Sexta-feira, 12 de dezembro de 2008 - 19h25
1701/1800
Conquista do Vale do Rio Madeira- Os Jesuítas – Bandeira de Francisco de Melo Palheta
Em 1712 o padre João Sam Payo (1680/1743),* instalou uma missão na aldeia indígena de Canumã iniciando seu trabalho missionário no rio Madeira partindo da proximidade da sua foz rumo à nascente. Em 1714 os jesuítas mantinham missões nos rios Canumã, Andirás, Curiatós e na aldeia dos Guarinamá na atual fronteira entre os estados do Amazonas e de Rondônia no rio Madeira. Neste mesmo ano, o governador da capitania do Maranhão João de Maia da Gama, mediante carta recebida do padre. Bartolomeu Rodrigues da missão de Tupinambarana e noticias lhe dadas por predadores de índios, da existência de europeus no alto Madeira não sabendo se espanhóis ou portugueses, e mais a vontade declarada do rei sobre a urgência da tomada de posse de todo o vale do rio Madeira, decidiu promover o descobrimento oficial desse rio, organizando uma expedição incubida de percorrer o seu curso da foz a sua nascente, designando para comandá-la o sargento-mor Francisco de Melo Palheta. As nações indígenas Tora e Mura encontravam-se em estado de guerra com os colonos lusos-brasileiros desde 1715, quando os primeiros foram atacados pelo capitão João de Barro Guerra por ordem do governador do Grão-Pará, expulsando-os da foz do rio Madeira, perseguindo-os rios acima até Manicoré, em represália por haverem os Tora atacado e expulsados colonos portugueses do baixo Madeira. Os segundos foram atacados entre os anos de 1718 a 1722, em Maicy, por tropas de resgate comandadas pelo capitão Diogo Pinto Gaia aprisionando mais de quarenta Muras conduzindo-os para santa Maria de Belém do Grão-Pará. Melo Palheta iria enfrentar um espaço hostil aos portugueses.
A expedição de Melo Palheta,constituída por 30 soldados e 98 índios flecheiros embarcados em 7 canoas,tendo por incumbência proceder minucioso levantamento da fisiografia do vale do rio Madeira,percorrendo todo o curso do rio,descobri suas vertentes,contatar pacificamente com seus habitantes nativos,fazer o levantamento das atividades econômicas e políticas dos colonos e dos padres lusos,bem como dos concorrentes estrangeiros, saiu de Santa Maria de Belém do Grão-Pará em 11 de novembro de 1722, chegando a foz do rio Madeira no dia 02 de fevereiro de 1723, nesse penetrando subindo seu curso até o dia 19 desse citados mês e ano, estacionando em Jumas instalando um arraial, mandando construir uma igreja dedicada a Santa Cruz do Irumá, quartel armazém, casas e seis canoas menores para a travessia das cachoeiras. Ai permaneceu aguardando os mantimentos solicitados a Belém do Pará, os quais chegaram em 04 de junho de 1723 acompanhados pelo padre João Sam Payo, Melo Palheta no dia 10 de junho nomeou Lourenço de Melo governador do arraial de Jumas, distribuiu em dez canoas os 118 expedicionários escolhidos para lhe acompanhar na subida desconhecida do rio Madeira. Neste citado dia reiniciou a viagem exploratória, no dia 13 festa de Santo Antonio, foi celebrada a missa pelo capelão da frota na ilha Nova próximo ao igarapé Carapanatuba. A primeira missa celebrada a entrada do atual Prelásia de Porto Velho, a 20 de junho a expedição alcançou a foz do rio Jamari, no dia 22 a primeira cachoeira a do Aroaya (atual Santo Antônio), dia 23 a cachoeira de Laguerites (atual Teotônio) no prosseguimento da rota com muita dificuldade e perigo ultrapassando as vinte e uma cachoeiras, saltos e corredeiras chegando no dia 12 de julho na confluência dos rios Beni e Mamoré, formadores do rio Madeira, oriundos das vertentes da cordilheira dos Andes do Vice Reino do Peru. Prosseguindo subindo o rio Mamoré, a 1° de agosto a expedição passa pela foz do rio Guaporé (Itenes), dia 08 de chega a povoação espanhola de Santa Cruz de Cajuava, sendo Mello Palheta e seus comandados recebidos e hospetados pelo padre Miguel Sanches de Arquino superior dessa missão. Nos dias 09 e 10 reuniu-se com os padres superiores de outras missões pertencentes às províncias de Moxos e Chiquitos as quais reuniam quase 50 mil indígenas catequizados, distribuídos em dezesseis missões. Compareceram as reuniões João Batista de Bosson, missionário de Santa Ana, Gaspar dos Prados missionário de São Miguel e Nicolau de Vargas missionário de São Pedro, esta capital da província de Moxos. Mello Palleta expôs ter vindo por ordem do rei Dom João V de Portugal e do Capitão-general João de Maia da Gama, governador do Maranhão, para oficialmente descobrir o rio Madeira e os visitar para recomendá-los limitarem suas ações as margens esquerdas do rio Guaporé e Mamoré, não ultrapassarem suas respectivas fozes e nem recrutarem indígenas dessas margens rio abaixo por pertencerem a Portugal desde 1639 mediante Tratado firmado com a Espanha. Dia 11 a expedição inicia o retorno, descendo o rio Mamoré até a foz do rio Guaporé, subindo este durante seis dias na aldeia dos índios Itenes, pertencentes à missão de São Miguel, lhes sendo feitas às mesmas recomendações transmitidas aos padres em Santa Cruz, esses tais quais aqueles, comprometeram-se a cumpri-las conforme estabelecido. Deste local regressaram rio abaixo até a sua foz no rio Mamoré, por este prosseguindo estacionaram no dia 25 de agosto em um local próximo a região das cachoeiras, no qual eram aguardados pelo tuxuaua Capeju da nação Cavaripuna, em atendimento ao convite de Melo Palheta para ali se encontrarem, feito por intermédio de uma família índia que contatou quando subia o rio. O chefe indígena declarou o seu propósito de ser amigo dos brancos, leal aliado dos portugueses e obediente à igreja Católica. Solicitou que fosse batizado ele e toda a sua gente, Melo Palheta declarou sua satisfação pela aliança firmada e pela decisão de se converterem ao catolicismo, quanto o batismo, seriam batizados as crianças e os adolescentes por serem inocentes, ele e os capitães, seriam seus padrinhos. Os adultos seriam após aprenderem a doutrina cristã deixando para isto, entre eles o índio catequista Manuel Camacho. Escolheram um local para instalarem a aldeia e foi distribuído ferramentas em grande quantidade para fazer roças e plantar. Palheta incumbiu o Tuxaua de convencer os Apamas e os Matiris seus aliados, a se mudarem para a nova aldeia, enviando-lhes presentes e ferramentas. Dia 28 a expedição prosseguiu descendo o rio Mamoré até a sua confluência com o rio Beni, entrando no rio Madeira atravessando suas cachoeiras chegando a Jumas seu arraial, em 09 de setembro, em pleno êxito pela missão cumprida sem perdas de vidas e sem ninguém adoecer. Os prejuízos registrados foram materiais por naufrágios e avarias em embarcações. Melo Palheta regressou à Belém-do-Pará descendo o rio Madeira até a sua foz no rio Amazonas, por este prosseguindo até o seu delta no oceano Atlântico, aportando em Belém/PA no fim do mês de setembro, estava oficialmente descoberto o rio Madeira, e assegurada a Portugal a sua posse.
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