Domingo, 3 de maio de 2020 - 10h56
[I] NOVO
CORONAVÍRUS
O novo Coronavírus (COVID-19)
é caracterizado como uma doença infecciosa tendo como causa um novo vírus que
causa graves problemas respiratórios, se assemelhando à ‘gripezinha’ — à gripe
comum, acompanhada de tosse, febre alternada e, ao se agravar, o paciente passa
a ter dificuldades para respirar.
TRANSMISSÃO DO CORONAVÍRUS
De acordo com orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a
principal forma de contaminação do novo Coronavírus é através de contato com uma pessoa
infectada, cuja transmissão do vírus ocorre por meio de tosse e espirros. O
contágio também pode ocorrer quando a pessoa toca a uma superfície plana ou
objeto contaminados e, depois, põe as mãos nos olhos, nariz ou boca. Como precaução, recomenda-se que todos
lavem as mãos com sabão, detergente ou álcool gel 70% e não leve as mãos à
boca, olhos e nariz e a obrigatoriedade no
uso da máscara e se aconselha fazer o distanciamento no mínimo 2,0 metros entre pessoas.
Para Tedros Ghebreyesus, diretor-geral da
Organização Mundial de Saúde – OMS: [...] “o termo pandemia não deve ser
utilizada de forma leviana, sob pena de causar medo irracional ou aceitação de
que a luta acabou, resultados em mortes e sofrimento desnecessários”.
O novo Coronavírus teve como epicentro a cidade de Wuhan e de acordo com o Serviço de Inteligência dos EUA acaba e de divulgar a confirmação da apuração sobre a origem deste vírus que se transformou nesta “pandemia” em nível Global e no maior flagelo atual da humanidade, quando vem vitimando milhares de seres humanos, em todos os continentes e se transformando numa das maiores tragédias para todos os povos do planeta.
[II] GRIPE ESPANHOLA
No período de 1918 a 1920 a
Gripe Espanhola considerada como uma das maiores Pandemias Globais mais mortais
registradas na história da humanidade, deixou um saldo de 100 milhões de mortos
em todos os continentes. O vírus da Gripe Espanhola pertencente ao mesmo grupo
da gripe A, a popular H1N1e de acordo com as estatísticas da OMS, em torno de
30% da população mundial contraiu o vírus e causou óbitos independentemente de idade.
Há 102 anos, marca uma data de um período macabro que se deveria esquecer na história do Brasil — o surgimento da Gripe Espanhola, também chamada de Peste Pneumônica — tendo como veículo transportador e transmissor o navio DEMERARA, transatlântico de bandeira europeia, que sem saber que transportava o vírus da Gripe Espanhola desembarcara passageiros infectados nos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
Após 30 dias destes
desembarques, o Brasil passou a viver um dos maiores pesadelos de sua história,
vítima dos efeitos nefastos deste vírus e mergulhado na maior epidemia da Gripe
Espanhola e em sua maior crise devastadora de sua história, sem precedentes.
Dentre
os casos de óbitos por Gripe Espanhola temos registros de uma morte que mexeu
com a vida política do Brasil: foi a morte do presidente da República Rodrigues
Alves, reeleito para o cumprimento de um segundo mandato, e por ironia do
destino na véspera da posse foi hospitalizado, vítima da Gripe Espanhola, não
chegou a tomar posse e faleceu em janeiro de 2019.
Por ser reconhecida como uma
violenta pandemia, em nível Global, nos anos de 1918 e 1919, a Gripe Espanhola deixou
um rastro de milhões de óbitos em todo o planeta. No Brasil, a Gripe Espanhola
não poupou vidas, nem escolheu e
respeitou caras e até o então presidente da República, Rodrigues Alves, fora
“espanholado” e acamado com a Gripe Espanhola, quando havia sido reeleito em
março de 1918 para o seu segundo mandato e devido a gravidade da doença fora
substituído por seu vice-presidente eleito, Delfim Moreira, que tomou posse,
interinamente, em nome do titular e ficou a espera de seu pronto
restabelecimento. O presidente Rodrigues Alves, porém, não resistiu a fúria da
Gripe Espanhola e faleceu em janeiro de 1919.
Com o falecimento do
presidente da República, Rodrigues Alves, sem tomar posse, sendo o
vice-presidente eleito Delfim Moreira, quando a Constituição vigente previa que
o vice-presidente somente assumiria a presidência em definitivo para cumprir o
mandato estabelecido se o titular já houvesse cumprido dois anos de mandato.
Portanto, Delfim Moreira poderia assumir o cargo, interinamente, enquanto o
titular se restabelecesse. Como o
presidente Rodrigues Alves chegou a óbito, foi providenciada uma nova eleição
quando fora eleito o paraibano, Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa como o novo presidente
da República do Brasil, para o quadriênio de 1919-1922.
[III] A VARÍOLA
Segundo
informes estatísticos, o flagelo da varíola persegue a humanidade há mais de 3
mil anos. Temos registros históricos de que
o faraó egípcio Ramsés II, a rainha Maria II da Inglaterra e o rei Luiz
XV da França tiveram a temida “bixiga”.
O vírus Orthopoxvírus variolae sempre
fora transmitido em contato físico, no toque pessoal, entre pessoas, através
das vias respiratórias. A varíola é identificada através de sintomas: febre,
com erupções na garganta, na boca e no rosto. A varíola fora erradicada do
planeta em 1980, após campanha de erradicação em massa.
