Advogado ganha destaque
pelos “causos” que produz
Um advogado rondoniense tem se destacado nos meios jurídicos pela frequência com que oferece material para chacota generalizada em torno de seu nome. O leitor haverá de perdoar o trocadilho, mas o causídico se notabiliza mais pelos “causos” que produz do que pelas causas que defende. Imagino que alguém já o deva ter informado sobre isso, mas não há indícios de mudança de comportamento.
O sujeito definitivamente se considera credenciado a emitir opiniões estapafúrdias sobre tudo, especialmente na área política. Apesar de conhecido, ele acaba se incorporando às campanhas eleitorais da região, especialmente por apregoar virtudes que definitivamente não possui, o que também não chega a ser grande problema, pois que a ignorância dos contratantes, geralmente, não lhes permite avaliar.
Como, no entanto, não interessa ao blogueiro a identificação da figura, abstenho-me de citar alguns de seus casos conhecidos que, seguramente, poderiam identifica-lo, pois são dignas de integrar o livro “Desordem no Tribunal”, frequentemente citado, mas nunca encontrado (o mais provável é que alguém tenha compilado os textos amplamente divulgados a partir das transcrições dos taquígrafos dos tribunais). É claro que as pessoas vão encontrar algumas semelhanças, mas posso afirmar que não passam de mera coincidência. De qualquer forma, merecem reprodução as verdadeiras pérolas aqui selecionadas.
1- Advogado: Qual é a data do seu aniversário?
Testemunha: 15 de julho.
Advogado: Que ano?
Testemunha: Todo ano.
2 - Advogado: Essa doença, a miastenia gravis, afeta sua memória?
Testemunha: Sim.
Advogado: E de que modo ela afeta sua memória?
Testemunha: Eu esqueço das coisas.
Advogado : Você esquece... Pode nos dar um exemplo de algo que você tenha esquecido?
3 - Advogado: Que idade tem seu filho?
Testemunha: 38 ou 35, não me lembro.
Advogado : Há quanto tempo ele mora com você?
Testemunha: Há 45 anos.
4 - Advogado: Qual foi a primeira coisa que seu marido disse quando acordou aquela manhã?
Testemunha: Ele perguntou - "Onde estou, Bete?"
Advogado : E por que você se aborreceu?
Testemunha: Meu nome é Célia.
5 - Advogado: Seu filho mais novo, o de 20 anos...
Testemunha: Sim.
Advogado: Que idade ele tem?
6 - Advogado: Sobre esta foto sua... O senhor estava presente quando ela foi tirada?
7 - Advogado: Então, a data de concepção do seu bebê foi 08 de agosto?
Testemunha: Sim, foi.
Advogado: E o que você estava fazendo nesse dia?
8 - Advogado: Ela tinha três filhos, certo?
Testemunha: Certo.
Advogado: Quantos meninos?
Testemunha: Nenhum
Advogado: E quantas eram meninas?
9 - Advogado: Sr. Marcos, por que acabou seu primeiro casamento?
Testemunha: Por morte do cônjuge...
Advogado: E por morte de que cônjuge ele acabou?
10 - Advogado: Poderia descrever o suspeito?
Testemunha: Ele tinha estatura mediana e usava barba.
Advogado: E era um homem ou uma mulher?
11 - Advogado: Doutor, quantas autópsias o senhor já realizou em pessoas mortas?
Testemunha: Todas as autópsias que fiz foram em pessoas mortas...
12 - Advogado: Aqui na corte, para cada pergunta que eu lhe fizer, sua resposta deve ser oral, Ok? Que escola você frequenta?
Testemunha: Oral.
13 - Advogado: Doutor, o senhor se lembra da hora em que começou a examinar o corpo da vitima?
Testemunha: Sim, a autópsia começou às 20h30min.
Advogado: E o Sr. Décio já estava morto a essa hora?
Testemunha: Não... Ele estava sentado na maca, se perguntando por que eu estava fazendo aquela autópsia nele.
14 - Advogado: Doutor, antes de fazer a autópsia, o senhor checou o pulso da vítima?
Testemunha: Não.
Advogado: O senhor checou a pressão arterial?
Testemunha: Não.
Advogado: O senhor checou a respiração?
Testemunha: Não.
Advogado: Então, é possível que a vítima estivesse viva quando a autópsia começou?
Testemunha: Não.
Advogado: Como o senhor pode ter essa certeza?
Testemunha: Porque o cérebro do paciente estava num jarro sobre a mesa.
Advogado: Mas ele poderia estar vivo mesmo assim?
Testemunha: Sim, é possível que ele estivesse vivo e cursando Direito em algum lugar!