Quem não conhece uma das principais obras de Fiódor Dostoiévski, escritor russo, que narra a saga do mundo da criminalidade de Radion Românovitch Raskólnikov, um jovem acusado em cometer vários delitos, em o ‘CRIME E CASTIGO’, e como se pode explicar para que se entenda por que os cenários criados por autor, em São Petersburgo, na Rússia, pode ter um desfecho com tanta semelhança perfeito, no mundo real, ter semelhança tão próxima, num país da América do Sul, Brasil, como se a vida do personagem na vida real imitasse ou copiasse à arte na Dramaturgia e da ficção, na Literatura.
Nosso intuito é o de focar um paralelismo de fatos semelhantes — com personagens distantes e não contemporâneos —, com o objetivo de provar que a literatura tem a capacidade de materializar os personagens, até em situações adversas ao esperado pela sociedade.
Por que se escolheu a Literatura e a Dramaturgia como ferramentas e matérias primas para revelar os atores principais e os coadjuvantes nesta analogia e, ao mesmo tempo, identificar a verdadeira alma da criatura humana, no âmbito da Psicologia e da Psicanálise, quando os protagonistas são submetidos a longos interrogatórios e estes usam seus recursos disponíveis, destilam seus venenos e utilizam suas fantasias e arrogâncias para impressionar, afastar o medo e não fraquejar nas respostas, durante todas as fases dos interrogatórios?
Quando as coincidências falam mais alto, como se percebe com certa nitidez na obra de Dostoiévski, em “CRIME E CASTIGO”, no personagem RASKÓLNIKOV, como, também, quanto com o ator principal da CRÔNICA “CRIME SEM CASTIGO”, com o LULANONIKOV, quando as coincidências de aproximam a tal ponto que até o temperamento do personagem real da CRÔNICA “CRIME SEM CASTIGO” tem atos e ações com requintes de amor e de crueldade, uma hora chora e outra quer matar e comer a cobra, e, ao mesmo tempo, como predestinação de vidas passadas que influenciam desfechos atuais e descritos como imagens de filme de suspense que todos querem ver o desfecho, normalmente, em suas últimas cenas.
RASKÓLNIKOV 01:
Tudo começa com RASKÓLNIKOV, um rapaz pobre e desempregado, sem profissão e sem estudo, um simples ex-aluno, angustiado, sem ter dinheiro para se sustentar, que morava em um apartamento alugado e algumas vezes pago pelos amigos, e outros, em atraso, obrigando aumentar a angústia — quando a locatária do imóvel o ameaçava e exigia o pagamento de juros e correções dos aluguéis acumulados, e ele não dispunha de recursos financeiros para saudar seus compromissos e, por isso, perambulava dias e noites pelas ruas de São Petersburgo, uma cidade de noites cinzentas e frias, localizada no sul da Rússia.
LULANONIKOV 01:
Começa com LULANONIKOV, um rapaz pobre e desempregado, sem profissão e sem estudo, um simples ex-aluno, angustiado que mora de aluguel pago por seus amigos, e não dispunha de recursos financeiros para saudar seus compromissos e perambula pelas ruas de São Paulo, uma cidade com noites com garoas e frias, localizada no sul do Brasil.
RASKÓLNIKOV 02:
A obra “CRIME E CASTIGO” tem uma concentração obstinada na alma e na capacidade de liderar e de oportunizar o possível na mente dúbia do personagem RASKONIKOV e todos os passos seguintes são orientados e levam ao leitor a viajar pelos tortuosos e emaranhados caminhos da mente do personagem central — e, daí, mostram suas ações, metas e propósitos, no âmbito do campo da psicologia e da psicanálise.
O espírito conflitante do personagem obriga o leitor a investigar e periciar suas intenções maquiavélicas, que leva o leitor a identificar que nos bastidores de temas universais se escondem o peso de consciência, o arrependimento, a função de um ser humano, no seio da sociedade, seu comportamento irrequieto e centralizador, enquanto humano, e sem consciência da verdadeira dimensão entre o certo e o errado.
LULANONIKOV 02:
A ideia central de o “CRIME SEM CASTIGO” se concentra na capacidade e na ingenuidade que o personagem materializou no seu engenhoso cérebro, em visualizar a inexistência de inteligência dos demais seres humanos — quando o LULANONIKOV conduz em seus passos seguintes, orientados por seu espírito de liderança e a ambição material.
