Sexta-feira, 21 de agosto de 2015 - 05h06
Antônio de Almeida Sobrinho
Quando os primeiros colonos chegaram ao então Território Federal de Rondônia traziam consigo muitos sonhos, alguma experiência em piscicultura adquirida em seus estados de origens e muita esperança em conseguir a terra fértil e prometida, no Novo Eldorado do Brasil — como ficou conhecida a nova fronteira agrícola, o hoje estado de Rondônia, através de promessas e de incentivo do Governo Federal, através do INCRA.
Não se pode separar o início da piscicultura e a colonização de Rondônia, como dois marcos distintos: com a fase de Rondônia, então Território Federal; e Rondônia, Estado, ambos apresentando as mesmas dificuldades e a total ausência de estímulos e de incentivos governamentais, quando o que prevalecia eram os trabalhos incipientes e sem planejamento e carência de políticas públicas voltadas para incentivar a atividade aquícola na região amazônica.
O PORQUÊ DO CAMARÃO?
Por que se incentivar o cultivo semi-intensivo e intensivo de camarão no estado de Rondônia e região?
Resposta: porque esta resposta se pode responder com várias perguntas.
Você considera correto o estado do Amazonas não produzir pescado para atender as necessidades de sua população?
Você sabia que em torno de 90% da produção de pescado produzido em Rondônia abaste o estado do Amazonas?
Você considera correto que um contingente de pesquisadores que defendem a preservação do ecossistema e a ictiofauna da bacia hidrográfica amazônica se esqueça de que produzir alimento para abastecer os centros urbanos, rurais e ribeirinhos é tão importante quanto combater à corrupção e punir os corruptos e os corruptores?
Com o camarão (Litopenaeus vannamei) no estado de Rondônia a turma do contra já começou a atuar nos bastidores e nós vamos revelar de público quem são as Abelhas Africanas que estão por trás de tudo isto e quais são os verdadeiros motivos que se escondem:
· o desconhecimento da realidade regional;
· a ausência de conhecimentos técnicos;
· a falta de compromisso com o estado de Rondônia;
· a insensatez e imperícia na condução do serviço público;
· a imaturidade administrativa ao criar um mal estar entre as entidades;
· a ausência de planejamento estratégico;
O camarão (Litopenaeus vannamei) está sendo cultivado em todos os cinco continentes e não oferece nenhum risco ao meio ambiente, assim descritos:
· não se reproduz em condições naturais, somente em laboratório;
· não é uma espécie carnívora, portanto, inofensiva ao meio ambiente;
· tem aceitação do mercado consumidor, alcançando excelente preço;
· tem um custo/benefício que pode alcançar a 10 vezes o valor investido;
· tem uma produtividade de até 4,0 ton/ha a cada 95 dias;
· tem uma produção anual de três (3) safras/ano, com até 12,0 ton/ano;
· tem excelente preço no mercado local, regional, nacional e internacional.
O PORQUÊ DO PIRARUCU?
Por que se incentivar o cultivo semi-intensivo e intensivo de pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) no estado de Rondônia e região?
Resposta: porque esta resposta se pode responder com várias perguntas.
Com o pirarucu (Arapaima gigas, 1922, SHINZ, 1822) no estado de Rondônia um significativo número de piscicultores estão ‘a ver navios no deserto’ . Estes piscicultores, em diversos municípios do estado de Rondônia foram estimulados a investirem nesta atividade e estão encontrando dificuldades em escoar a produção, uma vez que a cadeia produtiva de pescado em Rondônia está desestruturada e necessitando do apoio governamental nos seguintes aspectos:
· linha de crédito subsidiada existe?
· assistência técnica de qualidade existe?
· qualificação profissionalizante existe?
· infraestrutura para conservação existe?
· tecnologia de pescado para verticalizar a produção existe?
· preço mínimo para garantir a produção existe?
· infraestrutura de transporte existe?
· infraestrutura de comercialização existe?
Os principais pontos de estrangulamentos da produção da espécie pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) no estado de Rondônia são:
· ausência de preço mínimo para o produto;
· ausência de qualificação profissionalizante para verticalizar a produção;
· ausência de um trabalho de profilaxia para evitar o ataque de parasitas e de agentes bacteriológicos;
· carência de mão de obra qualificada;
· exorbitante preço da ração;
· auto custo do insumo alevino;
· elevado custo da energia elétrica rural;
· deficiência do mercado consumidor.
A espécie pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ) está sendo cultivada em larga escala no estado de Rondônia e vem frustrando a expectativa da maiores dos piscicultores que acreditaram e investiram no cultivo semi-intensivo e intensivo desta espécie.
Não temos dúvida de que a espécie pirarucu tem potencial para alavancar a economia regional uma vez que dispomos de todas as condições apropriadas para o cultivo semi-intensivo e intensivo deste peixe, considerado por todos como o bacalhau da Amazônia e o boi de nossas águas capaz de produzir uma proteína saudável para atender as necessidades alimentares da população, gerar emprego e renda, inclusão social, segurança alimentar e sustentabilidade da espécie que até bem recente esteve na lista das espécies ameaçadas de extinção.
