A informação foi confirmada na tarde de ontem em Brasília. A ponte binacional Brasil-Bolívia, que estava no PAC-2 foi retirada e não entrou no PAC-3. O programa está sendo gestado para unir o que ficou por fazer no PAC -1 com o que não se fez no PAC-2 mais algumas novas obras prioritárias. O problema é que a falta de dinheiro está determinando o contingenciamento orçamentário para 2014. Foi aí que a ponte subiu no telhado e acabou lançada na rubrica “Demais” – buraco negro no qual são despejados os projetos que receberam recursos de emenda parlamentar insuficientes para garantir a licitação. Ou seja: sem o dinheiro do PAC, adeus ponte. A menos, claro, que seja encontrada outra fonte de financiamento federal, como uma daquelas que destinam bilhões aos países africanos.
A verdade é que sem uma forte pressão política de nossos senadores a ponte vai continuar sendo um sonho. O Comitê Gestor do PAC é composto por critérios eminentemente técnicos. Estão representados Fazenda, Planejamento, Transportes, Meio Ambiente DNIT e outros menos cotados. Consta que, na reunião em que foi decidida a exclusão do projeto, houve quem tentasse argumentar em defesa da ponte, dizendo tratar-se de compromisso assumido pelo governo com a Bolívia e que a estrada já está pronta no lado boliviano. Não colou. Alguém mais esperto mandou abrir o Google para ver. Claro que não viu coisa alguma. Quanto ao compromisso secular, não custa enrolar mais um tempo. É forçoso admitir que, tecnicamente, a ponte não se sustenta nos pilares econômicos. Embora de extrema importância estratégica para nossa região, a relação custo-benefício, quando observada dos gabinetes de Brasília, não justifica o investimento. Sul, sudeste e nordeste têm mais votos.
O problema é que nossos senadores já prometeram a ponte ao povo de Guajará-Mirim uma carrada de vezes. E está chegando, com as eleições do ano que vem, o momento de prometer de novo. Vai ser difícil convencer alguém, porque mesmo se entrar no PAC-3 a obra não terá orçamento em 2014. Se não for reinserida, adeus. Jeito tem. Basta mobilizar a bancada e o governo “mui amigo” de Evo Morales. E tem que ser agora, pois mesmo entrando novamente ela só sai em 2015 se tudo correr muito bem em Brasília, o que os indicativos classificam como muito difícil, a considerar o jeito com o qual está sendo tocada a economia. Em Português claro isso significa que o brejo está logo ali.
Pessimista, eu? Veja o que disse ontem Eliane Catanhêde em sua coluna na Folha/SP: “Com um PIB mixuruca, superávit fiscal frouxo, inflação no teto, balança desbalanceada, e sem o ingrediente novidadeiro do Bolsa Família, Dilma precisa se segurar na braveza contra a espionagem dos EUA e o programa Mais Médicos, dois pontos que têm ampla aprovação nas pesquisas. Mas precisa combinar não só com os adversários, mas principalmente com o Ministério Público e as entranhas do próprio governo. O Ministério Público (o Federal e o do Trabalho) questiona a contratação de médicos estrangeiros com "bolsas", sem a integralidade dos direitos previstos nas leis trabalhistas brasileiras. Critica principalmente a situação dos cubanos, que recebem menos para fazer o mesmo trabalho.
Mosquini: “manda prá nós”
Comentário enviado pelo, diretor do DER, engenheiro Lúcio Mosquini, a propósito da novela em que foram transformadas as obras necessárias à conclusão dos viadutos em Porto Velho deixa claro que o governo Confúcio Moura quer ver a questão solucionada. Conforme este blogueiro anunciou, não há a menor perspectiva das obras serem retomadas antes de julho de 2014, assim mesmo com o regime diferenciado de licitações adotado nas obras do PAC.
Mosquini disse que: “Solicitamos ao DNIT, ainda em Setembro de 2013 o convênio para conclusão das obras dos viadutos e, até hoje, nada... Estamos dispostos a assumir o convênio para ajudar o DNIT e o povo de PVH. Somos uma das maiores empresas de engenharia do Brasil DER/DEOSP, temos corpo técnico, estrutura e vontade de fazer....então manda pra nós”. Acredito. Mosquini tem o que falta nesse povo: decisão e atitude. Infelizmente o DNIT não vai autorizar, coisa que até seria possível se Mauro Nazif não tivesse esticado a novela por oito meses, movido com certeza pelo olhar voraz nos R$ 60 milhões reservados para o remanescente das obras. Deu no que deu.
FILHOS DA PROSTITUTA
Recebi de um leitor uma história divertida que ele assegura ser verídica. Fala de um sujeito, analista de investimentos e empresário. Ele se chama Marc Faber, e é norte-americano. Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, Marc Faber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado:
"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00. Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Walt-Mart, esse dinheiro vai para a China. Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia. Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala”.
- Se comprarmos um bom carro – continuou ele – o dinheiro irá para a Alemanha ou Japão. Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan.... E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana. O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja,
considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui. Estou fazendo a minha parte...
Aí um brasileiro respondeu: “Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior. Lamento informar que, depois dessas suas observações, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev... portanto, restaram apenas as prostitutas... Se elas (as prostitutas), porém, repassarem parte da verba para seus filhos, o dinheiro virá para Brasília, onde existe a maior concentração de filhos de prostitutas do mundo.
Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)