Segunda-feira, 26 de dezembro de 2016 - 17h57
Não existe nenhum vidente capaz de fazer uma previsão ou mesmo um retrato falado do Brasil do Pós-Lava Jato — ao imaginar a conclusão satisfatória dos trabalhos da Operação, de acordo com os objetivos de seus operadores, uma vez que a lista de investigados, de culpados e de condenados tende a superlotar as selas especiais dos pavilhões prisionais e presídios especiais destinados aos presos e condenados durante as fases dos processos, até sua conclusão.
Quais os políticos destas últimas safras que não farão parte da lista definitiva da Operação Lava Jato?
Eu, sinceramente, não acredito que algum candidato político consiga se eleger ou a se reeleger sem recursos financeiros, exceto em casos extremos que até hoje eu não tive conhecimento.
Falo com conhecimento de causa, pois atendendo a solicitação de amigos e políticos aceitei em me candidatar em 2010, ao cargo de Deputado Estadual por o estado de Rondônia — e dar a minha cara a tapas e passar por um humilhante processo em pedir votos a população — quando se sabe que a moeda do voto não é o trabalho e a seriedade, e por não disponibilizar de recursos financeiros suficientes, compatíveis com as demandadas necessárias para sufragar os votos nas urnas para se tornar vitorioso e, ao mesmo tempo, ter o desprazer em ver candidatos despreparados e através de abuso do poder econômico serem eleitos e, depois, serem presos por corrupção ativa, passiva e por crimes diversos.
Após a conclusão dos trabalhos da Operação Lava Jato quem sobrará para contar as histórias?
Quem serão os possíveis candidatos presidenciais para assumir a Presidência da República em 2018?
Ainda é muito cedo para se fazer um prognóstico sobre os prováveis pré-candidatos que serão oficializados candidatos para concorrer a Presidência da República, numa eleição direta, para comandar os destinos do Brasil, no quadriênio 2018/21.
De uma coisa se pode ter certeza e se pode afirmar, sem medo de errar, quem não irão concorrer às próximas eleições presidenciais: todos estes políticos que estão sendo citados e denunciados pela Operação Lava Jato — todos estarão literalmente banidos da vida pública por terem se tornados inelegíveis para concorrer cargos eletivos.
Por outro lado, também, estará como Ficha Suja, uma ampla lista de políticos que estão e que estarão sendo investigados e denunciados nas Delações em curso, com prováveis condenações e prisões, após as conclusões de processos específicos.
Quem teria pretensões em concorrer as eleições presidenciais para governar o Brasil no quadriênio 2018/2021?
O presidente Michel Temer apesar de ter construído um canal de comunicação nas duas casas de leis, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal, seu trânsito é livre, porém, devido a complexidades das reformas necessárias, como a Reforma da Previdência Social e a Reforma Trabalhista, as consequências serão imprevisíveis para os parlamentares da base de sustentação do Governo, junto às duas casas de leis, e estas reformas ainda não foram discutidas com a sociedade e tudo ficarão para 2017;
Com uma popularidade de 8% nenhum presidente da República de um país com as dimensões e a população que tem o Brasil terá condições de governar, sem o apoio da população, e ao se fazer um prognóstico sobre seu futuro político é muito cômodo: sua carreira política se encerrará com o final de seu mandato constitucional, no dia 31 de dezembro de 2017, e dependendo do desempenho de sua equipe econômica e dos resultados da economia, a partir de 2017, e dos ecos provenientes das ruas, solicitando sua renúncia, nada estará fora de cogitações se o presidente seja obrigado a renunciar ao cargo para evitar que a crise se aprofunde e caos social se instale de forma grave e incontrolável.
Não haverá milagre que possibilite que o ex-presidente Lula chegue ao pleito presidencial com saúde política, uma vez que se sabe que a sua blindagem que sempre fora considerada inox, há muito que se oxidou e enferrujou.
Não adianta tapar o sol com uma peneira que os raios solares irão passar e irão fazer o mesmo estrago se estivesse sem esta proteção aparente.
O ex-presidente Lula tem consciência que ele tem no momento três opções para evitar de uma vez por todas ou minimizar suas angústias ou reduzir sua pena na cadeia: i) fugir para Cuba, Venezuela ou Uruguai; ii) praticar um suicídio fulminante e, iii) solicitar uma delação premiada e entregar toda a ‘companheirada’, inclusive a ex-presidente Dilma Rousseff.
Eu acredito na primeira alternativa porque nesta altura o campeonato a situação do ex-presidente é muito delicada e a cada dia a situação se agrava mais, com novos indiciamentos, e se complicou a tal ponto que envolveu parte de sua família e seu estado de saúde tem se agravado, a cada desabafo que profere, visivelmente a olho nu.
Sem alternativas, Lula está apelando para a ‘companheirada’ para arrecadação de fundos para ‘Campanha de Defesa Midiática’ para combater o massacre a que está sendo vítima, de acordo com justificativas de seus ferrenhos defensores — com forma de camuflar os prováveis milhões de dólares que o barbudo tem depositado em nome de laranjas, em contas de bancos em paraísos fiscais.
O ex-presidente Lula está esperando a qualquer momento receber o mandado de prisão e o final desta história a própria história e sua biografia serão os responsáveis em escrevê-la, em letras garrafais.
O Senador Aécio Neves (presidente do PSDB) seria o candidato natural para concorrer às Eleições presidenciais para a Presidência da República, no quadriênio 2018/2021. Porém, com as denúncias de Delações Premiadas envolvendo o nome do Senador tucano como beneficiários de propina do Caixa 2, a situação do virtual candidato tucano para concorrer o cargo de presidente da República vem se agravando a cada delação e o Senador vai ter que fazer sua defesa com os ‘mínimos detalhas’ sob pena de ver o cavalo passar selado passar mais uma vez e simplesmente acompanhar a banda passar.
Marina não é uma péssima candidata, a presidente da REDE é uma pessoa do bem, trabalha para o bem, porém não tem estatura política para concorrer uma eleição presidencial disputados nos moldes que ocorrem no Brasil.
Com o seu projeto preservacionista e contra o desenvolvimento, Marina Silva já fora militante do Partido dos Trabalhadores, ocupou o cargo de Senadora da República, ministra do Meio Ambiente do Governo Luiz Inácio e candidata a presidente da República pelo PSB, após o trágico acidente com o candidato Eduardo Campos.
Eu não acredito no projeto político da virtual candidata Marina Silva ela deverá concorrer por concorrer, prudente seria se compor com uma outra legenda de centro esquerda e ter reais chances de trabalhar pela reconstrução do Brasil.
Antônio de Almeida Sobrinho é Engenheiro de Pesca, Analista Ambiental, Especialista pela FAO em Tecnologia do Pescado e Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente
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