Que ninguém se surpreenda: com o aumento para R$ 915,05 do salário reclusão por dependente a partir de 1º de janeiro, a Previdência poderá pagar R$ 4.575,25 por mês ao presidiário que tiver cinco filhos, conforme estabelece a portaria nº 02, de 06/01/2013. Pior: sem qualquer desconto, para o IR ou Previdência. Com isso, as vagas nos presídios serão tão valorizadas que é até possível que o governo do PT estabeleça cotas para assegurar acesso às pessoas oriundas de famílias carentes.
Esse negócio de dizer cadeia no Brasil é só para preto, pobre e puta vai acabar: presidiário aqui tem salário de classe média alta. É até possível que os túneis passem a ser cavados de fora para dentro do presídio e que as pessoas peçam o apoio de políticos para conseguir entrar. Pode até rolar propina para conseguir condenação, afinal, os presídios, que já estavam superlotados antes de oferecerem ganhos elevados a seus privilegiados ocupantes.
É assim que as coisas acontecem nesse país surreal. As Centrais Sindicais chiaram com o "aumento" do salário mínimo para R$ 622,00, porém não estão discordando do aumento do "salário presidiário" para R$ 915,05! Será que os sindicalistas e os governantes do Brasil acreditam que um criminoso merece uma remuneração superior a de um trabalhador? Quem não acredita nesse absurdo, pode conferir no site da Previdência, que traz tudo bem explicadinho. O endereço é www.previdenciasocial.gov.br/conteudodinamico.php?id=22
Mesmo que seja um auxílio temporário, prisão não é colônia de férias. Isto é um incentivo a criminalidade. Que políticos e que governo é esse? Por acaso os filhos do sujeito que foi morto pelo “coitadinho” que está preso, recebem alguma ajuda governamental para seu sustento? Você Já viu algum defensor dos direitos humanos defendendo esta bolsa para os filhos das vítimas? É o Brasil-sil-sil!
E mais:
1 – FAMÍLIA - A jornalistaSuely David, natural de Ariquemes, onde vive a família, é subchefe do Departamento de Comunicação do governo tem sido um exemplo de dedicação: vai visitar os entes queridos a cada oportunidade, o que não é raro, já que o governador também vai a Ariquemes com frequência, embora sua agenda se estenda aos demais municípios. Isso parece justificar o sistemático recebimento de diárias pela jornalista para seus fins de semana na terra natal.
2 – CORTES – O fechamento da Escola do Legislativo, aquele verdadeiro quarto de despejo da Assembleia, para onde eram mandados os chamados “resíduos sólidos” (gente que ninguém quer por perto), daquela Casa gerou um clima de ansiedade entre os comissionados. É que informes da rádio corredor dão conta de que as demissões não foram suficientes para equilibrar as contas e que muitas outras cabeças terão que rolar. Consta que muita gente conhecida será apeada do poleiro inclusive na Assessoria de Imprensa. Vai ser uma chiadeira só.
3 – PROCURADORIA – O editorial do Diário da Amazônia desta quinta-feira chama a atenção para um problema que está fazendo caírem os derradeiros fios da cabeça do governador Confúcio Moura: a Procuradoria Geral do Estado. Órgão encarregado de orientar os contratos governamentais para que tudo se proceda em absoluto respeito ao que estabelece a legislação, a PGE tem oferecido mais problemas que soluções, literalmente paralisando a atividade governamental.
4 – PRECIOSISMO – As queixas são especialmente dirigidas ao preciosismo dos novos procuradores, que parecem ter assumido o controle da PGE, desconsiderando a experiência dos mais antigos. “Eles estão agindo como se fossem promotores de justiça” – diz um empresário cujo processo espera há meses pela elaboração do contrato. Ele explica que, ao contrário do MP, cujos membros se notabilizam pela condenação dos réus, na PGE “o mérito está na liberação dos contratos, nas soluções. E não na criação de obstáculos”. De fato, os procuradores estão ali para identificar os problemas e apontar soluções. Não para engavetar os processos com um mero “não pode!” Alguém precisa explicar a eles tudo direitinho. Quem sabe não possam entender?
Sexta-feira, 27 de dezembro de 2024 | Porto Velho (RO)
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