Prédio da Policlínica da Polícia Militar

 
Ex- sede de Beneficente Portuguesa e ex- hospital São José, foi construído em 1927, no alto da favela pela prelazia de Porto Velho, preocupada com a situação da população da cidade de Porto Velho brasileira desamparada no setor de saúde pública, visto que o único hospital existente era o da Candelária da empresa Madeira-Mamoré, no qual só eram atendidos os contratados da empresa. Sob a liderança do padre João Nicolleti e do padre Peixoto, apoiado pelo bispo do estado do Amazonas, Mousenhor Dom Pedro Massa, iniciaram as atividades e negociações com vistas a fundação de um hospital. Adquiriram por doação da Beneficente Portuguesa um prédio inacabado, assumindo o pagamento de dívidas dessa Sociedade, na ordem de R$ 6: 776$ 00 (seiscentos, setecentos e setenta e seis mil reis). Em 27 de novembro de 1927. Em 28 de outubro desse mesmo ano, a prefeitura municipal havia concedido à prelagia terrenos e subvenção destinadas a construção do hospital. Se opunham a fundação do hospital a diretoria da Madeira-Mamoré e o médico Dr. Antônio Magalhães, primeiro diretor brasileiro do hospital candelária, empossado no dia 19 de janeiro de 1928, substituindo o médico Dr. Jonh Hughes. O Dr. Magalhães pretendia, instalar um hospital no hotel Brasil um dos casarões da Madeira-Mamoré, situado na atual rua José do Patrícinio aonde se encontram os prédios da marinha e da cooperativa rural. Emitiu parecer contrário a instalação do hospital da prelagia no local e no prédio adquirido, relacionando seis inconvenientes itens, entre os quais a ladeira dificultando o acesso de enfermos ao hospital. O padre Nicolleti prosseguia os trabalhos procurando superar os itens negativos elecados, inclusive transformando o seu automóvel um ford de bigode, o primeiro a circular nas ruas de Porto Velho, em ambulância. A Sociedade Espírita São Vicente de Paula doou olote de terra para a construção da residências dos irmãos selesianos ( atual Instituto Maria Auxiliadora).

No dia 7 de setembro de 1927 foi inaugurado o hospital São José. No dia 19 de março de 1930 chegaram as irmãs salesianas Carlota Rena e Elkizabeth Negri e a noviça Sebastiana Assis. No mês de maio desse ano, a irmã Petrina, formando a equipe auxiliar do padre Nicolleti na administração do hospital e no atendimento aos enfermos. A Beneficente Português, no dia 5 de outubro de 1930, doou 300$000 ( trzentos mil réis) ao hospital São José. O hospital Candelária foi desativado pela empresa Madeira-Mamoré, em 24 de agosto de 1930.

O hospital São José funcionava num conjunto de quatro prédios contendo: enfermarias, apartamentos, sala de cirurgia, pronto socorro, isolamento, laboratório, cozinha, copa, refeitório, maternidade, leprosário, salas de recepção, diretoria, reunião e dos médicos, tesouraria, banheiros, lavanderia e necrotério. Sua primeira diretora foi a irmã salesiana Carlota Rena.

Na década de 1940, o governo do Território comprou da prelazia o hospital São José. 

Fonte: Abnael Machado de Lima