Sexta-feira, 17 de abril de 2015 - 20h45
(*) Abnael Machado de Lima
É meritória de aplausos e gratidão da população de Rondônia,em especial a de Porto Velho, à empresa Santo Antônio Energia, por sua iniciativa de resgatar a memoria histórica do patrimônio material/cultural e a de seus respectivos principais protagonistas, sinteticamente os referenciando, os identificando em placas alusivas assentadas nos monumentos, nos prédios e nos logradouros públicos constitutivos deste acervo, tendo por objetivo fazê-los conhecidos pela presente geração e pela da posteridade, assim perenemente os preservandos.
Porém os informantes incumbidos de executá-lo, sem se deterem a observação do fato histórico, o qual decorre de sério empenho de pesquisas, divulgam equívocos, como se verdade fossem, perpetuando descabidos erros em detrimento ao alcance do elevado propósito da Santo Antônio, e deturpando a veracidade histórica de Rondônia.
Cito como exemplo um desses equívocos. O informe sobre a praçaAluízio Ferreira, assim exposto: “O espaço tem no seu entorno o primeiro bairro planejado do Brasil, o “Caiari” que era vila residencial feita pelos engenheiros norte americanos que residiam, dando origem ao plano urbano da atual cidade de Porto Velho.” (os grifos são meus).
O conjunto residencial Caiari, foi planejado e mandado edificar pelo então tenente Aluízio Pinheiro Ferreira, primeiro administrador brasileiro da ferrovia Madeira-Mamoré, a partir de 10 de julho de 1931. Foi inaugurado em 12 de outubro de 1940, pelo presidente da República, Dr. Getúlio Dornelles Vargas. Localizava-se no espaço compreendido entre as ruas Pinheiro Machado ao norte; Dom Pedro II ao sul; Presidente Dutra (Ex. Divisoria, ex. Rui Barbosa) ao leste e Farqhuar ao oeste. Juntamente com a Vila Erse, destinavam-se à residência de empregados da ferrovia.
As casas de madeira pinho de riga, pré-fabricadas, importadas dos Estado Unidos da América do Norte, por Percival Farqhuar destinadas às instalações dos setores administrativos, técnicos e comerciais da ferrovia Madeira-Mamoré, às residências de seus empregados, os galpões de ferro galvanizados, a gare construção em alvenaria (tijolo), o cais do porto, o gueto Alto do Bode residência dos caribenhos, o hospital da Candelária instalado num barracão de madeira, constituíam o povoado dos norte-americanos. Este situava-se na área concedida à empresa Madeira-Mamoré Railway Co.Ltda. pelo governo federal, por intermédio do Decreto n.º 8.776 de 07 de junho de 1911, observando a planta elaborada pelos engenheiros norte-americanos, aprovada em 28 de agosto deste ano, pela presidência da empresa. O seu núcleo urbano constitui-se por quinze avenidas e três praças.
Não deu origem ao plano urbano da atual cidade de Porto Velho, este originou-se da planta elaborada pelo mestre de obras José Ribeiro de Souza, de acordo com o disposto no Decreto n.º 3, de 10 de março de 1915, ordenando o espaço físico do povoado de Porto Velho, urbanizando-o, expedido pelo superintendente (Prefeito), major Fernandes Guapindaia de Souza Brejense, e aprovada pelo Conselho Municipal (Câmara).
Infelizmente esses descalabros já se tornaram rotineiros, repetitivos, divulgados por todos veículos de comunicações, pelos arvorados em doutos historiadores. Os quais prestariam relevante serviço à cultura, mantendo-se omissos sem se manifestarem oral e escrito sobre a história amazônica/rondoniense, resguardando-a da propagação de equívocos levianos, comprometedores de sua veracidade.
(*) Abnael Machado de Lima
Prof. História da Amazônia Univ. Federal do Pará
Membro do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia de Letras
de Rondônia
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