Visto por este prisma, ao se deter ao personagem central, leva o leitor e seguir e a percorrer os escuros porões cavernosos de sua imaginação — característica misteriosa do personagem —, e suas ações são nitidamente evidenciadas, metas e propósitos, interpretadas com nitidez, no âmbito da Psicologia e da Psicanálise, como forma de investigar e periciar suas intenções maquiavélicas, que leva todo o observador a identificar que por traz de temas universais se escondem o peso de consciência, do arrependimento, função básica do ser humano, no seio da sociedade, seu comportamento, enquanto humano, e perder de vista a verdadeira dimensão entre o certo e o errado.
Estas características são peculiares e muito coerentes com a percepção de um homem limitado de conhecimentos, de pouca leitura e com precária consciência jurídica e as consequências e as punições que estarão por vir de cada sentença proferida e publicada.
RASKÓLNIKOV 03:
O autor da obra se centra na alma de Raskonikov, um jovem de personalidade forte e muito orgulhoso, que comete delitos, em série, quando todos percebem nitidamente o seu grau de periculosidade, sendo capaz de chegar ao extremo de suas forças, sem ter limites de sua capacidade intelectual para a prática de atos de toda sorte, para atingir seus intentos.
O escritor conduz o leitor habilmente pelos porões da mente dúbia do personagem ao revelar os seus pensamentos, metas ainda não definidas para, num segundo momento, expor suas angústias, seus conflitos, seus arrependimentos e sua autotortura mental, após cometer uma série de delitos dignos de um gângster perfeito, que leva o leitor a prender a respiração, obrigando-o à reflexão de temas universais e, depois, todo o seu sentimento de dor e culpa, após cometer delitos simples e graves, ao seu estilo do sem limite, levando um inocente à prisão e assumir a culpa de um crime que não cometera, e passar muito tempo preso, submetido à coação e por suborno financeiro.
LULANONIKOV 03:
Neste tocante, o personagem LULANONIKOVé um jovem com uma liderança autoritária e centralizadora, característica dos dirigentes sindicais — que por falta de maturidade intelectual e até por não medir consequências — comete excessos e práticas criminosas, ao arrepio da lei, ilícitos em série, aos olhos de todos e à luz da justiça, quando seus próprios aliados têm consciência de seus excessos, com dezenas de companheiros que caíram nas armadilhas e seguros pelas garras da justiça, sendo investigados, condenados e presos, a duras penas, por crimes praticados em grupo, no decorrer do todo o processo de construção de uma teia-de-aranha de corrupção, sem precedente em toda a história de vida do personagem central.
RASKÓLNIKOV 04:
A presença marcante de o “CRIME E CASTIGO”, característica que faz o romance de Dostoievski ser imperdível, tem a atuação do ator principal RASKÓLNIKOVser uma interpretação magistral que atrai um público de todas as idades, ávido por personagem emblemático e inconsequente, sendo, portanto, o ponto alto de toda a trama.
Ao ler seus primeiros capítulos, nos dar a sensação em assistir ao filme de uma história real e em caminhar lado a lado com cada personagem, em um cenário concreto e material, tendo como ponto de partida a qualidade estilística da obra.
LULANONIKOV 04:
A presença marcante do personagem LULANONIKOVde o “CRIME SEM CASTIGO” criou uma seleta torcida de seguidores e apoiadores de carteirinha e seus ferrenhos defensores, fato marcante e que não tem justificativa e não convence a ninguém, de seus apoiadores, que mostre o contrário de que o ator cometera delitos, em série, e respondam criminalmente por todas as acusações que lhe são amputadas — que mesmo sem provas materiais, nas concepções de seus aliados, que justifiquem que a justiça utilize de tais indícios para condenar um inocente — mesmo que aos olhos da Lei se constituem provas materiais suficientes para que o personagem seja julgado e condenado por todos os delitos cometidos, com os rigores da Lei.
RASKÓLNIKOV 05:
O personagem ao fazer sua mudança se apropria de inúmeras joias da casa onde morava e de populares, e após receber muita pressão não chega a usar ou a usufruir desse ganho e, sentindo-se arrependido, enterra-as sob uma pedra e outras são devolvidas aos seus legítimos proprietários.
