Quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013 - 10h38
Descontada a truculência, coisa até natural para quem foi criado no pasto, as declarações do senador Ivo Cassol, que há dias reverberam nas rádios de sua propriedade e nos veículos claramente interessados, não deveriam ficar sem resposta. Quando nada, para desestimular outros oportunistas, que certamente vão buscar embarque na carona do ex-governador para atacar o governo em busca de promoção pessoal.
É preciso que alguém do governo produza um comparativo entre as administrações atual e passada para mostrar que todo o que Cassol produziu foi o mesmo oba-oba que produz agora: asfalto casca de ovo em estradas agora decentemente recuperadas, sementes de feijão, saúde caótica e muita, muita conversa fiada. Todo o mundo sabe disso, mas se ninguém contesta o que, acaba ficando como verdade.
É preciso mostrar o volume de dívidas deixadas pelo ex-governador. Apresentar ao público tudo o que ele não fez e que, agora, está exigindo pesados investimentos para que as coisas voltem à estaca zero. E muito mais recursos para que a situação comece a melhorar.
Não adianta pensar que Cassol não será candidato em função das condenações que vem sofrendo. Sua estratégia é se fortalecer para ampliar a base de sustentação da qual certamente irá necessitar mais à frente.
É preciso combate-lo, tarefa que contudo não cabe ao governador Confúcio Moura que, definitivamente, não poderá descer ao pasto para enfrentar as marradas desse touro.
E MAIS:
1- DEU NO ESTADÃO/SP- Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras. Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas dois conseguiram autorização para clinicar.
2- A MAIORIAdos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas, entre as quais, a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana, uma estatal cujos alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. O vestibular é substituído por indicação dos movimentos sociais como o PST, partidos políticos, como o PT e o PC do B e organizações indígenas.
3- É A EXPORTAÇÃOdo sistema de brasileiro de cotas. O mérito é substituído pelo compromisso com a origem. Para que se tenha uma ideia, dos 298 brasileiros formados pela ELam entre 2005 e 2009 somente 25 conseguiram o reconhecimento do diploma. O PT, o PC do B e o MST pressionaram e Lula aceitou facilitar o reconhecimento de diplomas cubanos, mas as entidades médicas brasileiras protestaram.
4 - A SOLUÇÃOencontrada foi a adoção de uma prova de validação uniforme, preparada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC, e aplicada por todas as universidades. Mas o desempenho dos “estrangeiros” tem sido desastroso. Por isso o MEC já prepara alguns “ajustes” (leia-se jeitinho) na situação.
5- E OS PACIENTES?– perguntaria você, leitor afoito. Pois entenda: falou-se sobre os médicos, sobre o PT, PC do B, MST, afins e simpatizantes. Os pacientes que se danem. Entendeu?
6- RESIDÊNCIA– Para quem não se lembra, eu disse aqui, há um ano, que acredito não ser errado exigir que o médico formado fora prove estar apto à medicina. Mas seria ótimo se ele voltasse ao país já com a residência.
7- SALÁRIOS- Além de bons salários, o governo precisar dar condições adequadas de trabalho. Muitos excelentes especialistas deixam de vir para cá porque querem fazer medicina de ponta e não ficar assinando atestados de óbito ou mandando para TFD, que é o que dá pra fazer no SUS de Rondônia.
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