O presidente Michel Temer se livrou em perder o mandato de presidente da República, neste recente julgamento do TSE, realizado no período de 6 a 8 de junho de 2017, por um placar considerado por muitos como vergonhoso, de 4 x 3, capitaneado e com o voto de Minerva do presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, contrariando as expectativas da maioria da população do Brasil — que apostava todas as suas fichas que a Corte do TSE iria votar de acordo com as provas dos autos, portanto, uma votação técnica, e para maior surpresa ‘e infelicidade geral da nação’ a maioria dos ministros que compõem o TSE fez opção em votar politicamente e, assim, salvar o mandato presidencial e a elegibilidade política da ex-presidente Dilma Rousseff.
O presidente Michel Temer se livrou de uma cassação — considerada como certa por a maioria dos analistas políticos e na ótica da população que acompanham a atual conjuntura política — com quatro cambalhotas dadas por 4 ministros que fazem parte da Corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fizeram o possível e o impossível, para justificar o injustificável, e confundir a opinião pública, se fingir em não enxergar e não aceitar as fartas provas materiais das gatunagens contidas nos autos do Processo da cassação da chapa Dilma-Temer, apresentadas pelo Relator, ministro Herman Benjamim.
Todo o cidadão de bom senso e em sã consciência entendeu, através de veiculações de fartas matérias na mídia eletrônica, falada, escrita e televisada que a as eleições de 2014, em especial para presidente da República, foram recheadas por abuso de poder político e de poder econômico, (e até quem suspeite da possibilidade de terem sido fraudadas) que aos olhos de todos pareciam favas contadas a cassação da chapa Dilma-Temer, e no final desta história deu no que deu: a chapa Dilma–Temer foi absorvida, por o placa de 4 x 3, pró chapa Dilma-Temer, e o presidente Michel Temer foi salvo pelo gongo e, depois, caiu num precipício, em uma região formada por um verdadeiro lamaçal e bancos de areias movediças que dificilmente ele (Temer) terá resistência física e barganha política capazes de sobreviver e salvar o mandato que assumiu.
Após a homologação da Delação Premiada realizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tendo o ministro Luiz Edson Fachim sido confirmado pelo colegiado de ministros que compõem a Suprema Corte como Relator do Processo de Delação Premiada da JBS, e as coisas que estavam pardas, agora se transformaram negras para o lado do presidente Michel Temer.
Caso seja comprovada a veracidade do áudio apresentado pelo Delator da JBS, como acaba de confirmar a PF, na qual Temer ‘dá o aval para a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e autoriza o então deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR para resolver pendência da empresa’, segundo denúncia do Diretor da JBS,aí serão‘outros quinhentos’. Neste caso, o presidente Temer poderá ser afastado do cargo, através de um processo de Impeachment, com o rito semelhante ao anterior que cassou a então presidente Dilma Rousseff, o mandato de presidente da República, e o cargo tende a escorrer pelos ralos da República e o seu destino será incerto, podendo ser condenado e até cumprir pena por os crimes praticados, em cumprimento a dispositivos constitucionais da Constituição Cidadã de 1988.
Com o impacto das denúncias da JBS e a fragilidade da impopularidade do presidente Temer, as bases de sustentação formadas com partidos aliados, que hoje fazem parte do Governo, com cargos, em todos os níveis, estão dando sinais de cansaço, diante da rejeição e não aprovação da Reforma Trabalhista e de visíveis sinais de dificuldades da Reforma da Previdência, que mediante o marchar da carruagem deverá ser posta para um segundo momento, tendo agora a prioridade a salvação do mandato do presidente Temer, corroborando com o provérbio popular: “com farinha pouca, meu pirão primeiro”.
PROGNÓSTICO PARA OS PRÓXIMOS DIAS
Em Brasília, capital da notícia em tempo real, sempre quente e mediúnica, estão anunciando que a meteorologia política para as próximas dias, a partir desta segunda-feira, 26, preveem fortes chuvas de pedidos de impeachment para o presidente Michel Temer, por crime de responsabilidade e por corrupção passiva, e pela Lei de sobrevivência destes casos, este filme estamos casados em assistir e o resultado é fatal, tiro e queda.
DE ACORDO COM A PRESSÃO, TUDO PODE ACONTECER.
Com o então presidente GETÚLIO VARGAS:
Quando o então presidente Getúlio Vargas se sentiu ameaçado por forças antagônicas ao seu governo e decepcionado com alguns de seus principais aliados e sem ter forças para superar as adversidades, encontrou uma saída: o suicídio, com um tiro do peito;
Com o então presidente JÂNIO DA SILVA QUADROS:
Quando o então presidente Jânio da Silva Quadros, com pouco mais de 7 meses de mandado, se sentiu ameaçado por “forças ocultas”, segundo suas justificativas, anunciou a sua renúncia, surpreendendo a todos os seus amigos e correligionários que até hoje ninguém entendeu os reais e verdadeiros motivos para que o então presidente cometesse tal proeza, inusitada e não compreendida, no mundo da política.
