Sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013 - 09h11
O CARNAVAL da inoperância do Decom – condenado de forma unânime por todo o governo – pode estar se aproximando do final do desfile. Notícia que circula pelos corredores da Assembleia dá conta de que o Governo Confúcio deve mandar mensagem nos próximos dias propondo a criação da Secretaria de Estado da Comunicação Social. A proposta pode ser boa, desde que a titularidade seja dada, finalmente, a quem é profissional da área. Especula-se com o nome de Cláudia Moura, capaz de dar o ordenamento adequado ao setor. Caso tudo se efetive, Cláudia Moura terá um grande trabalho pela frente. É que diversos setores do governo têm se sentido estimulados tentar voo solo na área de comunicação. Não pode. Primeiro porque são alas de uma mesma escola de samba e a introdução de uma bateria para cada uma vai acabar comprometendo os quesitos conjunto e a harmonia.
DEPOIS, porque com orçamento próprio, cada ala vai priorizar seus próprios destaques e ao presidente do GRES Unidos por Rondônia, que vem a ser o governador, vai acabar desfilando no chão, com uma fantasia pobre, condenado a um papel secundário na apresentação de um governo que se esperava de cooperação. Sem contar que a escola vai seguramente atravessar o samba na avenida, cada ala cantando o próprio samba. E o governo vira um verdadeiro “samba do crioulo doido”. Nada contra Júlio Olivar, que considero um cabra educado e esforçado. Mas não é da área e presta um desserviço ao governo com uma atuação que se destaca pelas notinhas postadas no face book, coisa que deve continuar fazendo. Desde que em Vilhena.
SEU ANTECESSOR, Fred Perillo, parece ter se afastado por reconhecer o próprio despreparo no quesito comunicação: seu negócio é promoção de eventos. Apesar disso, continua a dar seus pitacos na área, a tentar fazer valer uma opinião que dificilmente poderia agora acrescentar alguma coisa ao nada que fez no comando da Decom, desconsiderado o hábito de oferecer jantares boca livre a picaretas conhecidos, que se acostumaram a bater no governo para comer de graça e se notabilizam por anotar exclusivamente as informações necessárias ao preenchimento de notas fiscais.
O PIOR É QUE o vazio deixado pelo Decom já esgotou a paciência de algumas figuras notáveis do governo. É o caso do DER, que está gestando um projeto de comunicação paralelo, comandado justamente por Fred Perillo, cujo propósito é viabilizar a candidatura de Lúcio Mosquini a deputado federal. Ou coisa maior.
O MESMO CAMINHO está sendo seguido pelo secretário Marcelo Bessa, da Sesdec, que mira uma vaga no TCE e estabeleceu “normas de comunicação social concernente às atividades de Segurança Pública e dá outras providências” em uma instrução normativa que pretende ordenar a operacionalização do setor. Em “outras providências” embute inclusive dotação própria para publicidade, contratação de terceiros, diárias, viagens, cursos, combustíveis e brindes.
ENQUANTO dissemina insatisfações generalizadas, o Decom mantém o trabalho de produção de releases do “Governo de Cooperação” e um belo jornal impresso, fartamente encontrado nas antessalas das secretarias. Não dá para pensar diferente: a oposição desce o malho e o governo coopera. É claro que existem balizamentos legais ao trabalho do Decom. Mas será que ninguém procurou saber porque tais limitações nunca inviabilizaram o setor no governo de Cassol? Ou de Lula/Dilma?
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