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Antônio de Almeida

Governo Temer na corda bamba: Mandato por um fio


 
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                                   Presidente Michel Temer na Corda Bamba



De acordo com a atual conjuntura política e se levando em consideração a avaliação atual dos governistas — que fazem parte da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ), ainda não será desta vez que o presidente Michel Temer será afastado do cargo de presidente da República Federativa do Brasil.

O primeiro teste de resistência para o presidente Michel Temer ocorreu há exatamente 30 dias, após se livrar de cassação e ser absorvido pelo gongo, e, ao mesmo tempo, também, levar de contrapeso a elegibilidade e salvar a pele da ex-presidente Dilma Rousseff, através de um voto de Minerva,  generosamente concedido pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, com um plenário composto por 7 ministros: com  3 ministros do Supremo Tri0bunal Federal (STF), por 2  ministros do Tribunal Superior Eleitoral (Juri - TSE) e 2 ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) — que compõem o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),  durante a votação do julgamento de cassação da chapa Dilma-Temer, acusada de abuso de poder político e econômico, no período de 8 a 10 de junho de 2017.

Nesta segunda prova de resistência, o presidente Michel Temer é acusado de corrupção passiva, de acordo com uma denúncia da Procuradoria-Geral da República, na pessoa de seu titular, ministro Rodrigo Janot, que acusa o presidente Michel Temer “como destinatário final de uma mala contendo propina de R$ 500.000,00 (Quinhentos mil reais) e de uma promessa de outros R$ 38 milhões em vantagens indevidas, ambas da empresa JBS”.

Quando o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, (CCJ) Deputado Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) escolheu o Deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) como Relator  deste  Processo de afastamento do presidente Michel Temer, junto à CCJ da Câmara, todos já sabiam da posição independente deste parlamentar, e como de fato isto se comprovou, neste dia 10 de julho do corrente, ao ler o seu Relatório e votar a favor da do Processo,  enquanto nos bastidores se comentam sobre a ligação do presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ, com o agora Relator do Processo, junto à CCJ da Câmara dos Deputados, e sobre o “pseudo neutralismo” do presidente da Câmara que vem se portando com neutralidade durante o início dos trabalhos, de acordo com o rito pré-estabelecido pela Constituição Federal de 1988, como primeiro na lista da linha sucessória da presidência da República,  em caso de afastamento do presidente Michel Temer.

Como a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) é composta por 66 Membros Titulares e 66 Membros Suplentes, e o Governo tem intensificado sucessivas reuniões com parlamentares das duas alas — titulares e suplentes — quando tem ocorrido inúmeras substituições de membros titulares por suplentes, à revelia e em consenso,  como mecanismo para assegurar a maioria simples de votos, de 34 votos pró-governistas para rejeitar a admissibilidade do Relatório, implicando, assim, em seu arquivamento definitivo,  na votação a partir da próxima quarta-feira, 12, quando retornarão a se reunião em sessão junto à CCJ da Câmara dos Deputados.   

A insatisfação promete aumentar por parte de Membros Titulares da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)  que foram substituídos por Membros Suplentes, à revelia, segundo alguns desabafos acirrados, veiculados na mídia eletrônica neste dia 10 de julho, quando estes parlamentares preteridos da titularidade, realizados por seus respectivos partidos, estão acusando os caciques políticos e o Planalto em estarem  realizando permutas de votos em troca de benesses e de apoios políticos, por liberações de Emendas Parlamentares — e de outras práticas não republicanas, tudo isto como poder de barganha para salvar o afastamento do presidente Michel Temer da Presidência da República.

De uma coisa o Planalto está muito preocupado — é com o tempo — e por isso tem pressa para que a votação na CCJ da Câmara ocorra o mais rápido possível, a toque de caixa, antes que a oposição acorde e coloque o ‘BLOCO NAS RUAS’ e a população insatisfeita, que hoje é a maioria, acrescida com os 14.000.000 – quatorze milhões de brasileiros desempregados — saiam às ruas e voltem a pintar suas caras de verde, amarelo e azul, e até de vermelho, com nariz de palhaço, e passem a falar em alto e bom som o tradicional  ‘Fora Temer!’,  ‘Fora Temer!’ e com a palavra de ordem para que os Membros da CCJ da Câmara dos Deputados votem a favor da admissibilidade do Processo de Cassação do presidente Temer e afastá-lo, definitivamente, do cargo de presidente da República.

O governo do presidente Michel Temer está na ‘CORDA BAMBA’, quando  tem o ‘MANDATO POR UM FIO’, e se segurando até o presente momento, com perspectivas de salvação, até esta data, e se demorar muito, aí a onça não terá mais água para beber e até a vaca ficará atolada na lama, de tanta corrupção que se transformou o Brasil.

Façam todos suas apostas!

Vou fazer um prognóstico: se a votação ocorrer num tempo hábil, o Governo terá chances reais em atingir os 34 votos necessários para rejeitar a admissibilidade do Processo de afastamento do presidente Michel Temer, junto à CCJ da Câmara.

Como a oposição está tentando retardar o processo de votação, a fim de agravar a situação e aumentar o degaste do Governo, junto à opinião pública, aí o quatro pode se agravar e os votos de hoje pró-Governo poderão se transformar em tiro de inimigo, no amanhã.


Em assim sendo, o presidente da Câmara, Deputado Federal Rodrigo Maia, se transformará no próximo presidente da República, no período de 180 dias, e, depois, teremos eleições que podem ser Indiretas ou Diretas já, de acordo com o andar da carruagem.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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