Com o então presidente JOÃO GOULART:
Quando o então presidente Jânio da Silva Quadros anunciou a sua renúncia, após poucos meses de sua eleição, com uma votação e uma maioria esmagadora, o vice-presidente João Belquior Marques Goulart se encontrava fora do Brasil e, de imediato, procurou retornar para assumir o mandato de presidente da República.
Por suas convicções consideradas pelos militares de cunho comunista, os militares tiveram algumas resistências à posse do vice-presidente eleito, de imediato, mas em respeito as regras constitucionais, João Goulart eleito como o vice-presidente do candidato derrotado — em uma eleição atípica, quando o eleitor votava no candidato a presidente e no candidato a vice-presidente, tomou posse como presidente da República Federativa do Brasil.
Após alguns deslizes praticados pelo então presidente João Goulart, que contrariaram os interesses da classe militar vigente no Brasil, no dia 31 de março de 1964 ocorreu um Golpe Militar, e, ao mesmo tempo batizado como “Revolução de 31 de março”com a justificativa de retomar a estabilidade democrática e política do Brasil, diante do atual estágio de fragilidade a que enfrentava o Governo, e em salvar o Brasil das garras do comunismo — que fora cantado em versos e em prosas pelos militares, como uma invasão do regime comunista para dominar as bases democráticas do país, na versão do regime militar vigente no país.
Com o então presidente FERNANDO COLLOR DE MELO:
Quando o então presidente Fernando Collor de Melo, um jovem presidente, se viu perdido, com os caras pintadas nas ruas, gritando FORA COLLOR! FORA COLLOR! e o processo de impeachment em votação no Congresso Nacional, Collor escreveu sua renúncia, embora tardia, e mesmo assim o Congresso Nacional proclamou o seu afastamento, através de um processo de Impeachment e se tornou inelegível por 8 anos.
Com a então presidente DILMA ROUSSEFF:
Quando a então presidente Dilma Rousseff se viu encurralada e sem saída, após conviver com um processo de impeachment, sendo afastada do cargo, por até seis meses, sob a alegação de “Crime de Responsabilidade” e de “Pedaladas Fiscais”, acusada em contrair empréstimos aos agentes financeiros do próprio Governo, sem autorização do Congresso Nacional, em momento algum cogitou em renunciar ao mandato que lhe fora conquistado, através do voto popular, até hoje questionado por seus opositores quando os métodos utilizados para esta conquista e os resultados todos conhecemos: Dilma perdeu o mandato de presidente da República e conseguiu preservar seus direitos políticos, após uma manobra do presidente do Senado, senador Renan Calheiros, endossado pelo então presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, que rasgaram a Constituição de 1988.
Com o atual presidente MICHEL TEMER:
Vamos aguardar para ver que bicho vai dar.
Eu, que gosto muito em apreciar os resultados e não costumo jogar, aposto todos os peixes dos meus viveiros que como será muito difícil o presidente Temer escapar da degola, desta vez.
Na primeira vez, o TSE fez vista grossa e dois ministros recém indicados pelo presidente Temer fez o seu dever de casa e votou para salvar o padrinho, digno e verdadeiro e ser salvo em responsabilizado pelos crimes praticados, em parceria com a titular da chapa, então candidata e ex-presidente Dilma Rousseff.
Desta vez, mediante provas robustas, segundo anúncio de diretores da JBS, que prometem apresentar, com perícias etc & tal, e provar que “o presidente Temer é o chefe da quadrilha de corrupção mais perigosa do Brasil”, segundo entrevista na Revista Época, desta semana, e com a baixa credibilidade do presidente, só Deus e um milagroso voto de Minerva do ministro Gilmar Mendes, que desta vez será impossível, poderiam salvar o seu mandato.
Diante das atuais circunstâncias, para o presidente Michel Temer as seguintes opções podem ocorrer:
PRIMEIRO:Ser afastado do exercício do mandato, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), conforme a gravidade e complexidade dos crimes praticados e com provas apresentadas pela Delação Premiada da JBS;
SEGUNDO: Sofrer um Processo de Impeachment, seguindo o rito determinado pelo STF;
TERCEIRO:Apresentar renúncia, conforme realizado pelo então presidente Fernando Collor de Melo e ou aguardar pela votação no Plenário do Congresso Nacional;
QUARTO:Seguir o exemplo do então presidente Getúlio Vargas, que não seria, jamais, recomendado e aconselhado por nenhum brasileiro, de bom senso.
Antônio de Almeida Sobrinho é graduado em engenharia de Pesca e tem Pós-Graduação, em nível de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.