Quarta-feira, 31 de dezembro de 2014 - 11h51
ACADEMIA GUAJARAMIRENSE DE LETRAS
Presidente Paulo Cordeiro Saldanha (12/12/2014) - Conferencista Abnael Machado de Lima
- Invasão, conquista e povoamento dos vales dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé pelos luso-brasileiros e os espanhóis.
Conferência proferida na extensão da Universidade Federal de Rondônia, em Guajará Mirim, comemorativa à fundação da Academia Gaujaramirense de Letras.
História é a reunião de elementos dispersos e complexos pelas forças atuantes da sociedade as quais têm as mais variadas procedências, forças procedentes de causas vastas que agem sobre cada um dos elementos, e não podem compreender-se na sua atuação parcial. (Amoldo Toybec, professor, historiador inglês, 1889/1975).
O filosofo espanhol José Ortega Y Gasset a define como sendo causas e efeitos, considerando que “O homem não é outra coisa senão um drama “porque” sua vida é um puro c universal acontecimento que acontece a cada qual e em que cada qual não é por sua vez, senão acontecimento”.
Considerando as assertivas definidas, conclui-se, que o fato histórico é o elo de uma corrente de acontecimentos, exigindo para a sua compreensão o conhecimento dos fatos antecedentes, seus geradores.
O fato histórico “A invasão*, conquista e povoamento dos vales dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé pelos luso-brasileiros e os espanhóis”, tema desta palestra, encontra-se intrinsicamente relacionado a uma complexa e variada sequência de acontecimentos, causas e forças atuantes na sociedade, desde os primórdios históricos da formação dos estados ibéricos e suas expansões de conquistas e domínios geográficos.
Limitar-me-ei a discorrer sobre os fatos mais recentes relativos à política expansionista e domínio territorial da Espanha e Portugal na América do Sul, em especial, na Amazônia.
Antecedentes
No século XV Portugal e a Espanha estavam empenhados a alcançarem via marítima à Índia, tendo por objetivo se apossarem do rendoso comércio de produtos asiáticos. A Espanha direcionou a rota de sua navegação para o oeste, Cristóvão Colombo atravessou o Oceano Atlântico chegando em 1492, ao continente posteriormente denominado América.
* Os europeus não fizeram descobrimentos como afirmam os historiadores, considerando que a África, a Ásia, a América e Oceania eram habitadas por povos organizados em sociedades culturais. Portanto, o que praticaram foram violentas invasões.
Portugal adotou como rota o rumo do leste, contornando a África, o que realizou em 1498, Vasco da Gama aportando na índia. Antes em 1493, o Papa Alexandre VII, presidente do Tribunal Divino c representante de Deus, ao qual lhe eram sujeitos todos os reinos, estabeleceu uma linha de polo a polo da terra, passando a cem léguas das ilhas de Açores e Cabo Verde, pela qual as terras situadas a seu oeste pertenciam a Espanha e as situadas a leste, a Portugal, divisão por este não aceita. Os dois países em 1494 assinaram o tratado de Tordesilhas deslocando a linha divisória para 370 léguas de distância de Cabo Verde, em direção do Oeste. O questionamento sobre a posse de espaços geográficos continuou, visto não ter sido definido de quais das ilhas media-se o inicio da distância estipulada no acordo.
Pedro Alvares Cabral, em 22 de abril de 1500, tomou posse do atual Brasil para Portugal, prosseguindo para índia a fim de estabelecer um empório colonial.
Conquista da Amazônia
Os espanhóis e os portugueses a partir do século XVI iniciaram a conquista da América do Sul, os primeiros ocupando o espaço compreendido entre o litoral do Oceano Pacífico a Oeste e linha geográfica de Tordesilhas a leste. Os segundos o espaço compreendido entre o litoral do Oceano Atlântico a Leste e essa linha a Oeste.
Porém os portugueses expandiram a área territorial de seus domínios ultrapassando os limites estabelecidos pelo tratado de Tordesilhas. Ação favorecida pelos sessenta anos (1580 a 1640), nos quais Portugal esteve sob o domínio da Espanha*. Assim sendo, esta não se opunha ao desbravamento e posse de espaços de sua propriedade pelos portugueses, vistos estes serem seus súditos.
