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Antônio de Almeida

A cidade de Jaguaruana: Centenária e produtiva



Antônio de Almeida Sobrinho

A cidade de Jaguaruana: Centenária e produtiva - Gente de Opinião 
Vista parcial da Avenida Simão de Góis, de Jaguaruana-CE,
vendo-se ao fundo a Igreja da Matriz de Nossa Senhora Santana.

A cidade foi batizada, primeiramente, com o nome de Caatinga do Góis, numa referência merecida a sua vegetação predominante, sendo mais tarde rebatizada de União, e, finalmente de Jaguaruana — tendo como justificava a grande número de onças pretas e pintadas que por ali existiam.

De acordo com a Wikipédia, Jaguaruana é um município brasileiro pertencente ao estado do Ceará e está localizado na Mesorregião do Jaguaribe, na Microrregião no Vale do Jaguaribe.

O município de Jaguaruana tem clima atípico, ao considerar uma região do sertão do Ceará, com uma média de pluviometria anual de 780 mm, e com uma bacia hidrográfica com o rio Jaguaribe, Riacho Araibu, Lagoa do Lagomar e Rio Campo Grande, com uma população de 32.239 habitantes, Censo IBGE-2010, e uma Densidade Demográfica de 34,73 hab/km²

Com o aproveitamento do nome da Santa Padroeira, Nossa Senhora Santana ocorreu uma aglutinação: JAGUAR + ANA = JAGUAR + U + ANA = JAGUARUANA, ocorrendo uma figura de metaplasmo, por adição de sons, conhecida com o nome de epêntese quando o acréscimo do fonema ocorre no interior da palavra.

Com data de criação em 4 de setembro de 1865, e instalação em 4 de março de 1866, com toponímicade de União, quando sua criação remontam as primeiras décadas da 2ª metade do século XVIII, quando a viúva de Simão de Góis, D. Feliciana Soares da Costa, em 1771 doou terras de sua propriedade para se construir a primeira capela, dando, assim, origem a atual Igreja da Paróquia do Município de Jaguaruana, sob o título de Igreja da Paróquia de Santana, na Rua da Matriz, principal rua da cidade.

De acordo com fontes bibliográficas disponíveis na mídia eletrônica, temos as seguintes citações sobre a cidade de Jaguaruana:

“[ ... Durante cerca de setenta anos, são escassas as referências sobre a evolução desse reduto, o que, entretanto, não exclui o seu crescimento que o colocaria em estágio de progresso. Com o advento da Lei Geral de 1830, que autoriza a criação de Distritos de Paz na Província, a povoação de Catinga de Góes figura no elenco das que seriam contempladas. Como forma de dar cumprimento ao disposto contido na Lei Geral, tem-se como instrumento de execução a Lei de 3 de dezembro de 1832, originária da Câmara Municipal do Aracati, ficando a instalação na dependência de autorização governamental. Essa autorização, no entanto, deixaria de ser expedida, considerando para tanto estar curada a capela da povoação, conforme se deduz de Ofício Presidencial datado de 23 de janeiro de 1833]”

Os primeiras manisfestações eclesiasticas desenvolvidadas na cidade remontam a data de 1761, com a doação do mencionado patrimômio, realizado por D. Feliciana Soares da Costa, documentada através de escritura pública, lavrada no Cartório de Lázaro Bezerril, Tabelião do Aracati, em 6 de outubro de 1761, tendo a edificação da capela sido edificada quatro anos de seu registro, com recursos financeiros custeados por D. Feliciana, escolhendo como padroeira Nossa Senhora Santana.
Na política do município de Jaguaruana duas famílias tiveram destaques: são as famílias Almeida, tendo José de Almeida Sobrinho eleito como prefeito (por um mandato); Joaquim Rebouças de Almeida (um mandato); José Miltom de Almeida (Vice-prefeito) e José Augusto de Almeida (três mandatos) e por seu prestígio político apoiando a eleição de Manezinho Barbosa, Bebeto Delfino e, por último, Ana Tereza Barbosa, neta de Manezinho Barbosa; e a família Jaguaribe, tendo Francisco Jaguaribe (4 mandatos) e seu filho Raimundo

Religiosos marcantes que prestaram relevantes serviços a Paróquia de Jaguaruana se podem citar: como primeiro vigário da Paráquia de Santana temos o Padre Alexandre Corrêa de Araújo Melo, natural de Aracati-CE e empossado em 31 de janeiro de 1864; e, depois, seguidos por: Cõnego Agostinho José de Santiago Lima; Padre Marcandes; Padre Aloisio de Castro Filgueiras, depois Monsenhor Aloisio; Padre Raimundo Sales Façanha (do Céu e depois Monsenhor), e, atualmente, Padre Raimundo Barbosa.
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Vista da carnaubeira na cidade de Jaguaruana-CE.

Com um cenário marcante e característica do sertão nordestino, quando a carnaubeira predomina sobre as demais árvores, também, chamada de carnaubeira e é uma árvore da família Arecaceae, do Semiárido da Região Nordestedo Brasil – cogdominada com a árvore símbolo do estado do Ceará.

Os subproduto extraído das palhas da carnaúbeira tem múltiplos empregos e utilização em diversos produtos industriais, tais como: em comésticos, cápsulas de remédios, componentes eletrônicos, produtos alimentícios, ceras polidoras e revestimentos diversos.

