Terça-feira, 22 de dezembro de 2009 - 06h34
No Brasil colonial não era permitida a oferta de ensino de nível além do elementar, sendo este ministrado pelos integrantes das congregações religiosas católicas. Enquanto nas colônias espanholas sul-americanas tinham estabelecimentos de ensino de todos os níveis, inclusive universidades.
Transferida a corte portuguesa em 1808 para o Brasil, o príncipe regente Dom João, entre outras medidas visando o desenvolvimento socioeconômico que tinha por meta acelerar as mudanças estruturais da colônia, com relação ao ensino criou e instalou as escolas de ensino básico leigo. Criou o ensino superior instalando as faculdades isoladas de Medicina, Direito, Engenharia Civil e de Mineração, Academia Militar, Técnicas Agrícolas e Laboratório de Estudos e Analises Químicas, nas capitanias da Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro, inicialmente. Com o correr dos anos outras faculdades foram criadas inclusive particulares, nos regimes colonial, imperial e republicano.
Porém a primeira universidade brasileira só foi criada em 1909, pelo governo do estado do Amazonas o período áureo da borracha, o qual detinha a maior renda per capita do país. Foi denominada Escola Universidade Livre de Manaus. Sendo instalada em 15 de março de 1910, constituída pelas seguintes faculdades.
- Ciências e Letras;
- Ciências Jurídicas e Sociais;
- Engenharia Civil/Agrimensura e Agronomia;
- Medicina/ Farmácia/ Odontologia e Parteira.
A partir de 13 de junho de 1913, passou-se denominar Universidade de Manaus.
Assim, o estado do Amazonas é o pioneiro na criação de universidade no país. Iniciativa em prol do desenvolvimento do ensino superior habilitando recursos humanos de elevado nível intelectual, cientifico e técnico. A qual completa um centenário neste ano de 2009.
Abnael Machado de Lima
Membro da Academia de Letras de Rondônia.
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