Não é todo dia que alguém tem a ousadia em anunciar que ‘O BARCO DA REPÚBLICA ESTÁ AFUNDANDO’ numa alusão nítida e conclusiva à República Federativa do Brasil, no limiar de uma das piores crises econômica, política, institucional e social de todos os tempos da história do Brasil, com a comprovação de desmandos administrativos e éticos, incompatíveis com as posturas exigidas para ocuparem cargos em todos os níveis do poder, assim descritos:
· estagnação da economia — tendo como consequências a implementação de políticas equivocadas e inadequadas à realidade do país;
· apodrecimento das estruturas políticas — quando a maioria da classe política composta por políticos de diversas siglas partidárias que compõem os poderes Executivo e Legislativo e que estão sendo investigados, denunciados e condenados, em sua maioria, pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público Federa (MPF) e presos por corrupção ativa, passiva e formação de quadrilha;
· institucional — quando membros do Poder Judiciário, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Supremo Tribunal Eleitoral (STE) não estão alinhados e atuam em sentido contrário e em desacordo com dispositivos constitucionais e de acordo com interesses outros, tendo como exemplos recentes:
i) o desmembramento da votação do Impeachment da então presidente Dilma Rousseff, em 31 de agosto de 2016, que culminou com o Impeachment da presidente da República e a preservação de seus direitos políticos, sessão esta presidida pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski e pelo presidente do Senado, Senador Renan Calheiros;
ii) a votação arranjada entre Procuradoria Geral da República (PGR) e caciques políticos (apadrinhados do Senador Renan Calheiros), neste último 8 de dezembro de 2016, quando a PGR tornou improcedente o afastamento do presidente do Senado, Senador Renan Calheiros, após se tornar réu em processo de corrupção, por desvio de recursos públicos, incompatível para ocupante de cargo que faça parte da linha sucessória da Presidência da República, e conseguiu operar um milagre: fazer um omelete sem quebrar os ovos. Manteve o presidente do Senado, Senador Renan Calheiros no cargo, e retirou o Senado da República da linha sucessória da Presidência da República.
· Social — quando a população brasileira, hoje, com 206. 817.235 pessoas (dados do IBGE-12/12/2016) está vivendo um verdadeiro pesadelo e um caos social, com uma taxa de desemprego na ordem de 11,8% — fruto de políticas econômicas recessivas, com mais de 12 000 000 (com doze milhões de pessoas desempregadas) e sem meios para manter o sustento de suas famílias; com uma inflação desenfreada que esmaga o poder de compra do assalariado, progressivamente; aumento considerável da insegurança pública, onde o estado o os municípios se tornaram impotentes para assegurar a integridade física do cidadão e de sua família; ausência de políticas públicas capazes de oferecer à população a produção de alimento, geração de emprego e renda, segurança alimentar e inclusão social.
BENEFICIÁRIOS DO CAIXA 2
Com o desfecho da Operação Lava Jato, quando os delatores estão revelando a lista de beneficiários de PROPINA DE CAIXA 2, com uma relação de políticos que receberam, direta e indiretamente, recursos financeiros para as eleições de 2010 e de 2014, passando por diversos níveis da administração pública, na seguinte ordem: presidente da República; ex-presidente da República; presidente do Senado; ex-presidente do Senado; presidente da Câmara dos Deputados; ex-presidente da Câmara dos Deputados; Ministros de Estado e ex-Ministros;Governadores e ex-Governadores; Senadores e ex-Senadores; Deputados Federais e ex-Deputados, dentre outros.
FUTURO INCERTO
Não se pode prever ou estimar o que possa ocorrer nas próximas horas quando novas revelações serão divulgadas e novas manifestações deverão ser anunciadas como respostas naturais à insatisfação da população que não mais aguenta a conviver com os níveis de corrupção que a toda hora são revelados, ao vivo e a cores, na mídia brasileira falada, escrita e televisada.
MUDANÇA RADICAL
Para que ocorra, de fato, melhorias significativas na qualidade de vida da população mudanças radicais devam ser feitas, a curto e médio prazos, para que os brasileiros voltem a respirar o oxigênio da esperança e os eleitores passem a visualizar a luz da esperança e passem a acreditar nos candidatos escolhidos e eleitos e que estes estejam realmente defendendo as instituições públicas e evitando que estas sejam saqueadas — a exemplo do que fizeram com a PETROBRAS, com os CORREIOS, com a ELETROBRAS e tantas outras —, e que os que ocupam cargos eletivos defendam os interesses da população, combatam os corruptos, diuturnamente, a qualquer custo.
CONTRAPONTO DO IMPEACHMENT
Quando fora aberto o processo de Impeachment e consequente afastamento provisório da então presidente Dilma Rousseff eu fiz eco ao coro FORA DILMA!!! FORA DILMA!!!.
