Sexta-feira, 6 de julho de 2018 - 05h02
TRATAMENTO VIP: Enquanto o Confúcio Moura exerceu o cargo de governador do estado de Rondônia o tratamento de Vossa Excelência falou sempre bem alto e o respeito prevaleceu, reciprocamente, entre o Rei (governador) e seus súditos (executiva do MDB), com raras exceções — sempre que as cobranças excediam os limites de tolerâncias e extrapolavam suas cotas de interesses pessoais, em detrimento do público alvo, a população.
ADMINISTRAÇÃO DE EXCELÊNCIA: Até aí tudo funcionou a mil maravilhas. O governador Confúcio Moura com uma administração avaliada e considerada em nível nacional com destaque, durante dois mandatos sucessivos e deixou o estado de Rondônia com as finanças em dia e administrativamente considerada no AZUL, e com um nível de aprovação acima da média nacional, dentre todos os demais governadores.
REI POSTO, REI MORTO: Após o então governador Confúcio Moura se licenciar, o clima que já não estava muito confortável e estável tomou uma nova forma — até o sol se escondeu e as nuvens se escureceram — tudo isto mostrando a insatisfação da cúpula do MDB diante da pré-disposição do pré-candidato Confúcio Moura que deixou o Governo disposto a concorrer a uma vaga no Senado da República, mesmo sabendo que o atual Senador Valdir Raupp busca a todo custo a reeleição e a legenda (MDB) tem o cobertor curto e não abriga do frio os sufrágios suficientes para eleger os dois postulantes (Raupp + Confúcio). Na ótica do MDB.
O LADO PESSOAL PREVALECE: Neste caso se aplica a utilização do adágio popular: “farinha pouca, meu pirão primeiro”.
NA POLÍTICA NÃO TEM AMIZADE: No jogo pesado da política a amizade pessoal sempre foi colocada em segundo ou terceiro planos e leva sempre vantagem aquele que tiver o maior poder de barganha e neste caso mencionado: votos.
QUEM TEM MAIS VOTO: Quando se encontra em discursão o interesse político não tenhamos nenhuma dúvida de que o ex-governador Confúcio Moura que preparou os alicerces de sua candidatura e se esqueceu que nem sempre nestas alturas do campeonato político a homologação dos nomes para preencherem as candidaturas são feitas pela executiva nacional do partido, neste caso o MDB, são estes membros quem ditam as normas. É muito natural que neste caso o Senador Valdir Raupp tem as cartas necessárias para ganhar a indicação e encerrar a partida.
DO AFOGADO, O CHAPÉU: Considerando que neste momento a legislação eleitoral não mais permitirá que o pré-candidato troque de partido, o ex-governador Confúcio terá somente duas alternativas: buscar aplicar a sua capacidade reconciliadora, que lhe é peculiar e convencer a cúpula do MDB que diante da atual conjuntura política será mais fácil o MDB eleger os dois senadores (Valdir Raupp + Confúcio Moura) a disputar com um único candidato e correr o risco da legenda não eleger nenhum senador; e, a segunda, ter realmente bastante humildade, pé no chão e cuca fresca para aceitar em concorrer uma cadeira na Câmara Federal, onde atuou por duas legislaturas com dedicação, desenvoltura e representatividade dos interesses do estado de Rondônia.
MDB SE ARRISCA: Com o nítido desgaste político do Senador Valdir Raupp — em decorrência da massificação e de veiculação de notícias na mídia eletrônica, falada, escrita e televisada e das redes sociais — de citações em delações premiadas e após se tornar réu na Lava Jato – mesmo sem nenhum julgamento pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o pré-candidato pode ter surpresas não muito agradáveis e não deve preparar suas alegrias, porque sempre em casos semelhantes uma nova surpresa poderá o surpreender, tendo em vista o nível da concorrência, tais como:
A pré-candidatura do atual Deputado Federal MARCOS ROGÉRIO (DEM-RO), com apoio integral do cooperativismo, da rede de bancos cooperativos e de lideranças comunitárias de todo o estado;
A pré-candidatura DO PASTOR ALUÍSIO VIDAL (Rede), com apoio dos evangélicos e afins;
A pré-candidatura da ex-Senadora FÁTIMA CLEIDE (PT) que já está fazendo barulho e promete retornar ao seu reduto eleitoral e retornar ao Senador Federal onde representou com desenvoltura a população de Rondônia;
A pré-candidatura de JESUALDO PIRES (PSB) que com o apoio do Governador Daniel Pereira terá votos a perder de vista e comprometer os planos de todos aqueles que atuam com o já ganhou;
A pré-candidatura do ex-senador EXPEDITO JUNIOR (PSDB), com uma aliança com o ex-governador Ivo Cassol que por problemas jurídicos está sendo considerado inelegível e, mesmo assim, tem dividendos políticos capazes de definir uma eleição majoritária a governador de Rondônia e contribuir sobremaneira para fazer uma cadeira de Senador da República, dentre outros pré-candidatos que se preparam para começar suas campanhas eleitorais.
Antônio De Almeida Sobrinho escreve semanalmente no www.gentedeopinia.com.br
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