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Carlos Henrique

BR-425: obras desmentem pesquisa realizada pela CNT


 
Faltam menos de seis quilômetros para que as obras de pavimentação da BR-425 atinjam o entroncamento com a BR-364, no distrito de Abunã. E mesmo com as chuvas será possível concluir esse pequeno trecho até dezembro. Isso não significa a conclusão do trabalho, posto que a cobertura será apenas preventiva, com o chamado TSD – aquela camada de pavimentação mais grosseira - para evitar que a chuva possa danificar o trabalho de compactação já realizado. Mesmo assim, a estrada ficará em condições bastante satisfatórias de trafegabilidade, o que já acontece nos demais 150 quilômetros, boa parte dos quais já coberta inclusive pelo asfalto emborrachado, a primeira aplicação em uma rodovia rondoniense.

A informação é do engenheiro Anísio Rodrigues de Carvalho, gerente de contrato da construtora Rondônia Transportes e Serviços Ltda, responsável pelos dois trechos da obra. Ele acrescentou que a empresa teve o cuidado adicional de implantar uma sinalização provisória mesmo nos trechos ainda não totalmente concluídos, como forma de oferecer maiores condições de segurança aos motoristas. A pintura das faixas de sinalização horizontal não é definitiva, ao contrário do que chegou a ser noticiado pela imprensa, mas apenas um cuidado adicional para com a segurança dos usuários. Ou seja: alguns sites de notícias estão condenando a empresa por excesso de zelo. Ou carência de informação.

Da mesma forma, estão equivocadas as informações da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que publicou estudo sobre a qualidade da malha rodoviária no país e classificou de “ruim” a situação da BR-425. Mesmo ainda distante do término da obra de reforma, previsto para agosto de 2016 conforme o cronograma, são bastante satisfatórias as condições da rodovia, segundo os próprios usuários. A não ser, claro, pelas pontes de ferro da antiga Madeira-Mamoré, nas localidades de Ribeirão e Araras. Verdadeiros monumentos ao atraso que insistem em permanecer na BR-425, as novas pontes já têm até seu projeto concluído e o DNIT trabalha para viabilizar os recursos necessários à execução da obra.

As dificuldades da economia nacional têm, é claro, refletido pesadamente no fôlego financeiro da construtora e penalizado o ritmo das obras, apesar do grande volume de trabalho desenvolvido em oito frentes na rodovia e da qualidade do empreendimento, realizado com as mais modernas técnicas – fato atestado inclusive pelo engenheiro Cláudio Gama, responsável técnico da Consol – Engenheiros Consultores, empresa contratada pelo DNIT para supervisionar a obra. Ocorre que a emulsão asfáltica – cimento asfáltico em estado líquido, usado para impermeabilização – e o CAP – principal constituinte dos revestimentos asfálticos de alto padrão como o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente somente são fornecidos para pagamento à vista.

De qualquer forma, o trabalho, segundo o Coordenador de Engenharia do DNIT, engenheiro Alan Lacerda, prossegue absolutamente dentro do cronograma, embora a estrada, totalmente remodelada, já ofereça hoje boas condições de trafegabilidade e segurança em mais de 96% do trecho total. Alan Lacerda chama, contudo, a atenção dos usuários para a necessidade de cuidados na nova estrada. É que, acostumados às dificuldades da velha rodovia, os motoristas tendem a “apertar o pé” na nova BR, o que compromete a segurança e pode ocasionar graves acidentes.

Fonte: Carlos Henrique
 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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