Em 1616 se instalam na foz do Rio Amazonas fundando a povoação de Nossa Senhora de Belém (12 de janeiro/1616) e construindo o Forte Presépio, apoiados no qual combateram e derrotaram os tupinambás, expulsaram os ingleses, franceses e holandeses do delta amazônico, das fozes do rio Tapajós e Xingu. Em 1637, sobem o Rio Amazonas desde sua foz (Vila de Cametá/PA) alcançando Quito/Vice Reino do Peru em 1639, assentando os marcos de limite ocidental no Rio Napo instalando em sua margem a Vila Franciscana, tomando posse do Rio Amazonas para Portugal. (Expedição de Pedro Teixeira).
* situação decorrente da morte de Dom Sebastião rei de Portugal, na batalha de Alcacerquibir, empenhado em conquistar o Marrocos. Não tendo sucessor direto, mediante o que. Dom Felipe II, rei da Espanha, invadiu Portugal sendo aclamado monarca.
Fundaram em 1669 (padres jesuítas) João Maria Gorzoni e Manoel Pires) a missão de Tupinambarana situada na ilha da mesma denominação, próxima a foz do Rio Madeira habitada por indígenas Tupinambás, iniciando-se a conquista dessa importante e estratégica via fluvial, subindo seu curso instalando missões enfrentando aguerrida oposição das nações indígenas (Mura, Tora, Munduruku, Iruri, Parintintim), gradativamente, com o apoio dos índios seus aliados, prosseguiam assentando núcleos catequéticos os quais eram também empórios comerciais, transacionando a troca das especiarias nativas de extrativismo florestal, por manufaturas com os comerciantes das bandeiras fluviais lusa-paraenses, oriundos de Santa Maria de Belém do Pará. Ao findar o século XVII, no baixo e médio curso do Madeira havia oito missões e em suas proximidades núcleos coloniais compostos por portugueses, mamelucos luso-paraenses e indígenas aculturados, não ultrapassando a Cachoeira Aroya (Santo Antônio), impedidos pelos Mura, Caripuna e Pamo. Estas atividades colonizadoras e de povoamento atendiam a geopolítica portuguesa de assegurar a posse da via fluvial Madeira-Mamoré-Guaporé considerada estratégica e imprescindível para a conquista e ocupação da Amazônia Ocidental, o norte e o noroeste de Mato Grosso.
Em 1722 foi organizada uma expedição pelo governador do Maranhão João de Maia da Gama, chefiada pelo sargento - mor Francisco de Melo Palheta, tendo por missão proceder o descobrimento oficial do Rio Madeira, percorrendo-o desde sua foz até sua nascente e tomar posse de todo seu vale para Portugal. A expedição saiu de Belém do Pará no dia 11 de novembro de 1722, chegando à foz do Rio Madeira no dia 2 de fevereiro de 1723, estacionando dia 19, em Juma fundando no dia 25 um arraial e prosseguindo a viagem no dia 10 de junho subindo o rio Madeira, chegando no dia 10 de julho a confluência do Rio Beni com o Rio Mamoré, seus formadores. Seguindo subindo o Rio Mamoré, chegou a 8 de agosto na missão espanhola de Santa Cruz Caxuava. Causo-lhe admiração à organização administrativa, social, econômica e militar das mais de vinte missões (aldeias) situadas nos vales dos rios Baures, Itonamas, Mamoré e Guaporé, aldeiando 15.600 indígenas dos quais uns 500 eram aptos a manejarem armas de fogo. Recomendou em nome de Dom João V, ao padre diretor superior de todas as missões, não ultrapassar a confluência do rio Guaporé com a Mamoré, para baixo, por serem terras de propriedade de Portugal. Dia 11 de agosto retornou ao Arraial de Jumas, ao qual chegou a 09 de setembro, prosseguindo para Belém do Pará.
