Quarta-feira, 25 de abril de 2012 - 10h03
Combate à corrupção, reforma política, choque de gestão, faxina no chiqueiro do PT e CPI do Cachoeira, tudo isso, em meio ao fartum que exala da podrigueira, soa como desculpas, manobras para engambelar os trouxas, o clássico despiste dos que são pilhados com a munheca no cofre. Na verdade, o noticiário político e a cobertura das CPI estariam mais adequadamente paginados dividindo espaço com os registros policiais.
Apesar do risco de ser apontado como um repugnante sevandija das idéias alheias, atrevo-me a reproduzir textos de articulistas respeitáveis – e certamente melhor remunerados – sobre o que está rolando no ambiente político nacional. Sevandija, como é do desconhecimento geral, significa parasita, pessoa que vive à custa alheia, o que não é o caso. Apesar disso, o título aí de cima, além de outros trechos desses comentários são de outras lavras, embora bem adequados ao momento atual não só de Rondônia como de todo o país.
O mal de Alzheimer, que corrompe irremediavelmente a memória dos dele acometidos parece apropriado para explicar o que acontece com a memória recente do povo brasileiro, em geral, e do rondoniense com um grau de infelicidade ainda maior, pela proximidade dos protagonistas de tantos e tão escabrosos escândalos. Mas isso acontece com a evidente conivência não menos culpada daqueles que deveriam ter a responsabilidade de investigar as denúncias e punir eventuais culpados.
Roubaciclina
Já se tornou praxe entre os novos governantes deixar cair no esquecimento os crimes cometidos pelos antecessores. Quando muito, referem-se à tal herança maldita e, pronto, toca o bonde. Isso, porque ninguém garante que os antecessores não possam vir a sucedê-los no poder e fazer o mesmo. É um mal que, na visão de E. A. Reis, deveria ser combatido com a aplicação de Roubaciclina ou Latromicina em doses cavalares, visando a interromper o processo infeccioso. No caso, contudo, parece não haver mais tempo.
Tempo, aliás, que todos os implicados esperam que passe rápido, para que a poeira baixe e o mal de Alzheimer produza novamente seus efeitos. Aconteceu, por aqui, um episódio que se não levou os envolvidos à cadeia, pelo menos os inseriu no anedotário político local. Foi quando um governador, precisando comprar um voto na Assembléia, mandou três emissários com um saco de dinheiro encontrá-lo em um hotel. As cédulas, naquela época de inflação alta, não tinham qualquer valor. Daí a necessidade do saco de dinheiro. Efetuada a transação, um dos participantes perguntou ao outro: - “Quanto você tirou daquele saco?”
- Não sei – respondeu o outro, acrescentando ter tirado “umas três mãozadas de lá e larguei no porta-malas. Se ele contasse eu diria que caiu. Como ele não contou...”
Será que alguém se lembra do episódio do Waldomiro Diniz, quando, em sua própria e nunca apresentada defesa, Zé Dirceu disse que oportunamente iria divulgar fatos incontestáveis e surpreendentes que acabariam por inocentá-lo? Até ele parece ter esquecido, pois saiu-se agora com a mesma desculpa, prometendo fazê-lo quando e se o o mensalão for julgamento. Aliás, isso não é lá muito inteligente, pois todo mentiroso tem a obrigação de saber que o golpe nunca funciona uma segunda vez.
Você, leitor, já ouviu falar do “Efeito Dunning-Kruger”? Trata-se do princípio definido em 1999, a partir do estudos de dois psicólogos americanos,
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