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Abnael Machado

Major Emanuel Silvestre Amarante Desbravador de Rondônia


 Ao ser rememorando o centenário de Porto Velho, núcleo que originou o Estado de Rondônia, mister se faz homenagear, os seus construtores rememorando suas realizações, entre essas personalidades destaca-se o Major Emmanuel Silvestre Amarante, ilustre militar do exército brasileiro, engenheiro, geografo, cartografo, explorador e sertanista. Exerceu o cargo de Diretor do Serviço Geológico e Mineralógico do Ministério da Agricultura. Ingressou como tenente na Comissão Rondon em 1907, designado auxiliar da construção da linha telegráfica de São Luiz de Cáceres a  cidade de Mato Grosso (ex-Vila Bela). Participou das expedições de construção da Linha Telegráfica Estratégica de Mato Grosso ao Amazonas, a 1ª em 1907, entre Diamantino e o Rio Juruena (24 de junho a 20 de outubro); a  2ª em 1908 entre o Rio Juruena e a Serra do Norte (saindo de Aldeia Queimada em 24 de julho, chegando ao Rio Juruena, deste seguindo no dia 10 de setembro para Serra do Norte, a qual alcançada no dia 12 de outubro, retornando ao Rio Juruena, aí chegando no dia 29 de outubro, prosseguindo para São Luiz de Cáceres, chegando nessa cidade, no 11 de novembro). A 3ª em 1909 entre a Serra do Norte e Santo Antônio do Rio Madeira, como encarregado do levante topográfico e abertura de picadas. Saindo da Serra do Norte no dia 12 de junho e chegando a Santo Antônio no dia 31 de dezembro. (Descendo o Rio Jamari até sua foz e prosseguimento subindo o Rio Madeira). A partir de 1909 no espaço atual do Estado de Rondônia desenvolveu intensivas atividades entre as quais: a pacificação dos índios Kepi-Kiri-Uats habitantes do Vale do Alto Rio Comemoração de Floriano, um dos formadores do Rio Ji-Paraná; a construção de um caminho de 140 Km de extensão interligando Vilhena ao Rio Guaporé, no trecho navegado por lanchas, facilitando alcançar Guajará Mirim e Santo Antônio do Rio Madeira, este distante 762 Km de Vilhena pela Linha Telegráfica; explorou o Rio Comemoração descobrindo em seu vale áreas de extensos campos, essas da mais relevante importância por facilitar a passagem da linha telegráfica obstaculizada pela densa floresta; procede a exploração e estudos dos rios Ji-Paraná e Jamari para a correção de suas posições nas cartas geográficas, localizando-os com as devidas precisões; contestou as hipóteses de ser o Rio da Dúvida afluente dos rios Ji-Paraná e do Guaporé, defendendo ser o Rio Madeira, tese comprovada em 1914 pela expedição cientifica Roosevelt/Rondon. Explorou no período de 1912/1914, a região situada entre os postos telegráficos José Bonifácio (em Vilhena) e Presidente Afonso Pena (Ji-Paraná); procede explorações e levantamentos dos rios Candeias em 1914, Jacy Paraná em 1917, Marmelos e Maici em 1920, e Cabixi em 1921.

Em 1927 assume a Chefia da Zona Norte da Comissão Rondon, sediada na cidade de Santo Antônio do Rio Madeira, reconstruiu os postos e as estações da linha telegráfica até Pimenta Bueno.

Em 1929 realizando uma viagem de inspeção, acompanhado pelo tenente Aluízio Pinheiro Ferreira, em Cachoeira do Samuel no Rio Jamari, foi acometido por violento acesso de febre o debilitando, sendo transportado a Santo Antônio via fluvial, descendo Rio Jamari até sua foz no Rio Madeira, por este subindo até a referida cidade. Conforme transcorriam as horas o seu estado moribundo se agravava. Foi internado no hospital da Candelária, sendo diagnosticado tifo. Não resistindo, faleceu. Sendo sepultado no cemitério dos Inocentes em Porto Velho, no dia 8 de agosto de 1929.

O Major Amarante é ilustre personalidade de nossa História, pelos inestimáveis serviços prestados a Rondônia.

Abnael Machado de Lima               

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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