Terça-feira, 19 de novembro de 2019 - 09h41
O ‘MOVIMENTO LULA LIVRE’
está copiando aquela velha e degastada fábula do “Cachorro e o Caminhão” — que
sempre que o CAMINHÃO passava com velocidade o CACHORRO corria em
disparada atrás para alcançar o caminhão. Quando o CAMINHÃO parava, o CACHORRO
não sabia o que fazer.
Com o LULA LIVRE está ocorrendo um fato semelhante:
Enquanto, com o LULA PRESO, queriam o LULA LIVRE. Agora, com o LULA
LIVRE, não sabem também o que fazer.
... E por
falar em LULA LIVRE, em se recusar em fazer autocrítica e reconhecer os
erros cometidos pelo PT e sua militância,
durante os 14 anos da era petista, o líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva — o
Lula Livre — compreende-se que este se esqueceu de estudar e aprender que a
arte de se fazer política se faz no dia a dia da política, pondo em prática a
administração dos problemas de todos, conciliando as divergências, minimizando
as diferenças, equacionando conflitos, governando com todos e para todos
e que os atores (partidos) envolvidos nas parcerias não devem ser vistos como coadjuvantes
e, sim, todos têm que atuar como atores principais, caso contrário se repete o
Mensalão — que para se manter a base de apoio à base de coadjuvantes teve que
ocorrer a remuneração com recursos financeiros dos cofres públicos e isto se
caracteriza como verdadeira propina, a matéria prima que alimentou e manteve os
aliados unidos ao Planalto, nutrido com o leite das tetas da mamãe vaquinha da
nação.
Quando o líder do Partido do Trabalhadores (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, falou que o “PT não tem que fazer autocrítica e não nasceu para ser coadjuvante” o que nos veio à cabeça, ligeiramente, foi que o líder petista pouco aprendeu neste curto período de 580 dias em que passou preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR) e que o desdobramento da Operação Mensalão — quando 40 coadjuvantes que tinham ligações, diretas e indiretas, com o PT em sua administração, foram presos: alguns anistiados e soltos; outros soltos, apadrinhados com os favores das leis ou em prisão domiciliar, com uso de tornozeleiras eletrônicas; outros continuam presos, até hoje, cumprindo pena e prestes a serem libertados, com as benesses da revogação da prisão em 2ª Instância, uma decisão polêmica e muito criticada, por decisão colegiada do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em determinada oportunidade o pensador e pintor barroco-italiano, Orazio Riminaldi (1593-1631), surpreendeu a seus seguidores com as premissas, de cunho lógico e filosófico, com os seguintes teores, que se podem encaixar neste contexto:
Há quatro coisas que não voltam atrás:
A pedra, depois de solta da mão;
A palavra, depois de proferida;
A ocasião, depois de perdida;
E o tempo, depois de passado.
Quando o ex-presidente LULA afirmou, em alto e bom som, que “o PT não nasceu para ser coadjuvante” — com a intenção de avisar para todos que sempre será ‘Cabeça de Grupo’ — causou arrepios aos demais partidos que, até então, têm participado de suas coligações. Agora, com o grito na hora errada este desabafo soou como agressão à cúpula dos demais partidos alinhados ideologicamente, até então, e a palavra do Lula terá muita dificuldade ou jamais voltará atrás ou será corregida.
Ao ler e reler algumas obras do consagrado escritor e jornalista americano Ernert Hemingway nos deparamos com uma premissa que nos chamou muito atenção: “Desconfio de todas as pessoas francas e simples, principalmente quando suas histórias são coerentes” e, de chofre, não pensei duas vezes. Materializei o perfil do ex-presidente Lula, de tanto ouvi-lo se queixar, tive a repentina imaginação que poderíamos muito bem enquadrar, exemplificar e tecer alguns paralelos ao tema em pauta. Após algumas reflexões, encontrou-se alguns traços de semelhança: para nossa surpresa revelou-se ao contrário, com o perfil do ex-presidente Lula, exceto a coerência, tais como:
· Pessoa fraca: o Lula é muito forte e convincente porque mantém uma legião de seguidores que acredita cegamente e piamente que ele é inocente;
· Pessoa simples: o Lula é muito arrogante porque ele acredita, insistentemente, que não cometeu nenhum erro, para o próprio, tudo que a justiça o acusou e o acusa é fruto de ilações, perseguições e de injustiças;
· Pessoa coerente: a única coerência que detectamos no Lula é a de negar todas as acusações que a justiça o acusa, desde o princípio da abertura de seus processos, de maneira incisiva e consistente.
PENSAMENTO DO MÊS
Nós temos duas vidas e a segunda começa quando
você
percebe que você só tem uma ...
Mário de Andrade
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