O padre João Sam Payo fundou as missões de Santo Antônio do Alto Madeira em frente a foz do Rio Jamari, em 1723 a transferindo para o interior próximo o lago Cuniã, em 1727, sendo instalado no local da missão um presidio de degradados portugueses homens e mulheres delinquentes e ciganos denominado São João do Crato, posteriormente São Carlos. E a de Santo Antônio das Cachoeiras, em 1728, na margem direita do Rio Madeira em frente a Cachoeira Aroya, destruída em 1742 pelos Muras. A base econômica dos habitantes do Vale do Rio Madeira era o extrativismo vegetal as drogas do sertão e a agricultura de subsistência.
Enquanto ocorria a ocupação do Vale do Rio Madeira convergiam para o Centro-oeste às bandeiras paulistas preadoras de índios e extratores de ouro e pedras preciosas. Descobriram grandes jazidas de ouro, em 1719 e 1722 nos rios Coxipó, Cóximo-Mirim e Cuiabá, ensejando o deslocamento dos bandeirantes para o Oeste, encontrando terrenos auríferas nas cabeceiras do Rio Guaporé, em 1724 estabelecendo os arraias de Santa Ana e São Francisco Xavier, os interligando por um caminho terrestre de 400 Km à Cuiabá, em 1736. Neste ano alcançaram o meio curso do Rio Guaporé instalando um a acampamento de mineração de ouro no Vale do Rio Corumbiara. Para o trabalho de extração de ouro importaram escravos africanos do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia principalmente. O fluxo migratório do leste dirigiu-se para o Oeste. A população do Alto Guaporé em 1740 atingiu 40.000 habitantes representando compensador mercado de consumo ensejando o estabelecimento de novas rotas fluviais, as monções do norte. Os bandeirantes lusos-paulistas originaram o povoamento dos vales das margens direitas dos rios Guaporé e Mamoré, os das margens esquerda estavam ocupadas pelos espanhóis.
O governo português a fim de oficializar a ocupação do espaço desbravado e assegurar a sua posse, criou neste, cm 1743 o Distrito de Pouso Alegre c cm 1746 o município de Vila Bela da Santíssima Trindade integrado à Capitania de São Paulo. Seguindo-se a criação da Capitania de Mato Grosso e Cuiabá em 1748, desmembrada das capitanias de São Paulo e do Grão-Pará, sendo nomeado seu governador com o titulo de Capitão-General Dom Antônio Rolim de Moura Tavares, o qual instalou sua capital em Pouso Alegre, com a denominação de Vila Bela da Santíssima Trindade a primeira cidade construída observando um plano arquitetônico. Construiu a fortim Nossa Senhora da conceição na localidade de Santa Rosa tomada dos espanhóis. Anos depois foi restaurado aumentando a artilharia e contingente militar, passando a se denominar Forte Bragança.
Portugal e Espanha concordaram em firmar um tratado definindo os limites de suas colônias na América do Sul em substituição o de Tordesilhas.
Os plenipotenciários acataram a tese definida pelo diplomata Alexandre de Gusmão (brasileiro), pela qual o balizamento das fronteiras fosse feito pelos cursos d'aguas e os acidentes orográficos. Por exemplo, o limite ocidental do Brasil com as possessões espanholas seria o Rio Madeira, o Mamoré, o Guaporé, o Paraguai. E mais seria reconhecida a posse dos espaços efetivamente povoados por súditos portugueses ou espanhóis, respectivamente. Sendo assinado em 13 de janeiro de 1750, denominando-se Tratado de Madri, anulado cm 12 de fevereiro de 1761, pelo Tratado de Pardos. As duas potências imperiais assinaram o Tratado de Santo Idelfonso, em 1° de outubro de 1777, com as mesmas finalidades do de Madri, pouco se diferenciado deste.
