção dividiu os trabalhos em três seções de execução da seguinte forma:
1- Construção de um ramal ligando São Luiz de Cáceres à cidade de Mato Grosso (ex-Vila Bela) na Fronteira com a republica da Bolívia;
2- Construção da linha tronco de Cuiabá a Santo Antonio do Alto Madeira;
3- Reconhecimento do sertão, estudos para fixar o traçado da linha tronco e mediações das serras da fazenda Casal Vasco, desde a serra de Aguapeí à fronteira com a república da Bolívia.
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