Rondônia no ciclo do peixe: Qualificação em todos os níveis

█ Desde os idos do Território Federal do Guaporé, passando pelo Território Federal de Rondônia e, depois, com o advento da criação do estado de Rondônia, este Estado conviveu com vários ciclos, dentre estes se podem citar: ciclo da colonização — quando o Governo Federal incentivou a vinda de colonos para ocupar o novo Eldorado do Brasil; depois, surgiu o ciclo da mineração, com a exploração de ouro no rio Madeira e de cassiterita e pedras semi-preciosas e preciosas; em seguida surge o ciclo da madeira; ciclo da agricultura e pecuária,  em conformidade com as potencialidades da região; e, agora, é inquestionável que o atual ciclo é o do peixe — quando Rondônia tem potencial para se tornar no maior pólo produtor e exportador de pescado e, num futuro bem próximo, assumir o primeiro lugar no ranking nacional em produção de pescado.

█ Recentemente ao ser entrevistado na mídia regional, fui surpreendido com a seguinte pergunta: como você se sente em ser responsabilizado como precursor e pioneiro na implantação da piscicultura do estado de Rondônia?

Resposta:Seria muita hipocrisia de minha parte eu afirmar que não me sinto orgulhoso e gratificado quando alguém atribui aos nossos trabalhos como marco decisivo na implantação da piscicultura no estado de Rondônia, mas, eu confesso, como toda a minha honestidade que eu preferiria que atribuíssem este feito a todos os nossos colegas engenheiros de pesca que para Rondônia fizeram opção em iniciar suas atividades profissionais, a exemplo do Francisco Dermeval Pedrosa Martins, José Wilson Galdino, José Elano da Rocha, Renata Polari Maia, da Marluce Leitão, da saudosa Rosana Maria que deu toda a sua vida em prol da piscicultura e dos serviços de ATER, junto a EMATER-RO, e de outros mais recentes, a exemplo da Mirtes e de tantos outros, e, que, juntos, aqui chegamos, nos idos de 1978, e, que depois, por problemas particulares, alguns decidiram voltar aos seus estados de origens e eu fiquei por aqui como um dos últimos moicanos. É bem verdade que eu tive a oportunidade em ocupar por vários anos a Coordenadoria Regional da SUDEPE, órgão Federal responsável por todos os trabalhos de pesca e aquicultura, inclusive pelo fomento e a extensão, em convênio com a SEAG-RO, depois SEAGRI-RO, depois SEPES-RO e, hoje SEAGRI-RO, e com a ex-ASTER-RO, hoje EMATER-RO, quando naquela época não existia a SEDAM e nem o IBAMA e as atribuições da SUDEPE eram bem amplas e sabíamos de suas limitações, mas, mesmo assim, realizou-se um trabalho de superação e as bases da piscicultura foram alicerçadas para que hoje possamos colher os frutos que orgulham a todos nós – o de maior produtor de pescado da Região Norte e Centro Oeste e com potencial para se tornar num futuro muito próximo o de maior produtor de pescado do Brasil.

█ Os produtores rurais e os piscicultores do município de Machadinho do Oeste serão beneficiados com um Curso Aquicultura na Amazônia, previsto para ser realizado no período de 22 a 25 de agosto do corrente mês, com uma carga horária de 22 horas/aula, com o objetivo de atender as necessidades do setor primário da região que se ressente de complementação de qualificação técnica, resultando de uma parceria governamental e não governamental, tendo a Pacaas Engenharia Ltda como empresa consultora e coordenadora deste evento, fruto de parcerias entre a COOMAPEIXE - Cooperativa Mista e Aquícola do Estado de Rondônia, SESCOOP/OCB-RO, SEAGRI-RO, EMATER-RO e Prefeitura Municipal de Machadinho do Oeste.

 █ Por outro lado, gostaria de avisar aos prezados leitores e amigos que a FAP e a Pacaas Engenharia estarão ministrando a aula inaugural do Curso de Pós-Graduação “Lato sensu” AQUICULTURA DE ÁGUA DOCE, no dia 31 de agosto de 2013, com profissionais graduados em diversas áreas, de acordo com os pré-requisitos exigidos para participar deste Curso de Especialização, dentre estes se podem citar: Engenharia de Pesca; Engenharia Ambiental; Engenharia Florestal; Engenharia Agronômica; Engenharia Mecânica; Engenharia Aeronáutica; Engenharia Naval; Engenharia de Produção; Engenharia de Alimentos; Biologia; Medicina Veterinária; Oceanografia; Zootecnia e outros e áreas afins.

█ O conteúdo Programático do Curso de Pós-Graduação “Lato sensu” em AQUICULTURA DE ÁGUA DOCE está assim definido:

1. Anatomia e Fisiologia de Peixes da Bacia Amazônica;
2. Biotecnologia e Genética Aplicada à Aquicultura;
3. Piscicultura de Água Doce;
4. Reprodução Artificial e Larvicultura de Peixes;
5. Análise Ambiental na Amazônia Brasileira;
6. Introdução à Economia Pesqueira;
7. Sustentabilidade de Projetos de Aquicultura;
   • Sustentabilidade Social de Projetos de Aquicultura
   • Sustentabilidade Econômica de Projetos de Aquicultura
   • Sustentabilidade Ambiental de Projetos de Aquicultura
8. Ecologia de Ambientes Aquáticos;
9. Nutrição e Alimentação de Peixes;
10. Limnologia Aplicada à Piscicultura de Água Doce;
    • Limnologia Aplicada à Piscicultura em Viveiro de Barragem;
    • Limnologia Aplicada à Piscicultura em Viveiro de Derivação;
    • Limnologia Aplicada à Piscicultura em Tanques-rede
11. Estatística Aplicada à Aquicultura;
12. Ranicultura na Amazônia Brasileira.
13. Legislação Pesqueira;
14. Ética Profissional;
15. Metodologia e Didática Aplicada à Extensão Pesqueira;
    • Metodologia Técnico-Científica
    • SIG/GPS
    • Seminário Especializado
    • Trabalho de Campo
16. Tecnologia do Pescado e Mercado;
17. DEFESA DA DISSERTAÇÃO.

█ Prezado leitor, se você tem certificado de curso superior e se enquadra como pré-requisito para participar deste evento e, assim, obter um Diploma de Especialização em PISCICULTURA ou RANICULTURA  não pense duas vezes: Participe deste Curso de Pós-Graduação “Lato sensu” que será ministrado através da FAP e PACAAS Engenharia – Endereço: Av. Carlos Gomes, nº 1645, Centro Rio Empresarial.  Ligue para: (69) 3221-8963/3221-5582/8402-3239/9242-1612 e fale com a Profª Inês Zanol e faça a sua inscrição.

OBS: Não se esqueça: Vagas limitadas e talvez você consiga assegurar uma das últimas vagas.

Tenham todos um feliz final de Semana.

Antônio de Almeida Sobrinho

Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em Engenharia de Pesca, Pós-Graduação pela FAO em Tecnologia do Pescado, Pós-Graduação pela UNIR-RO em Análise Ambiental na Amazônia Brasileira, Mestrado pela UNIR-RO em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente e Conselheiro de Administração do SESCOOP/OCB-RO, período 2013/2017.