Sebastião José de Carvalho de Melo, marques de Pombal, ministro de Dom José I rei de Portugal no período de 31 de julho de 1750 a 24 de fevereiro de 1777, elaborou um plano de desenvolvimento econômico da Amazônia, o qual em suas metas priorizava a posse e povoamento dos vales dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Procedendo de imediato o envio de um destacamento militar para o povoado de Trocano a fim de guarnecer o Rio Madeira e impedir o contrabando de ouro (1754); criou em 1755 a Vila de Borba instalada em 1756 no povoado de Trocano, tendo um posto fiscal e uma guarnição militar; criou a Companhia Geral de Comércio do Grão-Pará e Maranhão detentora da exclusividade da navegação e transporte na rota fluvial Belém/PA - Vila Bela da Santíssima Trindade/MT. (1755); criou pela Carta Régia de 5 de março de 1755, expedida por Dom José I, a Capitania de São José do Rio Negro desmembrada da Capitania do Grão-Pará. O baixo e médio Rio Madeira até a Cachoeira de Santo Antônio, integrava-se na recém-criada capitania; reformou os fortes existentes e construiu outros situados nas fronteiras, entre os quais o Real Forte do Príncipe da Beira (este último situado na margem direita do Rio Guaporé).
O governador da Capitania do Grão-Pará Francisco de Souza Coutinho elaborou o Plano de navegação e Comércio (1779) para a rota fluvial nos rios Amazonas, Madeira, Mamoré e Guaporé interligando Belém/PA a Vila Bela da Santíssima Trindade/MT, incluindo a instalação de povoados dispondo de guarnições militares principalmente nas cachoeiras e pacificar a numerosa população indígena transformando-a em força de trabalho. Desenvolver a agricultura, o extrativismo mineral e vegetal, policiar a fronteira e inibir o contrabando. Foi aprovado por Carta Régia em 12 de maio de 1798 expedida por D. Maria I, rainha de Portugal. Vários povoados foram instalados conforme programados, porém a exaustão das jazidas auríferas, a remoção das guarnições militares para as localidades na margem do Rio Paraguai ameaçadas de invasão pelos espanhóis, resultou no êxodo das populações do Vale do Guaporé permanecendo os escravos e seus descendentes se autogovernando e as do Madeira os mamelucos e os índios sobrevivendo isolados ou em pequenos núcleos.
Extingue-se o primeiro ciclo econômico do extrativismo vegetal as drogas do sertão e mineral de ouro.
PRIMEIRO CICLO ECONÔMICO DA BORRACHA
A população retorna o crescimento demográfico com surgimento de nova atividade econômica a extração do látex da seringueira (árvore euforbiácea) produtora da borracha.
Foi à mola propulsora para o repovoamento dos vales dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé, o fluxo migratório que a partir de 1860 convergiu para suas florestas em busca de áreas abundantes de seringueiras era do oriente boliviano e do nordeste brasileiro. Os primeiros assentaram seus gomais nas margens direitas dos rios Mamoré e Guaporé e em ambas do Rio Madeira desde o local de sua formação na confluência dos rios Mamoré e Beni, até Carapanatuba abaixo da atual cidade de Humaitá, constituindo uma população predominantemente boliviana em território brasileiro. Importavam trabalhadores indígenas do Beni e Santa Cruz por serem mão-de-obra barata, procedimento seguido pelos empresários brasileiros, estima-se em cinco mil habitantes e população do médio e alto Madeira, em continuo crescimento predominando os bolivianos, os idiomas espanhóis e indígenas beninianos. A borracha matéria prima em elevada cotação no mercado internacional gerava vultosos lucros aos produtores e elevadas rendas aos cofres públicos do Amazonas, Pará e da União. Os migrantes fluíam cm quantidade cada vez maior para Amazônia, ultrapassando seus limites internacionais.
Os empresários nacionais e estrangeiros investem recursos na produção, comercialização c transporte de borracha.
Após varias frustradas tentativas de construção de uma ferrovia contornando as cachoeiras do alto Madeira e do baixo Mamoré, desde 1868, o empresário norte-americano Percival Farquhar conseguiu construí-la no período de 1907 a 1912, a denominada Estrada de Ferro Madeira-Mamoré Railway, com 366 Km de extensão entre Porto Velho e Guajará Mirim, empregou 22.000 trabalhadores brasileiros e estrangeiros de diversas nacionalidades. Sua construção foi da maior relevância para consolidação da ocupação territorial e crescimento demográfico da população. Originou as cidades de Porto Velho (1907) e de Guajará Mirim (1912) * A construção dessa ferrovia resultou do compromisso assumido pelo Brasil com a Bolívia, constando do Tratado de Petrópolis firmado em 1903 pelo qual foi cessada a Revolução Acreana iniciada em 1899.
