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Antônio de Almeida

PISCICULTURA FAAARTA


█ Com o advento da criação do estado de Rondônia e, consequente, incentivo de sua colonizaçãoatravés do Governo, um significativo número de produtores rurais do sul, sudeste e nordeste do País, migrou para o novo Estado, trazendo consigo a tradição agrícola e alguma experiência em criação de peixes.

█ A maioria destes colonos se instalou ao longo da BR—364, distante de rios piscosos, e passaram a construir pequenas, médias e grandes represas para armazenar água para atender a demanda da criação do rebanho bovino e, posteriormente, através de orientações técnicas da então ASTER-RO, hoje, EMATER-RO, passaram a desenvolver os primeiros cultivos de peixes em suas propriedades para atender as necessidades da família e, depois, passaram a comercializar o excedente da produção de pescado para atender outros centros consumidores de distritos vizinhos e do entorno da região.

█ Através da elaboração, legitimação, publicação e implementação do Sistema de Produção para Criação de Tambaqui em Rondônia, 1991, através da EMATER-RO, EMBRAPA e SEAGRI-RO, quando o serviço de ATER – Assistência Técnica e Extensão Rural passou a intensificar os trabalhos de piscicultura em Rondônia — podendo-se, no entanto, concluir que a piscicultura atingiu ao patamar que chegou graças à força empreendedora de alguns conhecimentos técnicos adquiridos por estes colonos, em seus estados de origens; com esforço próprio do produtor rural, que teve a iniciativa em implementar os primeiros viveiros de peixes em suas propriedades, com recursos próprios e, depois, financiados por agentes financeiros da região; da ação revolucionária do associativismo e do cooperativismo; do apoio logístico das prefeituras municipais e do incentivo do Governo Estadual.

█ Para que o Governo do estado de Rondônia incentive o crescimento da piscicultura torna-se necessário se fazer uma avaliação do atual estágio de produção de pescado, através de um Diagnóstico Estatístico, quando o Governo teria a sua disposição um diagnóstico real da atual situação desta atividade e, ao mesmo tempo, passaria a dispor das necessidades e dificuldades do setor aquícola, mostrando claramente os prós e os contras do setor aquícola, com ênfase especial para os pontos de estrangulamentos da atividade e suas possíveis equacionamentos e soluções.

█ É lamentável quando nos deparamos com Estatísticas da Produção de Pescado do estado de Rondônia sendo divulgados na mídia nacional, sem nenhum critério técnico, proveniente da piscicultura, na base do ‘achismo’, e, não temos dúvida, de que tudo isto está ocorrendo com a aproximação das eleições, sendo, portanto, com cunho eminentemente eleitoreiro. Neste sentido, estamos anunciando, em primeira mão, que estamos fazendo um trabalho em nível estadual para termos com precisão de estatística-matemática, um Diagnóstico da Piscicultura do Estado de Rondônia, a exemplo do que foi realizado no ano de 2001, (o único até então realizado) com critério técnico, cujos resultados foram publicados no Livro: AQUICULTURA NO BRASIL, com apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia, CNPq, Funep e UNESP – Centro de Aquicultura, sendo este articulista como responsável técnico pela elaboração da Estatística da Aquicultura do Estado de Rondônia.

█ Após a realização e conclusão deste Diagnóstico Estatístico que estaremos realizando, com início previsto para esta segunda quinzena de maio e conclusão após os jogos da Copa do Mundo, quando nós iremos mostrar os resultados destes estudos e que deverão ser publicados no Livro AQUICULTURA DE RONDÔNIA: Bases para o desenvolvimento sustentável — que estaremos publicando, com recursos próprios, quando este trabalho estará sendo implementado com apoio de entidades governamentais e não governamentais, quando estaremos mostrando os pontos críticos e de estrangulamento da piscicultura, bem como as incongruências, omissões e não verdades do setor aquícola do estado de Rondônia.

 █ Hoje, atuando junto ao setor aquícola do estado de Rondônia e com um determinado e suficiente conhecimento, ao considerarmos um trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo  dos  caminhos trilhados nestes últimos 35 anos de dedicação profissional — se pode afirmar com todas as letras — sem medo de errar, que em Rondônia a piscicultura é FAAARTA porque:

FAAARTA planejamento estratégico para desenvolver a piscicultura;

FAAARTA diretrizes para desenvolver à piscicultura;

FAAARTA políticas públicas para desenvolver à piscicultura;

FAAARTA gestão pública para coordenar à piscicultura;

FAAARTA tecnologia para verticalizar a produção pesqueira;

FAAARTA vontade política para apoiar à piscicultura;

FAAARTA técnicos em quantidade para assistir á piscicultura;

FAAARTA técnicos qualificados para capacitar os piscicultores;

FAAARTA assistência técnica de qualidade para assistir à piscicultura;

FAAARTA insumos básicos para apoiar à piscicultura;

FAAARTA ração de qualidade e preços justos para atender a demanda da piscicultura;

FAAARTA preço mínimo para comprar a safra de pescado;

FAAARTA energia subsidiada para incentivar à piscicultura;

FAAARTA armazéns para armazenar a produção;

FAAARTA transporte para transportar a produção;

FAAARTA mercado para comercializar a produção. 

PENSAMENTO DA SEMANA

Quando o governador Confúcio Moura escolheu o slogan Governo da Cooperação o cooperativismo do estado de Rondônia aplaudiu de pé esta iniciativa governamental — pensando, não temos dúvidas, que os elos de toda a cadeia iriam receber apoio integral e as cooperativas e seus cooperados iriam ser apoiados com todas as letras. Com o passar do tempo, se constatou que ao invés do apoio do Governo ocorreu um descaso e uma rígida e covarde retaliação com a diretoria da COOMAPEIXE – Cooperativa Mista e Aquícola do Estado de Rondônia, afetando parte de seus cooperados  que, num piscar de olhos, viu os seus dezoite (18) Projetos ITACPP elaborados caírem na vala do descaso governamental e, depois, rolarem nas correntezas das águas do rio Madeira, tendo como responsáveis diretos membros do próprio Governo que solicitaram à PGE- Procuradoria Geral do Estado de Rondônia  para indeferir os mencionados PROJETOS. Agora querem votos?

Antônio de Almeida Sobrinho

 

Tenham uma boa leitura e uma ótima reflexão.

 Para contrapor as nossas posições, o (a) eleitor (a) ou o (a) leitor (a) pode utilizar os seguintes contatos:

E-mail: almeidaengenheiro@yahoo.com.br

Celular: (69) 8111-9492 e (69) 9919-8610

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Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, com Pós-Graduação em Tecnologia do Pescado pela FAO/UFRPE, com Pós-Graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira, Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e Conselheiro Administrativo do Sistema SESCOOP/OCB-RO, 2013/2017.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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