Este evento será ministrado por profissionais que atuam em níveis nacional e regional, com uma larga folha de serviços prestados à aquicultura nacional, dentre estes se podem citar:
ANTÔNIO DE ALMEIDA SOBRINHO: Graduado em Engenheiro de Pesca, com Pós-Graduação pela FAO/UFRPE em Tecnologia do Pescado e Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, em piscicultura, através da UNIR/RO.
YURI VINICIOS DE ANDRADE LOPES: Graduado em Engenheiro de Pesca, com Mestrado em Carcinicultura e Doutorando em Ciência Animal, através da UFERSA; O Prof. Yuri Vinicios é proveniente do estado de Pernanbuco e já se tornou um veterano e obstinado defensor e estudioso da espécie camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei) na região.
CARLINDO PINTO FILHO: Graduado em Medicina Veterinária, com Especialização em Piscicultura Continental e consultor de renome nacional sobre Cultivo Intensivo Integrado Sustentável de Pirarucu na Amazônia. O profissional Carlindo Pinto Filho é um dos precursores da piscicultura no estado de Rondônia e estamos fazendo dupla desde os primórdios da introdução da piscicultura no estado de Rondônia.
FABIANE BAZZI ROCHA LEOPOLDINO; Graduada em Engenharia de Pesca quando desenvolveu um excelente trabalho: Desempenho Produtivo e Econômico do Pirarucu (Arapaima gigas, SCHINZ, 1822) em Fase de Crescimento, Cultivado em Diferentes Taxas de Arraçoamento, em Viveiros Escavados.
JOÃO MACHADO NETO: Consultor do SEBRAE-RO que fará uma palestra sob o tema: Estudo de Mercado do Pescado no Estado de Rondônia.
O SEBRAE-RO vem desenvolvendo um expressivo trabalho, em nível estadual, em apoio à piscicultura, no aspecto socioeconômico, culminando com a realização e publicação de Estudo de Mercado no Estado de Rondônia, em parceria com o Governo Federal, Governo Estadual e EMATER-RO.
Para participar deste Curso Básico CULTIVO INTENSIVO DE CAMARÃO E PIRARUCU NA AMAZÔNIA, no período 24 a 29 de agosto de 2015, no Auditório do SINDUSCON-RO você deve procurar o local de inscrição, no seguinte endereço: Av. 7 de Setembro, 2161, Galeria STAR, Sub/Esquina com o Lanche 15, no horário comercial. Nossos contatos: WhatsApp (69) 9220-9736 (69) 9919-8610.
Para o Presidente do CREA-RO, Engenheiro Nélio Alencar“este Curso Básico Cultivo Intensivo de Camarão e Pirarucu na Amazônia, que estará sendo realizado em Porto Velho, no período de 24 a 29 de agosto de 2015, é parte integrante de uma ampla linha de qualificação que este Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Rondônia vem promovendo com o objetivo de qualificar as bases e os esteios de sustentação do setor produtivo rural do estado de Rondônia”.
Para que este evento ocorresse e atendesse as necessidades do setor aquícola do estado de Rondônia, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Rondônia – CREA-RO e IBAPE-RO, contando com a determinação e o dinamismo do Presidente do CREA-RO Engenheiro Nélio Alencar, com apoio de entidades governamentais e não governamentais, tais como: FECOMÉRCIO; SEBRAE-RO; SEAGRI-RO; EMATER-RO; OCB/SESCOOP-RO, PACAAS ENGENHARIA LTDA., SINDUSCON-RO e Entidades de Classe, em todos os níveis, quando estaremos realizando o Curso Básico CULTIVO INTENSIVO DE CAMARÃO E PIRARUCU NA AMAZÔNIA, no período 24 a 29 de agosto de 2015, no Auditório do SINDUSCON-RO, com o objetivo de difundir técnicas e sistemas de produção de camarão e de pirarucu na Amazônia, para os diversos setores produtivos e acadêmicos, conforme a programação a seguir:
PRIMEIRO MÓDULO:
CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO: Um amplo estudo bibliográfico sobre as espécies de camarão do Pacífico (Litopenaeus vannamei) e pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822), incluindo subsídios para:
· Sistema de Produção para Cultivo Semi-Intensivo de Camarão no Estado de Rondônia;
· Sistema de Produção para Cultivo Intensivo de Camarão no Estado de Rondônia;
· Sistema de Produção para Cultivo Semi-Intensivo de Pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) no Estado de Rondônia;
· Sistema de Produção para Cultivo Intensivo de Pirarucu (Arapaima gigas, SHINZ, 1822) no Estado de Rondônia.
SEGUNDO MÓDULO:
· Planejamento;
· Local;
· Construção;
· Espécie a Cultivar;
· Técnica de Criação;
· Alimentação;
· Administração;
· Recomendações Técnicas.
TERCEIRO MÓDULO
· Aula Prática;
· Entrega de Certificados;
· Almoço de Confraternização.
Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, com Pós-Graduação (Lato sensu) em Tecnologia do Pescado (FAO/UFRPE); Pós-graduação em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira (Lato sensu) UNIR/CREA-RO); Pós-Graduação Stricto sensu), Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, na área de piscicultura (UNIR) e colaborador dos seguintes veículos de comunicação:
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