Sábado, 27 de fevereiro de 2016 - 20h39
INÍCIO DA PISCICULTURA
A piscicultura em Rondônia teve início nos idos de 1978, através da ASTER-RO, hoje EMATER-RO, com a assinatura do Convênio de Cooperação entre a ASTER-RO e POLAMAZÔNIA, com o PESCART – Programa de Extensão Pesqueira, tendo a interveniência da Superintendência do Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE (extinta), quando uma equipe de engenheiros de pesca (seis profissionais) foram contratados pelo Governo do ex-Território Federal de Rondônia e colocados à disposição da ASTER-RO para coordenar e implementar os primeiros trabalhos de pesca e piscicultura, em níveis dos munícipios de Porto Velho, Guajará-Mirim e Costa Marques.
SUDEPE EM RONDÔNIA
Com a instalação do estado de Rondônia, o primeiro Governador eleito do Estado — Jerônimo Garcia de Santana —, anunciou, dentre suas prioridades, o fortalecimento de organismos regionais de desenvolvimento existentes, dentre tantos, a Superintendência do Desenvolvimento da Pesca – SUDEPE (extinta). Em julho de 1987 foi instalada a Agência Regional da SUDEPE do Estado de Rondônia quando os primeiros trabalhos de piscicultura foram materializados, dentre tantos a construção da Estação de Piscicultura de Porto Velho.
PRODUÇÃO DE ALEVINOS
Estação de Piscicultura de Porto Velho.
A Central de Produção de Alevinos de Porto Velho – CPA foi concebida através da elaboração do Projeto Técnico-Arquitetônico e inaugurada com o título de Estação de Piscicultura de Porto Velho, em 1989, pelo então Governador do Estado de Rondônia Jerônimo Garcia de Santana.
Em 1988, através da implementação de um Convênio de Cooperação, celebrado entre a SUDEPE e o Governo de Rondônia, através da então Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento - SEAGRI-RO, considerada como o divisor de água entre o antes e o depois da piscicultura, com a produção de alevinos de espécies regionais para atender parte da demanda dos produtores rurais que desejavam iniciar seus primeiros trabalhos de piscicultura em suas propriedades rurais.
ESTAÇÃO DE PISCICULTURA
No período de 1989 a 2010 a Estação de Piscicultura de Porto Velho, construída com recursos do Governo Federal, em Convênio de Cooperação Técnica assinado entre a SUDEPE (extinta) e Governo do Estado de Rondônia, através da então SEAGRI-RO, funcionou e ofereceu alguns resultados satisfatórios aos piscicultores de Rondônia, e aferiu significativos lucros e benefícios financeiros a um grupo privado, numa concessão irregular, de forma arranjada por padrinhos políticos, aferindo vantagens financeiras aos apadrinhados terceirizados, até ser totalmente alagada pelas águas do rio Madeira, em consequência das obras da Santo Antônio Energia S.A
CARECE UMA INVESTIGAÇÃO
‘Onde existe fumaça tem fogo” e no caso da Estação de Piscicultura de Porto Velho, esta máxima não deve fugir à regra geral. A Estação de Piscicultura de Porto Velho foi alagada pelas água do rio Madeira, como consequência das obras da UHE Santo Antônio e é muito comum se ouvir a pergunta: ‘por que o Estado não cobrou e devida indenização por estes danos ambientais causados com as obras hidrelétricas quando isto é passível de ressarcimento, com a devida reparação dos danos causados?
POR QUE ESTAMOS EXUMANDO ESTE CADÁVEL
Não seria muito difícil se o Ministério Público investigasse qual o verdadeiro motivo que levou o Estado a se omitir em cobrar a reposição de uma obra construída com recursos do Governo Federal e de suma importância para atender as necessidades de produção de alevinos para fortalecer a piscicultura no estado de Rondônia.
OS ABUTRES SE LOCUPLARAM
É realmente uma manobra macabra o que ocorreu com a Estação de Piscicultura de Porto Velho, que após tanta luta do então Governador Jerônimo Garcia de Santana, com diversas idas a Brasília e de gestões políticas para tal fim, com a participação da SUDEPE – quando tivemos a oportunidade, na época, na condição de Coordenador da Agência Regional da SUDEPE de Rondônia — participar em todos os estágios da elaboração do Projeto-Técnico e Arquitetônico, da concepção, das negociações políticas, até de sua ‘gestação’, da implementação e operacionalização dos primeiros passos da mencionada Estação de Piscicultura de Porto Velho e, depois, ver os abutres se locupletarem e darem um triste fim. Isto é lamentável.
QUAIS OS BENEFICIÁRIOS DA INDENIZAÇÃO
Mediante o exposto, se tornaria muito interessante que o Ministério Público Federal, com o apoio da Polícia Federal, investigasse, com rigor, para detectar os verdadeiros motivos que levaram a tanto descaso com uma obra pública que se aplicou um investimento de milhões de reais e de sua importância para o desenvolvimento e consolidação da piscicultura de Rondônia. É bem provável que alguém se beneficiou com este SILÊNCIO. Em última instância, em caso contrário, no mínimo o Estado seria beneficiado com a construção de uma nova infraestrutura – Estação de Piscicultura, como contrapartida pelos danos ambientais.
PISCICULTURA TEM MAIORIDADE
Após 38 anos de atuação em Rondônia, a piscicultura atingiu a sua maioridade e apesar de muitos acertos e tropeços esta atividade alcançou um lugar de destaque, em níveis regional e nacional, quando segundo projeções de estatísticas do próprio Governo Estadual, na safra de 2014/2015, atingira o volume de produção de pescado na ordem de 100 mil toneladas.
