A pergunta, que ocupa espaço em quase todas as conversas políticas do estado cada vez mais frequentemente à medida que se aproxima o ano eleitoral, tem resposta clara: sim. O governador é, sim, candidatíssimo à reeleição. A opinião do blogueiro é, com certeza, compartilhada também pelas mais de 300 pessoas que o aplaudiram de pé, demorada e estrepitosamente, na noite de ontem, na loja Maçônica Grande Oriente do Brasil/Rondônia, onde Confúcio falou por exatos 60 minutos sobre as realizações de seu governo. Ficou evidente que ele não apenas vai buscar a reeleição, como também terá saído dali com mais um significativo contingente de cabos eleitorais.
É claro que se alguém perguntar diretamente vai ouvir evasivas. Interessa ao governador retardar ao máximo a largada da campanha. Por motivos exatamente os mesmos que os adversários e lideranças de seu próprio partido têm para desejar o contrário. Mas não dá. Se desanda a falar como candidato, Confúcio será obrigado a agir como tal. A começar as negociações e abrir espaços para as reivindicações da própria agremiação. Assim é que o sistema funciona. Embora façam parte de um grupo, cada colega de partido tem suas próprias ansiedades e expectativas. Mas Confúcio é forçado a resistir sob pena de ser obrigado a atender até as chamadas siglas marreteiras.
No momento certo, porém, tudo converge para o mesmo caminho. Até porque todos os peemedebistas sabem que Confúcio, Raupp e Marinha unidos são os grandes eleitores de Rondônia. Separados, nem tanto. Cada um deles reúne condições para atingir os próprios objetivos isoladamente. Raupp e Marinha são campeões de votos. Marinha tende a repetir e até ampliar a estrondosa votação obtida em 2010. Para Confúcio o sistema de reeleição no exercício do mandato assegura, de antemão, uma vaga no segundo turno. Mas para os demais postulantes a coisa não fica assim tão fácil, daí a necessidade de união. O blogueiro continua apostando nisso. E cada vez mais convencido de uma vitória já no primeiro turno.
Não é preciso bola de cristal para prever o que pode rolar no Brasil caso o PT perca as eleições do próximo ano. Bobagem? Sonho? Saiba, leitor, que a reeleição de dona Dilma não são exatamente as favas contadas que a marketagem oficial faz de tudo para convencer. Aos petistas e ao povão. Basta que a oposição comece a pensar com um pouco de lucidez. É difícil, claro, mas não é impossível. Alguma inteligência deve haver em meio aos adversários do governo. Está na hora de usá-la.
Uma amiga de Brasília muito bem informada já havia observado que a reeleição de Dona Dilma não será nenhum passeio. Classe média não suporta mais ser massacrada. As elites estão cansadas de ser demonizadas pelo discurso eleitoreiro dos nouveau riche petistas. Os médicos estão em campanha nacional contra o PT. Os militares estão fartos de tanta humilhação e fazem campanha pedindo que a classe vote em qualquer um, desde que não seja do PT. Os servidores públicos federais estão revoltados. Vão sobrar apenas os votos do MST e do programa Bolsa Família. O que, no entanto, ainda é muita coisa.
Suponhamos, apenas para especular, quais os resultados imediatos de uma derrota petista? O novo presidente, seja ele de que partido for, não terá grandes problemas no Congresso. O PMDB, que se carece de predicados programáticos os tem abundantes em termos pragmáticos, muda de lado imediatamente após a divulgação dos resultados. Isso, se não mudar durante a campanha do segundo turno, caso os números do primeiro sinalizem que a vaquinha – nenhuma referência à digníssima presidenta - está seguindo determinada em direção ao brejo.
Seguindo por esse raciocínio, o que irá acontecer com Lula e família, cardeais e outras lideranças igualmente milionárias? Se ficarem por aqui com certeza serão apanhados por algum dos inúmeros escândalos que ainda irão pipocar Lula pode até ser pego pelo processo do mensalão, denunciado por Zé Dirceu, que já deve estar se coçando. Ou do caro Rosemary Noronha, ou da Petrobrás, apenas para citar os atuais. Vão buscar abrigo em Cuba? Queria ver. Na Itália, de onde os filhos de Dona Marisa (lembram que ela disse estar pensando no futuro das crianças, dela, claro) já possuem cidadania? Muito arriscado, considerando que os italianos não morrem de amores por eles.
A Bolívia talvez possa acolhê-los, embora sob protestos de seu mais recente asilado político, o meu amigo Mário Calixto, que não há de querer a companhia de bandidos internacionalmente conhecidos. A única certeza é que os petistas encastelados nos milhares de cargos comissionados espalhados por todo o país pulam fora do partido, mas não abandonam a boca. Disso todo o mundo sabe e tem exemplos aos milhares.
Domingo, 24 de novembro de 2024 | Porto Velho (RO)