Em 1907 inicia-se em Cuiabá/MT a construção da Linha Telegráfica Estratégica Mato Grosso/Amazonas, interligando a capital mato-grossense com a cidade de Santo Antônio do Alto Madeira sob a chefia do então major engenheiro do exercito, Cândido Mariano da Silva Rondon, foi concluída em 1915. A atuação da Comissão Rondon no atual espaço limitado pelo Estado de Rondônia foi decisiva para ocupação e povoamento dos vales dos rios Ji-Paraná, Jamari, Pimenta Bueno e seus respectivos afluentes até então um vazio demográfico, os seus postos telegráficos originaram as atuais cidades de Vilhena, Pimenta Bueno, Presidente Mediei, Ji-Paraná, Jaru e Ariquemes.
* além dos núcleos urbanos ao longo do seu percurso, surgiram os povoados de Jaci-Paraná, Abunã, Araras, Taquara, Vila Murtinho, Iata e outros, (tendo como atividade econômica à agricultura, a fruticultura, a hortifrutigranjeira).
A desvalorização da borracha brasileira no mercado internacional ocasionou um desastre econômico sem precedentes, concorrendo para o abandono dos seringais e a emigração da população para outras regiões reduzindo-se drasticamente de mais de cem mil, em 1900 para vinte um mil, em 1914.
SEGUNDO CICLO ECONÔMICO DA BORRACHA
A população dos vales dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé voltou a crescer com o advento do segundo ciclo econômico da borracha, ocorrido no período da Segunda Guerra Mundial (1939 /l945), em decorrência da procura de borracha nativa pelas nações industrializadas do ocidente, privadas de acesso a borracha asiática pela ocupação dos seringais da Malásia pelos japoneses. Com vista solucionar o impasse, os Estados Unidos da América do Norte firmou com o Brasil os acordos de Washington pelos quais a Amazônia passaria a ser teatro de guerra, nela operando-se a Batalha da Borracha. Os seringais foram reativados se repovoando com migrantes voluntários e com os soldados do Batalhão da Borracha criado pelo Decreto-Lei n° 5.225, de 1° de março de 1943.
Em 13 de setembro de 1943 foi criado o Território Federal do Guaporé pelo Decreto-Lei n° 5.812, atraindo emigrantes contribuindo para o aumento de povoadores.
Terminado a guerra, normalizado o comércio internacional, a borracha asiática voltou a ser preferida. Porém não houve as desestruturações econômicas como as ocorridas no ciclo anterior, visto a sustentação econômica ter se diversificado.
Em 1958, foi descoberto cassiterita com teor de 70% de estanho/sn, foi construída a rodovia BR 364, o fluxo migratório dirigiu-se para Rondônia dedicando-se principalmente à agricultura e a pecuária, o incremento populacional na década de 70 foi de 356%. No censo demográfico de 1970 registrou-se uma população de 111.061 habitantes, o de 1980 registrou-se 503.070 habitantes.
Por intermédio da Lei Complementar n° 41, de 22 de dezembro de 1981, o Território Federal de Rondônia, foi transformado no Estado de Rondônia. Sua população em 1950 era de 36.935 habitantes, o censo demográfico do ano de 201 l, registrou um contingente de 1.562.409.
Fizemos uma síntese histórica do povoamento dos vales dos rios Madeira, Mamoré, Guaporé e de seus respectivos afluentes, os fatos antecedentes, a trajetória de fracassos e vitorias. Observamos a Lei Complementar supramencionada em seu artigo 1°, dispõe: “Fica criado o Estado de Rondônia mediante a elevação de Território Federal do mesmo nome a essa condição...”. Não é condizente com o disposto no parágrafo 2°, do artigo 18 da Constituição Federal, que assim determina: “Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado...” (os grifos são meus). Razão porque me referi que o Território Federal de Rondônia foi transformado em Estado.
ABNAEL MACHADO DE LIMA
Membro do Instituto Histórico e Geográfico/RO e da
Academia de Letras de Rondônia
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