Terça-feira, 6 de junho de 2017 - 19h35
Dilma e Temer com nós na garganta
Ninguém em sã consciência acredita que o parecer final do julgamento de cassação da chapa Dilma -Temer, fruto de ação impetrada pelo PSDB, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer por abuso de poder econômico, tenha uma votação e uma conclusão técnica, e tudo nos faz crer que os ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), façam opção pela via política, a mais conveniente para a atual conjuntura que atravessa o Brasil, na concepção deles.
Neste sentido, acredita-se que um dos ministros que compõem a corte do TSE deve pedir vistas ao processo e “isto é muito natural que ocorra”, afirma o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes.
COMPOSIÇÃO ATUAL DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE)
MINISTROS EFETIVOS ORIGEM
GILMAR FERREIRA MENDES (presidente) STF e TSE
LUIZ FUZ (vice-presidente) STF e TSE
ROSA MARIA WEBER STF e TSE
ANTÔNIO HERMAN VASCONCELOS STJ E TSE
HERMAN BENJAMIM STJ e TSE
NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO STJ e do TSE
ADEMAR GONZAGA (ministro substituto do TSE TSE
VEJA OS DIVERSOS SENÁRIOS NO JULGAMENTO
1. Para o MP, como Dilma saiu da presidência após a conclusão do Impeachment, “não faz sentido declarar a perda de mandato para ela e sugere apenas que fique inelegível por 8 anos”.
2. Quanto a punição para o presidente Temer, seria oportuno simplesmente a perda do mandato atual, se manter elegível com direito a postular e se candidatar para concorrer a presidente, através da via indireta.
Neste atual momento de desgastes políticos, com denúncias e prisões de aliados, a cada dia, com as frequentes manifestações populares e o eco de fora, Temer, esta possibilidade é descartada.
3. No entendimento do MP, Temer deve perder o mandato porque tudo de ilegal que beneficiou a Dilma também, diretamente e indiretamente, beneficiou o Temer, mesmo sem ter tido nenhuma interferência direta nestes atos ilícitos.
Em assim sendo o entendimento do Plenário da Corte do TSE, o presidente Michel Temer iria agradecer imensamente a sabedoria e sapiência dos ministros que votaram e lhe pouparam de um desgaste maior, com uma indigesta renúncia do cargo de Presidente da República.
Desta forma, o impacto da queda seria amortecido com amortecedores de pelica — com a desculpa amarelada e esfarrapadas com tantos desgastes de ministros, de assessores de primeiro e segundo escalões denunciados pela Operação Lava-Jato e de constantes prisões de aliados e de amigos, em série, e, ainda poder falar que não cometera nenhum crime para se eleger e, sim, a candidata Dilma Rousseff.
4. No nosso entendimento, pode ocorrer o que todos estão esperando. Pode o óbvio ululante:
É esperado por alguns com uma certa apreensão e preocupação e como certo que um dos ministros irá pedir vistas ao Processo, sob a justificativa de que irá apreciar com prudência todos os pontos obscuros e polêmicos do processo e a Corte irá se pronunciar num “futuro bem próximo” para retornar as discursões e votação deste Processo de Cassação da chapa Dilma-Temer.
5. Caso o STE decida por cassar a chapa Dilma-Temer, o presidente Temer será afastado do cargo que ocupa imediatamente, e será substituído pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que terá que promover eleições indiretas no prazo de 30 dias.
Da cabeça de juiz e na roleta do Jogo do Bicho tudo pode acontecer. Da cabeça do juiz pode sair a não punição e não cassar da chapa Dilma-Temer e obrigar o povo a voltar para as ruas e bradar o Fora Temer e ver a Dilma ser eleita para qualquer cargo eletivo em 2018, por qualquer estado do Brasil, e ir para o Congresso Nacional defender suas falcatruar e passar o resto da vida legislando em causa própria.
No jogo do bicho tudo pode acontecer. Vamos torcer que o bicho que seja sorteado não seja a RAPOSA, porque pode atacar o galinheiro e levar até as penas.
Por outro lado, não pode aparecer a COBRA RAIVOSA, porque nem o Juiz Federal Sérgio Moro ainda teve forças para conter o seu veneno.
Tudo é possível acontecer: Não se deve esquecer que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, aquele mesmo que citou em um determinado dia um provérbio português, ao ser criticado por um colega do judiciário: “Ninguém se livra de pedrada de doido e de coice de burro”.
Ser criticado ou ser elogiado não faz nenhuma diferença para o presidente do TSE, afirmou certo dia um amigo, ao falarmos sobre as incongruências de Gilmar Mendes, o ministro falastrão e que não tem papa na língua e que tudo pode acontecer.
Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em engenharia de Pesca e tem Pós-Graduação, em nível de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
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