VACINA CONTRA A VARÍOLA
No
século XVIII, precisamente no ano de 1789, Edward Jenner passou a observar as
tetas de suas vacas e notou que estas apresentavam feridas abertas, com
semelhanças as marcas deixadas pela varíola no corpo de seres humanos. As vacas
apresentavam cicatrizes leves se comparada à doença, a varíola bovina, ou
bexiga vacum.
A
varíola teve suas evidências encontradas em múmias egípcias, do século III e
sempre ocorreram suas propagações em surtos. No século XVIII foram registrados
na Europa cerca de 400 mil pessoas foram a óbitos e com um terço destes casos
acompanhados com cegueira.
Dentre
os casos de óbitos por varíola temos registros de três monarcas reinantes e uma
rainha consorte. Estatísticas disponíveis na Web informam que no século XX a
varíola vitimou entre 300 a 500 milhões de seres humanos, em todo o planeta. Em
1967 ocorriam ainda registros de 15 milhões de óbitos em todos os continentes.
O
último registro da ocorrência de caso da varíola aconteceu no ano de 1977 e
graças aos esforços da Organização Mundial da Saúde (OMS), quando um trabalho
fora intensificado, através de campanhas de vacinação em massa culminando com a
certificação da erradicação dessa doença em 1980.
[IV] O CÓLERA
O Cólera é uma infecção no
intestino delgado por algumas estirpes das bactérias Vibrio cholerae. A epidemia Global do Cólera ocorreu em 1817, matando
centenas de milhares de vidas humanas. A bactéria causadora do Cólera é o
Vibrio cholerae que de acordo com estudos científicos sofre diversas mutações e
causa diversos ciclos epidêmicos, se alternando de tempos em tempos sendo
considerado com uma “Pandemia” tendo causado maiores números de vítimas,
especialmente em países pobres, onde a qualidade do saneamento básico é
precário ou ausente.
A contaminação do Cólera
ocorre principalmente pelo consumo de água e alimento contaminados e se torna
mais frequente em países subdesenvolvidos. Na América Central, no Haiti, em
2010, foi o país que mais sofreu com o pesadelo
do Cólera. O Brasil teve vários ciclos do Cólera, em especial em áreas pobres
do nordeste, onde o saneamento básico é precário ou inexistente.
Temos registros estatísticos
que no Iêmen — um país árabe que ocupa a extremidade sudoeste da Península da
Arábia —, em 2019, ocorreram mais de 40 mil óbitos, vítimas do Cólera. Os
principais sintomas do Cólera são: diarreia intensa, cólicas constantes e
enjoos. De acordo com informações médicas,
apesar de existir a vacina contra a doença, à base de antibióticos,
porém, sua eficácia não é de 100%.
[V] PESTE BUBÔNICA
Tem-se notícias, através da mídia eletrônica internacional, que
ocorreram três casos de Peste Bubônica ou pneumônica na China. A Peste Bubônica
é transmitida por um tipo de bactéria que vive em roedores selvagens e em suas
pulgas (Yersinia pestis), sendo endêmica em países com saneamento básico
precário que matou cerca de 50 milhões de pessoas no século XIV, na época
chamada de Peste Negra.
De acordo com dados estatísticos disponíveis na Web, a Peste
Bubônica vitimou no total desde o século XIV em torno de 450 milhões de pessoas
a 350 milhões de seres humanos.
PAÍSES VULNERÁVEIS À PESTE BUBÔNICA
Dentre os países citados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
susceptíveis à Peste Bubônica teve destaques na época o Peru, Congo e
Madagascar, sendo este último uma ilha africana que registrou a epidemia mais
recente desta doença, nos anos de 2017, com 2.417 pessoas contraíram a doença e
registros de 209 óbitos.
Tem-se notícias, através da mídia eletrônica internacional, que
ocorreram três casos de Peste Bubônica ou pneumônica na China. A Peste Bubônica
é transmitida por um tipo de bactéria que vive em roedores selvagens e em suas
pulgas (Yersinia pestis), sendo endêmica em países com saneamento básico
precário que matou cerca de 50 milhões de pessoas no século XIV, na época
chamada de Peste Negra.
De acordo com dados estatísticos disponíveis na Web, a Peste
Bubônica vitimou no total desde o século XIV em torno de 450 milhões de pessoas
a 350 milhões de seres humanos.
PAÍSES VULNERÁVEIS À PESTE BUBÔNICA
Dentre os países citados pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
susceptíveis à Peste Bubônica têm destaques o Peru, Congo e Madagascar, sendo
este último uma ilha africana que registrou a epidemia mais recente desta
doença, nos anos de 2017, com 2.417 pessoas contraíram a doença e registros de
209 óbitos.
PENSAMENTOS DO DIA
O presidente
Jair Bolsonaro tem que colocar suas barbas de molho e não se expor tanto,
publicamente, nas feiras e mercados e, assim, se precaver do novo Coronavírus,
pois já temos um antecedente negativo de pandemia no Brasil, quando a Gripe
Espanhola, em 1919, matou sem compaixão o então presidente da República
Rodrigues Alves.
Quem
participa da quarentema do novo Coronavírus, que fica em casa recluso a fim de
evitar a propagação da doença, protegendo a si, sua família, seus amigos e a
população em geral, tem que se conscientizar de que todo dia é um novo renascer. Todo cuidado é
pouco e qualquer descuido: adeus.
Antônio
de Almeida Sobrinho é Engenheiro de Pesca e Mestre em Desenvolvimento Regional
e Meio Ambiente e escreve semanalmente neste veículo de comunicação.
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