A maioria da população brasileira esteve a favor do afastamento definitivo da presidente da República Dilma Rousseff por Crime de Responsabilidade e por seu conjunto da obra — por seu despreparo político; falta de habilidade no trato com a coisa pública e política; implementação de políticas públicas equivocadas, assistencialistas, paternalistas e eleitoreiras; faltar com a verdade sempre que se dirigia ao povo; prometer e não cumprir e defender o indefensável.
MINISTROS AFASTADOS
Neste sentido, fiz questão em registrar aqui neste espaço minhas convicções por tal gesto. Por outro lado, documentei, também, a minha preocupação com a formação do quadro ministerial do então vice-presidente Michel Temer quando passou a indicar diversos políticos com citações em Delações Premiadas, como beneficiários de Propinas provenientes de Caixa 2, e em sua maioria com procedência de operações fraudulentas, em contratos com a PETROBRAS, quando prevíamos que mais cedo ou mais tarde todos estes auxiliares próximos ao presidente Interino Michel Temer seriam afastados, com desgastes e profundas sequelas para o Governo recém-empossado.
MINISTROS NA LAVA JATO
Neste mesmo texto aqui apresentado, tivemos uma posição contrária de que o presidente interino, então vice-presidente Michel Temer, não indicasse para o seu ministério políticos com citações de denúncias na Operação Lava Jato. Dito e feito. O Governo do presidente Michel Temer já sofreu uma baixa de seis (6) ministros, por denúncias de corrupção e embates pessoais — como acabamos de presenciar o escabroso escândalo entre dois membro do Governo do presidente Michel Temer: Geddel Vieira Lima (Ministro da Secretaria de Governo) e Marcelo Calero (MinC), com um bate-cabeça de cunho pessoal e que envolve interesses particulares — como dois jogadores do mesmo time que brigam em campo e acabam por serem ambos expulsos pelo juiz.
TOLERÂNCIA ZERO
Por que a população não aguenta mais trabalhar para eleger os seus candidatos?
O porquê é muito fácil de ser explicado:
O eleitor escolhe o seu candidato. Trabalha e vota para colocá-lo no poder e, depois, ver seu nome na lista dos corruptos — que roubaram o erário público, se locupletaram com milhões de recursos financeiros provenientes do seu imposto pago com tanto sacrifício, de seu mísero salário, e o fruto da corrupção servirá para bancar as mordomias e as fanfarras milionárias de políticos corruptos e das ‘gastanças’ de madames aproveitadoras, exigentes e luxuosas.
REFORMAS IMPOPULARES
As reformas anunciadas pelo Governo do presidente Michel Temer, principalmente a Reforma da Previdência Social, estão mal debatidas, não tem convencido à classe trabalhadora e tem causado revolta e indignação a maioria dos trabalhadores, quando retira garantias conquistadas da classe trabalhadora e nivela o período de aposentadoria entre homens e mulheres e prorroga o tempo de contribuição para 65 anos de idade e de 49 anos de contribuição, para ambos.
CARROÇA NA FRENTE DO CAVALO
O Governo do presidente Michel Temer terá que ser rápido no gatilho e promover, com urgência, uma reforma ministerial, uma vez que a insatisfação popular já atingiu patamares insustentáveis da população, atingira a algumas alas políticas alinhadas ao Governo e esta onda de insatisfação popular vem causando algumas marolas aos grupos aliados do congresso nacional — que mais cedo ou mais poderão comprometer e impedir a implementação de reformas constitucionais, com o comprometimento da governabilidade e culminar no agravamento da crise institucional e, consequente, impedimento do governo, com necessidades de eleições indiretas para presidente — para concluir o mandato que terminará com a próxima eleição e posse do presidente eleito pelo voto popular.
RÁPIDO NO GATILHO
O Governo do presidente Michel Temer terá que ser rápido no gatilho e promover, com urgência, uma reforma ministerial, uma vez que a insatisfação popular já atingiu patamares insustentáveis da população, atingira a algumas alas políticas alinhadas ao Governo e esta onda de insatisfação popular vem causando algumas marolas aos grupos aliados do congresso nacional — que mais cedo ou mais poderão comprometer e impedir a implementação de reformas constitucionais, com o comprometimento da governabilidade e culminar no agravamento da crise institucional e, consequente, impedimento do governo, com necessidades de eleições indiretas para presidente — para concluir o mandato que terminará com a próxima eleição e posse do presidente eleito pelo voto popular.
O PORQUÊ DO PENSAMENTO
Se o povo não tem razão e não sabe o quer, como pensam alguns políticos, quem poderá falar por todos para amenizar suas agruras, minimizar suas mazelas, provenientes da má gestão e do descaso da classe política dominante, para erradicar a corrupção que transforma um pais rico e potencialmente produtivo como o Brasil em uma nação que atravessa a maior crise econômica, política, institucional e social, sem precedentes em toda sua história?