CARÊNCIA DE TECNOLOGIA
O setor primário do estado de Rondônia tem carência de tecnologia alternativa para fortalecer as pilastras de sua cadeia produtiva e a aquicultura é um segmento que tem um potencial plural — ao considerar que a piscicultura de Rondônia desponta como uma atividade promissora, com uma produção de pescado em torno de 100 mil toneladas, safra 2014/2015, de acordo com projeções de estatísticas oficiais do Governo, e com deficiência de infraestrutura física para produção de insumos básicos, como alevinos, ração e gelo e agravada com a carência de gestão, em nível governamental.
PILOTO AUTOMÁTICO
Mediante o exposto, pode-se concluir que a atividade da piscicultura desenvolvida no estado de Rondônia se desenvolve liga no ‘piloto automático’, apesar da ausência de planejamento estratégico, por ineficiência da utilização de políticas publicas e de ausência de gestão deste tão importante segmento da economia regional — e não ter contado com o apoio de organismos responsáveis para tal, ao lono dos anos, tais como o Ministério de Pesca e Aquicultura – MPA (extinto em 2015) que sempre teve uma administração pífia, em Rondônia, e sem uma política estadual de pesquisa, fomento, extensão e de desenvolvimento sustentável para este setor.
RONDÔNIA NO CICLO DO CAMARÃO
Neste Curso Prático: Criação de Camarão na Amazônia que será ministrado em Porto Velho, capital de Rondônia, como iniciativa do CREA-RO e IBAPE-RO, e com o apoio do Sistema FECOMÉRCIO e Sistema OCB/SESCOOP, que se realizará no período de 28 a 31 de março – e 1 e 2 de abril de 2016, na cidade de Porto Velho, quando os participantes do evento terão oportunidades em apreender as técnicas de preparação e implementação de um Projeto de Criação de Camarão, em sua propriedade, através de aulas teóricas e práticas, difundidas por profissionais com graduação em Engenharia de Pesca, com Especialização e Mestrado em piscicultura e carcinicultura (peixe + camarão) e com Doutorado em Produção Animal.
QUALIFICAÇÃO SOBRE CAMARÃO
Este evento será diferente dos demais ministrados anteriormente: após a conclusão do Curso Prático: Criação de Camarão na Amazônia os participantes deste evento terão a oportunidade em conhecer os principais Projetos do Pólo Camaroeiro do estado do Ceará, especificamente nos municípios de Aracati e Jaguaruana, e conhecer, ‘in loco’ os maiores Projetos de Carcinicultura ali desenvolvidos, utilizando-se as mais diversas técnicas de reprodução de pós-larvas do camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei), de recria, de engorda, de beneficiamento, de conservação, de acondicionamento e de comercialização.
RESPOSTA DA CRIAÇÃO DE CAMARÃO
Para que o prezado leitor tenha uma ideia da viabilidade econômica do cultivo de 1,0 ha de camarão da espécie camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei), podem-se mostrar os seguintes cálculos: com um 1,0 ha de cultivo de camarão do Pacífico, no período de 95 dias, se pode produzir 4.000 kg, com o peso médio de 14 g e comercializado a R$ 30,00/kg, totalizando uma receita bruta em torno de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais). Como a carcinicultura (criação de camarão) o produtor pode atingir até três (3) safras/ ano, conclui-se que em 1,0 ha de cultivo de camarão desta espécie mencionada, se pode obter uma receita bruta anual em torno de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais). Temos que considerar os Custos de Produção = Custos Fixos e os Custos Variáveis para se obter esta produção. Neste caso, estes custos para o cultivo do camarão do Pacífico em Rondônia giram em torno de 35% (segundo o meu amigo Eng° de Pesca Ricardo Lincoln Barreira estes custos seriam um pouco mais), digamos 50%, e ainda, assim, aferindo ao produtor uma receita líquida de 50%, isto é: de R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais)/ano).
PENSAMENTO DO MÊS
A carcinicultura é uma realidade irreversível no estado de Rondônia, mesmo contrariando interesses de uma minoria que não tem compromisso com Rondônia e, nem tampouco, com o bem estar, promoção socioeconômico do produtor rural e dos piscicultores que sofrem com a deficiência e a má gestão de políticas públicas direcionadas para o setor aquícola.
Para participar deste evento:
CURSO PRÁTICO DE CRIAÇÃO DE CAMARÃO NA AMAZÕNIA que está sendo programado para ser realizado no período de 28 a 31 de março – 1 e 2 de abril de 2016, com inscrições na Sede do CREA-RO, sito à Rua Elias Gorayeb, nº 2596, Bairro Liberdade – CEP 76.803-903, no horário de 07h:30 às 14h:00 min.
Você, com certeza, estará fazendo o melhor investimento de toda a sua vida.
Não pense duas vezes: Ligue para (69) 9919-8610; (69) 2182-1095;
(69) 9268-1360.
Para maiores informações, fazer contato através de: WhatsApp (69) 9220-9736, falar com Antônio de Almeida ou WhatsApp (69) 9200-8124, falar com Luisa Cabral.
VAGAS LIMITADAS.
FAÇAM TODOS, AGORA, BEM RÁPIDO, SUAS INSCRIÇÕES.
Antônio de Almeida Sobrinho tem Graduação em Engenharia de Pesca – UFCE; Pós-Graduação pela FAO e UFRPE em Tecnologia do Pescado; Pós-Graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira – UNIR-RO e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente – UNIR.
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