Sexta-feira, 24 de julho de 2020 - 19h03
Em
épocas bem recentes, não faz muito tempo, que um aluno que concluía a 5ª Série
de primeiro grau este estava preparado para ser sabatinado em todas as
matérias, e, desta forma, se sair de “letra” — como era a linguagem da época
—, desde o português, passando por
geografia, história, ciências naturais e matemática e, assim, todos nós
estudávamos para tirar as maiores ou melhores notas e, até, para se tornar o
melhor aluno da classe.
AVALIAÇÕES COM QUALIDADES
As
avaliações que eram realizadas naquela época estimulavam os alunos a estudarem
e até sacrificar todo o tempo de folga para não se ter o desprazer em tirar uma
nota baixa e servir de chacota para os demais colegas. O aluno era realmente um
aluno, assíduo e estudioso, e muitos deles considerados como referências e
espelhos e exemplos a serem seguidos por os demais colegas. Quem não fosse um
bom aluno teria poucos colegas e não faziam amizades em classe e não teriam amigos e as colegas se afastavam
e fugiam como o cão foge da cruz.
CONSTATAÇÃO E DECEPÇÃO
De acordo com estudos e
trabalhos apresentados junto ao Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Estado de Rondônia – IFRO, por ocasião da participação do Curso
de Formação Pedagógica para Graduados não Licenciados, temos a comentar:
“[...] educação profissional
do Brasil enfrenta alguns graves problemas, tidos por muitos como cruciais, tais como: baixo
nível de qualificação do professor das redes públicas de educação, em níveis
municipais, estaduais e federal; baixa remuneração paga ao professor de Ensino
Básico, principalmente da educação pública e ausência de critérios que
beneficie o professor da educação pública com uma qualificação diferenciada dos
demais; estatísticas veiculadas na mídia eletrônica revelam que a metade dos
jovens entre 15 e 17 anos não está matriculada no ensino médio e que a
proporção dos que abandonam a escola nessa etapa saltou de 7,2% para 16,2% em
12 anos; as faculdades e universidades brasileiras não qualificam o professor
para a realidade: baixa remuneração paga ao professor de Ensino Básico, em
especial da educação pública”.
PATRONO DA EDUCAÇÃO
O
Brasil consagrou o educador PAULO FREIRE como Patrono da Educação do
Brasil, endeusado por esquerdistas e comunistas e condenado e rejeitado por uma
significativa maioria de brasileiros que é a favor da educação profissional de
qualidade, da educação inclusiva e contra o aparelhamento do ensino e a
ideologização das escolas.
OS QUE ENDEUSARAM
Por
um lado, aqueles que endeusam o escritor PAULO FREIRE, que participaram
e atuaram no Governo do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), na era
FHC, e do Partido dos Trabalhadores (PT), nos Governos LULA/DILMA, quando
juntos governaram o Brasil por um período de
22 anos. Neste longo período, a educação passou por momentos médios,
maus e por muitos solavancos, e se agravando com os métodos de educação massiva
e do faz de conta adotado por PAULO FREIRE, quando colocou o Brasil nas
últimas posições no ranking mundial de educação — formado a partir dos
resultados da prova da PISA, cujo significado é Programa Internacional
de Avaliação de Alunos — quando o Brasil apareceu na última avaliação com as
seguintes classificações: Ciências: 65ª; Matemática: 67ª; Ranking Geral: 68ª
posição, com a média de 377 pontos. O Brasil ficou atrás de países como a
Argentina, Albânia, Chipre, Indonésia e Tailândia.
