Os 140 quilômetros de asfalto urbano que o governador Confúcio Moura pretende implantar em Porto Velho, assim como todo o asfalto também programado para os demais municípios em 2013 já estão licitados e já foram emitidas as ordens de serviço para as empresas selecionadas. O DER está trabalhando no sentido de otimizar o aproveitamento do período seco do verão como forme de driblar as limitações impostas pelas chuvas. Assim, rompidos os trâmites burocráticos, as empresas poderão dar início ao trabalho efetivo do que será uma verdadeira renovação urbana jamais vista em Porto Velho.
A informação é do diretor geral do DER, Lucio Mosquini que disse hoje não ter, infelizmente, a garantia de conseguir efetivamente concluir cem por cento das obras, já que não se pode confiar no imponderável. Isso porque as empresas que participam da licitação são selecionadas pelos parâmetros estabelecidos pela legislação, o que não impede que problemas enfrentados em outras regiões em empresas de âmbito nacional possam ter aqui seus reflexos negativos, comprometendo o cronograma de trabalho. “Chega a ser até mesmo uma questão de sorte – explicou ele, para afirmar que “se todas as empresas fossem como a que executou o trabalho de duplicação da BR-364, em Ji-Paraná, tudo poderia fluir sem maiores dificuldades. Mas a realidade aponta em outra direção”.
Esta é, segundo ele, a razão pela qual a licitação de todo o trabalho de asfaltamento urbano programado para este ano ter sido dividida em pequenos lotes, para que todas as empresas trabalhem simultaneamente. “Temos ainda a vantagem de produzir nosso próprio asfalto com as modernas usinas que instalamos e, além de reduzir consideravelmente os custos, ainda garantem o fornecimento do material sem perda de tempo. Se mesmo assim encontrarmos problemas, poderemos contar com pelo menos 70% das obras concluídas até o final do ano, o que irá representar uma significativa melhoria da qualidade de vida urbana em nossos municípios” – disse.
TÚNEL DE VENTO
Sobre a sugestão veiculada aqui a respeito do túnel de vento que vem sendo utilizado com sucesso pelo DNIT no Mato Grosso, Lúcio Mosquini, explicou que lamentavelmente o sistema de túnel de vento sugerido ontem por este blogueiro, em que pese o sucesso que vem obtendo no Mato Grosso, não pode ser aplicado às necessidades rondonienses de romper os limites estabelecidos pela janela hidrográfica. Isso significa que o gestor público terá que continuar a conviver com nossa realidade amazônica, que permite a realização de obras de asfaltamento somente durante seis meses por ano.
Ele esclareceu que o túnel de vento resolve o problema da chuva, mas o lençol freático permanece, tornando inevitável a infiltração, o que impossibilita qualquer movimentação de terra a não ser no verão. O diretor do DER acredita que o recurso poderá até mesmo vir a ser utilizado em determinadas regiões, como no município de Vilhena. Ou em determinadas obras, que não exijam grande movimentação de terra.
REALIDADE ADVERSA
Se os ventos começam a soprar a favor para o desempenho do governo do estado, apesar dos movimentos grevistas que começaram a eclodir no emaranhado de representação sindical dos servidores públicos, o mesmo não se pode dizer em relação ao trabalho de Mauro Nazif na Prefeitura. O prefeito, já apelidado na Câmara de Mauro Naofiz, enfrenta adversidades em todas as suas poucas iniciativas. Além de não ter dinheiro para coisa alguma além de produzir escaramuças com a imposição de mudanças no trânsito para uma população já esgotada em sua capacidade de aceitação plenamente justificável depois de uma década de desacertos municipais, Nazif insiste em contrariar uma realidade adversa com a teimosia em manter sob administração da Prefeitura as obras intermináveis dos viadutos.
O senhor prefeito, boa gente, mas teimoso feito uma mula, deveria cair na real e navegar nas ondas do governo do estado, quem sabe pegando no embalo um naco dos dividendos político-eleitorais do pacote de obras lançado quinta feira na festa que reuniu uma multidão do tipo showmício na majestosa entrada do Palácio Rio Madeira. Um sucesso no qual não faltaram as vuvunzelas, maracas e apitos de um reduzido grupo de grevistas. Cair na real não significa imobilismo. Ao contrário: muita coisa está esperando fazer. A Prefeitura precisa tapar buracos nas ruas, consertar meio-fios e exigir a regularização das calçadas, iluminar as ruas – somente a substituição das lâmpadas superfaturadas e, claro, queimadas da Emdur Já ficaria de bom tamanho.
A par disso, poderia aproveitar uma viagem a Brasília para devolver ao DNIT essa desgraça dos viadutos para ver se é possível concluí-los nesta geração. E, ainda, botar os advogados para trabalhar na regularização dos incontáveis problemas que herdou, como os conjuntos habitacionais inacabados, os terrenos invadidos, a rodoviária construída em terreno particular. No mais, não custa aproximar-se do governador para ser inserido nas solenidades de inauguração que virão e que, espera-se, não serão poucas
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)