Eduardo Cunha atrás das grades.
De acordo com o livro A ARTE DA GUERRA, um tratado de estratégias militares, em 13 Capítulos, escrito no século IV a.C, pelo estrategista militar, cujo nome ficou famoso no mundo das guerras como SUN TZU, considerado por muitos como a Bíblia da Estratégia.
Esta obra de cunho estratégico foi difundida e adotada em todos os continentes, com sucesso no mundo dos negócios, convencendo pessoas e mercados, tornam-se indispensáveis que para se chegar ao alvo de uma operação todos os obstáculos sejam conhecidos e removidos, por ordem de grandeza, até tornar visível a crista e sem alternativas para recuo ou fuga do adversário.
Atrás das grades, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), agora, pássaro preso, irá, sem dúvidas, querer abrir o bico e sacudir suas asas, muito breve, e propor ao Ministério Público Federal fazer uma Delação Premiada, em troca de redução de pena e de prisão domiciliar.
Em assim sendo, a República será virada de ponta cabeça e voará pena por todos os lados, se assemelhando a um galinheiro após sofrer um ataque fulminante de vários gambás, que no conhecimento popular são chamados de mucuras (Didelphis aurita).
Quando o QG na Operação Lava Jato, comandado pelo Juiz Federal Sérgio Moro, publicou o edital determinando efetuar a prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados e ex-deputado Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ele tinha consciência de que o ex-parlamentar não ofereceria nenhum risco as investigações, até porque tudo que a PF queria saber sobre as espertezas deste político, de mil e uma proezas, já foram investigados, no decorrer do processo de sua cassação.
Entende-se, perfeitamente, a estratégia desta prisão, por várias razões, exceto esta divulgada neste 19 de outubro. De acordo com o entendimento do Ministério Público Federal ‘a liberdade de Cunha poderia colocar em risco a instrução do processo e a ordem pública’.
Para o MPF ‘destacam ainda o perigo de o deputado afastado fugir do país por ter recursos ocultos no exterior e dupla nacionalidade ( italiana e brasileira)’.
Com a prisão de Eduardo Cunha, o Delegado Federal Sérgio Moro matou três coelhos com uma única cajadada:
· no primeiro momento, retirou de circulação um político habilidoso, maquiavélico e estrategista político, com uma trajetória de décadas de vitórias, de peripécias, de denúncias de corrupção, ativa e passiva, respeitado por seus aliados e adversários e por desviar milhões de reais dos cofres públicos;
· por outro lado, em provar que as denúncias e prisões provenientes da Operação Lava Jato não são seletivas, como insistem em acusar os partidários e ferrenhos defensores do Partido dos Trabalhadores (PT);
· no terceiro, a prisão preventiva do ex-deputado Eduardo Cunha tem caráter indeterminando, teoricamente, e podendo cumprir esta pena em regime fechado, sem regalias, e ser complementado com o tempo que for necessário de cumprimento de pena, proveniente no pós-julgamento.
Na Arte da Guerra é considerado prioridade a importância da simulação: “uma operação militar envolve simulação. Mesmo sendo competente, mostra-se incompetente. Embora eficiente, aparenta ser ineficiente”. É como o Tao-Te King recomenda: “Quem tem muita habilidade mostra-se inapto. O elemento surpresa é tão necessário para a vitória”.
A Arte da Guerra passa a analisar a importância fundamental da simulação.
LULA É O ALVO DO TIRO
Como estrategista em suas investigações e nas condenações e execuções ‘de seus clientes delinquentes’, o Juiz Sérgio Moro utiliza a prisão do ex-deputado Eduardo Cunha como uma lubrificação e amortização para chegar, naturalmente, à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva -- tão esperada por seus opositores e detestada por seus seguidores --, a fim de completar o conjunto de sua obra, que é a de por atrás das grades os principais infratores e inimigos do Brasil -- que se apropriaram de forma covarde e oportunista de recursos do erário público, em detrimento do povo brasileiro, tendo como alvo principal o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na ótica do MPF é o inimigo NÚMERO UM do Brasil.
O próprio ex-presidente Lula tem plena consciência de que mais cedo ou mais tarde terá sua prisão preventiva decretada pelo Juiz Federal Sérgio Moro e que seus aliados têm que entender que todos são iguais, de acordo com dispositivos da Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988.
Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)