Após tal fato e seus desfechos, o romance relata de maneira detalhista os dramas psicológicos sofridos pelo autor dos delitos.
LULANONIKOV 05:
O ator principal ao fazer sua mudança, consegue levar uma farta carga composta com uma frota de caminhões de mudança, transportados em 11 caminhões para levar 8 mil presentes que integrava o acervo público, com 1.403.417 itens levados, e com um caminhão climatizado para transportar a adega, com bebidas raras, nacional, importadas, caras, dentre estas vinhos e outras bebidas, que sobraram dos 8 anos de drink’s e de comemorações, de acordo com publicações da mídia eletrônica, em arquivos disponibilizados.
RASKÓLNIKOV 06:
Dentre a lista de objetos subtraídos da casa e dos vizinhos, o ator levou uma Bíblia Sagrada que contribuiu para a confissão de crimes praticados, ao contar com a enorme influência de uma mulher de vida fácil que, antes disso, compartilha com Raskólnikov a descrição da Ressurreição de Lázaro, contida no Novo Testamento.
Bíblia Segrada, Novo Testamento
LULANONIKOV 06:
Dentre os livros subtraídos por nosso ator, transportados com as demais peças no momento da mudança, o protagonista de o “CRIME SEM CASTIGO” também se apropriou de uma Bíblia Sagrada e de um Crucifixo, em ouro e madeira, esculpido por Aleijadinho, foi levado na mencionada mudança, de acordo com um farto material veiculado na mídia eletrônica.
Crucifixo em ouro e madeira, esculpido por Aleijadinho.
RASKÓLNIKOV 07:
Apesar de investigar Raskólnikov, a polícia termina por prender um inocente que se intitulou culpado, devido à pressão que sofrera. Ao ser interrogado por um Juiz que conduzira o inquérito, mediante uma série de contradições, o personagem, por fim, confessa o crime que cometera.
Raskólnikov assassina Alena Ivanovna,
a velhinha usurária.
O personagem confessa os crimes que cometera — incluindo dois assassinatos e uma penca de delitos menores — o inocente que fora subornado e que estava preso, injustamente, em seu lugar, e fora posto em liberdade. O ator foi condenado a 8 anos de prisão, em regime fechado, na Sibéria, sem o consentimento e a contra-gosto de seu público fervoroso e de seus aliados e admiradores.
LULANONIKOV 07:
Após várias investigações, denúncias e depoimentos, o personagem se tornou réu em 5 processos, mesmo sem confessar e continuar insistindo na mesma tecla que é inocente. O mais recente inquérito policial refere-se à denúncia formalizada pelo Ministério Público que deverá levar o nosso personagem à julgamento, em breve.
No conjunto da obra, não se encontra nenhum inocente e nenhum mocinho em toda esta história contemporânea, quando dezenas de centenas de aliados, em todos os níveis da hierarquia utilizada da administração do poder — e foram investigados, diversos foram presos, através de prisões preventivas e prisões temporárias, outros julgados e condenados e vários ainda cumprem penas e outros, em processo de julgamento, enquanto o nosso ator tem provado para todos que na arte da Dramaturgia o que importa é ser competente e saber desempenhar o papel, com desenvoltura e determinação.
Se depender da convicção de nosso ator principal e da vontade popular de seus ferrenhos aliados e seguidores, todos estes processos seriam arquivados e os acusadores iriam ser transformados em réus e acabariam todos atrás das grades.
Toda esta saga de investigações, formalizações de processos e outras diligências jurídicas, que se arrastam por mais de dois anos, se depender de sua própria vontade, estas investigações se transformariam em meras peças de ficção literária e tudo que até agora tem sito feito, no âmbito da Força Tarefa da Operação Lava-Jato, com o apoio da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), seria transformado em uma obra de arte e esta Crônica “CRIME SEM CASTIGO”, seria transformada em uma obra da vida real, bem ao estilo da linha ideológica de nosso ator, com o pedantismo e arrogância que lhe é peculiar, aos arrepios da Lei, onde a impunidade não teria limites e as instâncias jurídicas seriam meras formalidades e não estariam para punir e, sim, para ornamentar e facilitar a impunidade.