Terça-feira, 10 de setembro de 2013 - 19h38
Estação de Piscicultura de Porto Velho
█ A Central de Produção de Alevinos de Porto Velho – CPA foi concebida através da elaboração do Projeto Técnico-Arquitetônico e inaugurada com o título de Estação de Piscicultura de Porto Velho, em 1989, pelo então Governador do Estado de Rondônia Jerônimo Garcia de Santana.
█ Com a inauguração da mencionada Estação de Piscicultura do Porto Velho, nos idos de 1989, tornou-se materializado um antigo sonho de centenas de colonos e de produtores rurais que desenvolviam trabalhos de agricultura no estado de Rondônia e que por aqui chegaram com bastante experiência em piscicultura, adquiridas em seus estados de origens, e, ao iniciarem os trabalhos de agropecuária, no âmbito da criação de gado bovino de leite e de corte, construíram pequenas e médias barragens para atender as necessidades de água para os animais e estas coleções de águas ficavam aptas e improdutivas, podendo muito bem serem utilizadas para a criação de peixes, bem longe de se criarem cobras e lagartos, culminando com a solução de problemas e geração de crime ambiental para a ictiofauna e ao meio ambiente.
█ A Estação de Piscicultura de Porto Velho teria que ser gerenciada no formato de parceria ou em comodato — mas não foi: utilizaram a forma mais simples e, ao mesmo tempo, a mais complicada — a da amizade, a que melhor atendesse a conveniência dos beneficiários.
█ Teria que ser uma entidade não governamental e idônea e isto não ocorreu. O Governo de Rondônia, através da então SEAPES-RO, antes e depois SEAGRI-RO, entregou de mão-beijada, negócio de mãe para filho, para ser explorada por terceiros, como se forme o “Bordel da Mãe Joana” aos “noviços espertos”, que utilizaram esta unidade construída com recursos do erário público, com a justificativa de que parte da produção de alevinos seria doada a SEAGRI-RO, para atender as necessidades dos produtores rurais de Rondônia, quando, na verdade, seus gestores aferiram lucros pessoais significativos, durante mais de vinte anos, em detrimento do poder público e das necessidades dos produtores rurais.
█ Com a justificativa em ter compromisso com o estado de Rondônia e necessitar de kow-how tecnológico sobre reprodução induzida de espécies de peixes regionais, através de amizades pessoais — nós (leia-se este articulista) viabilizamos a qualificação técnica para dois destes profissionais realizarem cursos de especialização e de aperfeiçoamento, em desova induzida de tambaqui, junto à Estação de Aquicultura do CEPTA/IBAMA, na cidade de Pirassununga-SP, por um período de 120 dias, e na Estação de Piscicultura do Estado do Acre, na cidade de Rio Branco, por 30 dias, respectivamente, a custo praticamente zero para estes beneficiários.
█ A Estação de Piscicultura de Porto Velho foi explorada, sugada, abusada e maltratada, sem manutenção, até bem recentemente, quando por conveniência da Santo Antônio Energia S.A os “pseudos proprietários” abandonaram e fizeram a gentileza em socorrer toda infraestrutura física, como materiais, equipamentos e tudo que tinha de valor, para atender outras necessidades particulares de um seleto grupo de aproveitadores e que se o Governo não acionar judicialmente e cobrar a devolução de tudo que fora desviado, na forma da lei — pode esquecer e até nunca mais.
█ Nestas entrelinhas, qualquer pessoa com um mínimo de censo crítico e com raciocínio lógico pode concluir que para qualquer cachorro que roa um osso carnudo fazer uma nova opção em soltar este apetitoso alimento e ficar a rosnar isto é bem muito provável que nunca ocorra, exceto que haja uma compensação bem mais gratificante — como ter que receber em troca alguma compensação e, em caso de um bom entendimento, este normalmente pode ter nome e sobrenome e até se chamar de INDENIZAÇÃO GORDA. Nós, cooperados da COOMAPEIXE, queremos saber quem foi e quanto foi pago por esta indenização? O Ministério Público vai ter a resposta, muito breve.
█ Através da internet e dos facebook’s da vida se tem notícias de que ao abandonarem ou serem convidados a se retirarem às pessas — pois se demorassem algum tempo a mais estes seriam alagados pelas águas do rio Madeira — em decorrência das obras da UHE Santo Antônio, e preocupados com os equipamentos que poderiam se perder os “espertos e pseudos proprietários” da mencionada Estação de Piscicultura deixaram centenas de alevinos e de matrizes da espécie tilápia serem alagados, carregados e fugirem para o leito do rio Madeira, — uma espécie exótica, proveniente do rio Nilo, na África, com restrição pela legislação pesqueira da região amazônica, que estes comercializavam, ao invés de produzirem alevinos e cumprirem com o acordo firmado com o Estado e, assim, atender as necessidades dos produtores rurais de Rondônia.
█ Visto pela ótica ambiental, pode-se projetar que num futuro bem próximo estas centenas de exemplares de peixes exóticos, que segundo se noticiou através da internet, poderão comprometer e alterar a ictiofauna da bacia hidrográfica do rio Madeira e de tributários, a exemplo do recente caso da espécie jaraqui — que de tanto proliferar nas águas da República da Bolívia tem colocado em risco a ictiofauna da bacia hidrográfica daquele país fronteiriço, ocasionado com um caso bem mais simples do que este agora divulgado com a espécie exótica do rio Nilo, da África, e, ainda, submeter a Santo Antônio Energia a mais um constrangimento de cunho ecológico — podendo ser responsabilizada por cometer uma verdadeira catástrofe ambiental, em conformidade com a legislação ambiental vigente.
Prezados amigos e leitores, na próxima edição de ESPINHA NA GARGANTA daremos continuidade a este assunto e falaremos porque a ESTAÇÃO DE PISCICULTURA DO ESTADO DE RONDÔNIA, nos moldes da ESTAÇÃO DE PISCICULTURA DE BALBINA, no estado do Amazonas, não foi construída em Rondônia. Aguardem!!!
Tenham todos um bom dia.
Antônio de Almeida Sobrinho é colaborador dos seguintes portais:
www.gentedeopiniao.com.br; www.emrondonia.com.br; www.rondonoticias.com.br
Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, Pós-Graduação pela FAO em Tecnologia do Pescado, Pós-Graduação pela UNIR-RO em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira, Mestrado pela UNIR-RO em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e Conselheiro de Administração do SESCOOP/OCB-RO, período 2013/2017.
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