O município de Jaguaruana possui uma agricultura diversificada com produção de banana, caju, manga, algodão, mandioca, milho, e feijão.

Tem uma pecuária de corte e de leite com sérias dificuldades, principalmente nos períodos de escassez de chuvas, criação de suinos e aves.

Quanto ao cultivo de camarão em cativeiro, o município de Jaguaruana vive a euforia do cíclo do camarão e aproveita a ótima fase e comemora as benesses que este crustáceo vem proporcionando para os produtores rurais e pequenos agricultores que se encontraram com o advento da intrudução e do desenvolviento do camarão do pacífico (Litopenaeus vannamei) em suas propriedades rurais, antes improdutivas.

O município de Jaguaruana vive a euforia do cíclo do camarão e aproveita a ótima fase e comemora as benesses que este crustáceo vem proporcionando para os produtores rurais e pequenos agricultores que se encontraram com o advento da intrudução e do desenvolviento do camarão do pacífico (Litopenaeus vannamei) em suas propriedades rurais, antes improdutivas.

 

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Produção de camarão do Pacífico
(Litopenaeus vannamei)em Jaguaruana.

Hoje, o município de Jaguaruana utiliza uma área útil de 2.500 ha com o cultivo semi-intensivo e intensivo de camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei), com uma produtividade média em torno de 3.500kg/ha/ano, tendo um contingente de 320 carcinicultores, com uma produção de camarão anual na ordem de 8.750 toneladas, incluindo os pequenos, médios e grandes carcinicultores.

Em decorrência da escassez de chuvas nesta região do semiárido do nordeste, alguns projetos de carcinicultura em Jaguaruana estão ameaçados em ficarem inativos e a carcinicultura se ressentindo de água, uma vez que todo o volume de água que abastece a atividade é proveniente do subsolo, e os lençóis freáticos sofrem com a ausência e escassez de precipitações pluviométricas e seus níveis baixam e correm sérios riscos em secar, temporariamente.

Quanto ao setor secundário, tem destaques à indústria têxtil, com uma significativa produção de rede e colchões, indústria de tintas, indústria da cachaça Ypioca, dentre outras.

O nordestino, de um modo geral, está ocioso por chuvas que faz aumentar suas esperanças e, assim, minimizar o sofrimento do tão sofrido povo nordestino que não se cansa em esperar por dias melhores e somente através da água suas angústias e sofrimentos serão amenizados.

Foi neste cenário do sertão semiárido do Nordeste Brasileiro, sofrido e cheio de esperanças que eu nasci, cresci e estudei até o segundo grau e, depois, busquei complementar meus estudos na capital do estado (Fortaleza) e, através da Universidade Federal do Ceará – UFC que me graduei em Engenharia de Pesca e decidi atuar na Região Norte do Brasil.

Mais tarde, em obediência mais uma vez à força do destino, aceitei o desafio e apostei todas as minhas fichas em iniciar minha caminhada profissionalmente na Amazônia Brasileira, fixando residência no então Território Federal de Rondônia, hoje, estado de Rondônia, na cidade de Porto Velho, quando tive a missão em dar os primeiros passos para iniciar, desenvolver e lutar pela consolidação da piscicultura, em nível estadual e regional.

Falei e cumpri que nunca deixaria de utilizar o binômio ‘eterno aprendiz’. Tenho estudado continuamente, quando com dificuldades e superação conclui uma Pós-Graduação (Lato sensu) em Tecnologia do Pescado, pela FAO/UFRPE; Pós-Graduação (Lato sensu) em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira, pela UNIR/CREA-RO e Pós-Graduação (Stricto sensu), em nível de Mestrado, em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, pela UNIR.

Foto 04: Neste registro vê-se ao centro José Augusto de Almeida e Bebeto Delfino 9ex-prefeitos) e comitiva ao participar de reunião de trabalho social, neste último dia 14 de junho de 2015, no Distrito de Santa Luzia-Jaguaruana-CE..

Ao ver este registro fotográfico, ao lado do ex-prefeito José Augusto de Almeida, de seus familiares e de outros conterrâneos que aqui militam no dia-a-dia, na cidade de Jaguaruana, pude fazer uma reflexão e avaliar com precisão o quando deixei de contribuir com aquelas famílias carentes que necessitam de produção de alimento, especialmente do pescado para atender suas necessidades alimentares -— e ter me dedicado decisivamente ao estado de Rondônia e região Norte.

Não estou arrependido, de forma nenhuma, mais poderia ter me dividido e ter contribuído e retribuído, de forma generosa, um pouco de tudo aquilo que recebi de carinho e de amor do meu torrão natal, a cidade de Jaguaruana, que me proporcionou a realizar os primeiros estudos e me deu a verdadeira noção de vida e de cidadania.

PENSAMENTO DO MÊS

A cidade Natal de um homem de meia história traz intrinsecamente uma força de atração tão forte e emblemática que a ciência pode ter dificuldade em defini-la e até chamá-la de: podendo ter a tradução de forças ocultas, quando a resistência do cordão umbilical onde o soar de um cântico de ninar, em forma de hino, se reproduz no ouvido ao se escutar o regozijo dos pássaros e até a voz do vento.
Antônio de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenheiro de Pesca e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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