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Antônio de Almeida

A gênese do carnaval: Origem e evolução



A história do carnaval remonta à antiguidade, começando pela Mesopotâmia, às margens dos rios Tigre e Eufrates, e, depois, na Grécia e Roma antiga.


O vocábulo CARNAVAL tem origem do latim, ‘carnis levale’, com o significado de ‘retirar a carne’.

O pensamento da Igreja Católica não materializado fora o de tornar o carnaval uma festa pagã, onde o jejum alimentar e a abstinência dos prazeres carnais, durante o período da Quaresma, se constituiriam na verdadeira essência do carnaval, como preservação da cultura e da tradição dos primórdios.

De acordo com historiadores contemporâneos e sobre resgates históricos diversos, nos formatos de depoimentos e documentos bibliográficos e, em contos isolados sobre o tema, dão conta de que na Babilônia primitiva duas manifestações culturais provavelmente tenham originado o nascimento do carnaval.

Por um lado, as Saceias:


[ ... “eram uma festa em que um prisioneiro assumia durante alguns dias a figura do rei, vestindo-se como ele, alimentando-se da mesma forma e dormindo com suas esposas. Ao final, o prisioneiro era chicoteado e depois enforcado ou empalado]”.


Por outro lado, a existência de um segundo rito — tradição da época utilizado pelo rei em períodos de pré-comemoração do ano novo naquela região.

Este ritual mencionado ocorria periodicamente,

[ ... no templo de Marduk, um dos primeiros deuses mesopotâmicos, onde o rei perdia seus emblemas de poder e era surrado na frente da estátua de Marduk. Essa humilhação servia para demonstrar a submissão do rei à divindade. Em seguida, ele novamente assumia o trono].

De acordo com a interpretação dos significados destas duas bases inspiradoras do carnaval, simplesmente as manifestações de irreverências e de inversões dos papeis sociais, explicitados nas mais diversas manifestações populares, no decorrer do carnaval, quando “quase tudo é permitido”, e muitas coisas não permitidas são liberadas dentro da linha do livre arbítrio do carnavalesco, onde tudo pode ocorrer, inclusive contrariar os objetivos e propósitos projetados pela igreja Católica.

No Brasil, o país dos paradoxos, o carnaval se constitui como a maior festa popular em todos os tempos, e mobiliza e para o país durante vários dias, dependendo da região e do Estado.

O bom administrador público tem que se ajustar a nova realidade do Brasil, neste trecho na curva da crise acentuada da economia, quando a demanda por recursos financeiros para ser aplicada na atividade cultural do carnaval e de lazer é sempre crescente, com a justificativa de que esta atividade gera receita para a cidade, como polo de atração de turistas e, assim, dependendo da região, revigora e revitaliza a economia, como um todo.

O gestor público, neste caso o prefeito municipal e o governador, com importância cultural para a realização do período carnavalesco, tem que ter competência, habilidade e criatividade para envolver as iniciativas privadas, como parceiras e, assim, contribuírem com o aporte financeiro para incentivar e embelezar o carnaval, dando desta forma cores vivas, vida, beleza e incremento de mais alegria para o folião e o turista — parceiros intrínsecos que fazem parte desta festa popular e de interesse da população.

O montante de recursos financeiros que os estados e municípios gastam anualmente com o incentivo a cultura do carnaval daria para promover uma revolução e uma melhoria significativa na qualidade da saúde e da segurança pública dos municípios e dos estados do País, por um longo período do ano, sem falar com o prejuízo que Brasil tem como a paralização de todos os polos produtores e gerados de riquezas, em todos os quatros cantos do território nacional.

PENSAMENTO DO MÊS

Se todos os gestores públicos, especialmente os prefeitos e governadores dos 5 570 municípios e de 27 estados e do Destrito Federal, respectivamente, assinassem um pacto nacional — em não aplicar nem um centavo de recursos públicos com a realização de carnaval e envolvesse a iniciativa privada para custear esta festa popular . Com todo este montante de recursos financeiros irrigados para a saúde e a segurança pública seriam suficientes para revitalizar os hospitais, contratar profissionais da saúde, aquisição de materiais hospitalares e medicamentos e, desta forma, mudaria de cara a saúde pública do Brasil, em todos os níveis, e quantas vidas humanas não seriam poupadas.


Antônio De Almeida Sobrinho

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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