PATRULHAMENTO
IDEOLÓGICO
A escola onde estudam crianças e adolescentes não deve se tornar em cenário para se fazer proselitismo político, ideologia de sexo e, assim, transformar estes alunos em cabos eleitorais de Partido A ou Partido B e serem seguidores de alas LGBT e de defensores da liberação de drogas e de outros malefícios não recomendados para alunos e adolescentes e alunos da Escola, em níveis de municípios, estados e do Governo Federal. A educação do Brasil necessita com urgência em tomar um novo rumo — que possibilite promover a melhoria da qualidade desta educação que, até agora, em um novo momento político, com um ano e sete meses de administração deste novo Governo — já está em seu quarto ministro da Educação e não foram traçados e apontados os caminhos a serem seguidos, exceto a aprovação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização do Professor – FUNDEB, amparado pelo art. 212 da Constituição Federal do Brasil de 1988, em caráter parcial, junto à Câmara Federal, neste último dia 22 de julho de 2020, necessitando ainda da aprovação junto ao Congresso Federal e, posterior, da sansão do presidente da República.
SEMELHANTE À XENOFOBIA
Você
pode ver e não entende o porquê.
De acordo com o jornalista
Marcos Cardoso, 2016, [...] o patrulhamento ideológico é um sentimento
semelhante à xenofobia, de hostilidade e aversão dirigidas a pessoas e coisas
que possam vir a ser consideradas opositoras de determinadas ideias preconcebidas.
É policiamento do pensamento e das ideias. É contra a liberdade de expressão.
TESTEMUNHO
OCULAR
O professor fica como
um bode no precipício:
Não sabe se caia ou se
equilibre.
Sou um testemunho ocular do péssimo
nível de educação do Brasil, como professor e aluno, ao mesmo tempo, quando
tenho constatado que alunos matriculados na Educação de Jovens e Adultos – EJA,
para estudarem da 6ª a 9ª séries, desta modalidade de educação básica, não
conseguem escrever um ditado: quando o professor fala 20 palavras e o aluno
passa a escrevê-las. É uma tristeza e um desestímulo para um professor da
educação básica se deparar com esta triste realidade. Eu me deparei e fiquei
muito triste. É uma decepção.
TSUNAMI DE PROBLEMAS
Em plena efervescência da maior
crise generalizada em que se encontra mergulhado o Brasil, sem precedente em
toda a sua história:
· com
crise política, fruto de um turbilhão de 35 partidos
políticos que têm interesses em ocuparem seus espaços políticos e por
divergências ideológicas e pessoais;
· com crise
econômica, fruto das consequências da Pandemia do novo Coronavírus,
com a paralização parcial e geral das atividades sociais e humanas, em todos os
setores da economia;
· com
crise de Isolamento: fruto do novo Cononavírus, quando a maioria da
população foi submetida ao lockdown, com fechamento de escolas e do comércio,
interrupção da produção industrial e fechamento de fronteiras;
·
com crise sanitária, fruto do
novo Coronavírus, que vitimou mais de 80.000 brasileiros, com uma projeção para
180.000 óbitos, colocando a população em lockdown e sem condições de trabalhar
para ganhar o sustento para o pão de cada dia.
MÃO-DE-OBRA
QUALIFICADA
Neste contexto, o Brasil necessita, no período do
pós-pandemia, previsto a partir do mês de agosto de 2020, de mão de obra
qualificada, em todos os níveis, para
atender as necessidades do mercado produtor, em nível nacional.
MÃO-DE-OBRA DESQUALIFICADA
A maioria dos adolescentes egressos da Escola da era do Partido dos Trabalhadores (PT),
profissionalizados com a metodologia PAULO FREIRE, não estão, na verdade,
devidamente capacitados para atender as demandas do mercado, segundo se
propagam nas redes sociais,. Estes profissionais são, portanto, ex-alunos que
não aprenderam o nome da capital do Piauí, de Pernambuco, de Santa Catarina e os
nomes da maioria dos demais estados da Federação.
Para tanto, estamos vivenciando um verdadeiro TSUNAMI
de jovens e adolescentes, egressos da metodologia PAULO FREIRE e que não
estão devidamente qualificados para contribuir com sabedoria, competência e
eficiência para tirar o Brasil do atoleiro e o colocar nos trilhos do
desenvolvimento.
Antônio de Almeida
Sobrinho é Engenheiro de Pesca e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio
Ambiente e escreve semanalmente neste veículo de comunicação
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